O fator experiência falou mais alto no jogo 5 das finais da NBA. O Boston Celtics levou a virada na série decisiva para o Golden State Warriors de forma juvenil e, agora, ficou muito difícil conquistar o título. Méritos totais ao técnico Steve Kerr, aliás, que conseguiu mudar o comportamento de sua equipe e ganhar a partida.
O time de Massachusetts perdeu por todo o primeiro tempo, forçando arremessos de longa distância sem precisão. Embora o Warriors não estivesse em uma noite iluminada, a diferença era de 12 pontos antes do intervalo. Mas o Celtics reverteu o momento do embate em um terceiro quarto atípico para as duas equipes e chegou a liderar por cinco pontos. No entanto, Boston cometeu três erros de ataque consecutivos e viu o oponente retomar a liderança e abrir no último período.
Erros acontecem, mas 18? O Celtics se esqueceu que do outro lado tem um time três vezes campeão nos últimos oito anos e que está a um passo de obter o quarto título da atual geração. A equipe conseguiu perder um jogo quando Stephen Curry não esteve em uma grande noite em momento algum. Sabe quando isso vai acontecer de novo, né?
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Não entenda de forma errada. É normal o Warriors vencer a série, tanto que indiquei, na previsão, que a equipe californiana levaria o título, mas era esperado que o Celtics jogasse com um pouco mais de inteligência. Em dois momentos das finais, o time de Boston liderou o placar. Na primeira, o Warriors empatou. Agora, levou a virada.
O Boston Celtics foi “juvenil”, mas isso não foi exclusividade da difícil derrota no jogo 5. Na quarta partida, a equipe chegou a liderar por sete pontos e, quando poderia abrir vantagem, cometeu erros infantis, básicos de fundamento. Jayson Tatum, por exemplo, cruzou a bola várias vezes naquele embate e terminou com seis turnovers. Derrick White perdeu a bola em uma reposição. São falhas que você corrige no basquete colegial, mas aconteceram em uma final de NBA.
De novo, contra o Warriors, tais erros custam caro.
Em determinados momentos, dá a impressão de que o Celtics “queimou a largada” e que foi longe até demais. Ao mesmo tempo, parece um time concentrado, que sabe o que está fazendo. São muitos lapsos, muitas falhas, longos períodos sem conseguir uma cesta, mas isso é seguido de sequências de cestas de três e defesa sufocante. Parece muito que a equipe possui as peças certas, mas no momento errado.
Em partes, lembra aquela primeira final de LeBron James pelo Cleveland Cavaliers contra o San Antonio Spurs. De um lado, um time jovem, com um ou outro jogador brilhante. Em contrapartida, o outro está repleto de atletas experientes, decisivos, “cascudos” e que já estiveram lá outras vezes.
Jogo 6 pode definir tudo
Na última sexta-feira, antes do jogo 4, as análises passavam por um Boston Celtics forte, que iria vencer em casa e definir em seis partidas. No entanto, mesmo sem ser brilhante em seu terceiro quarto da morte, o Golden State Warriors dominou o último período e empatou a série.
Pronto. O Celtics perdeu a chance do título ali, diriam os mais pessimistas. Mas o fato é que, depois daquela partida, o momento mudou completamente em favor do Warriors. Ganhar em casa o jogo 5 era obrigação de Golden State, assim como era, na teoria, de Boston no 4.
O sexto embate pode definir tudo. Desde o quarto título em oito anos para o Warriors ou uma vitória do Celtics, mudando (na teoria, de novo) o momento de volta.
Claro que o Celtics só comete erros de ataque porque do outro lado tem uma defesa impactante. Do contrário, o Warriors jamais estaria nas finais.
Como disse Draymond Green, após a derrota na estreia, o Warriors vai ficar bem.
Parece que já ficou.
O Boston Celtics foi juvenil na noite de segunda-feira, mas será difícil errar tanto como foi ali. Dezoito erros de ataque foi como chegar ao fundo do poço, pegar uma pá e começar a cavar.
Enquanto o Celtics individualizar as jogadas, o time jamais poderá competir contra o Warriors. Se em seu primeiro ataque cometer um turnover como na quinta partida, pode entregar a taça.
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