Ainda é cedo para saber quem será eleito melhor jogador defensivo da temporada, mas, discretamente, há quem já esteja fazendo algum tipo de campanha. Quando surge uma oportunidade, certamente, o atleta defende a sua causa – e dá aquela desmerecida “de leve” nos oponentes. Questionado sobre o prêmio de defensor do ano, o ala-pivô Jaren Jackson deu uma sutil (porém, clara) alfinetada em Rudy Gobert e Myles Turner.
“Eu preciso trocar marcação no perímetro, proteger o aro e, além disso, ler jogadas fora da bola. É difícil porque tenho que fazer muitas coisas, diversas funções diferentes. Isso diz bastante, aliás, sobre o nível em que estou atuando hoje. Não sei o que eu teria que fazer em um time como Pacers ou Jazz, por exemplo, mas adoraria só ter que bloquear arremessos”, disse o titular do Memphis Grizzlies, em entrevista à revista GQ.
Embora não tenha citado nomes, a escolha das duas equipes não foi ao acaso e faz uma clara alusão aos pivôs. Gobert e Turner são nomes automáticos na disputa pelo prêmio para muitos, em síntese, porque lideram a liga em tocos por partida. São, inclusive, os dois únicos jogadores com maior média no quesito do que Jackson nessa temporada. Tudo sinaliza, então, que tenha sido uma tentativa de colocar-se acima da dupla.
O ala-pivô, aliás, acredita que só não rivalizou com ambos já na campanha passada por causa de sua condição física. “Fiquei dez meses afastado das quadras e perdi a última temporada quase inteira, então foi muito tempo sem jogar. Voltei para os playoffs, mas não estava totalmente pronto. A diferença agora, em suma, é que estou jogando. Eu já readquiri ritmo e, se estiver em ação, causo impacto”, cravou o jovem talento.
Evolução individual e coletiva
O sucesso de um defensor – não importa se Jackson, Gobert ou Turner – sempre será medido pelo impacto em seu time. E, nesse sentido, o jovem não deixa nada a dever comparado aos adversários. O Grizzlies ocupa a surpreendente terceira colocação do Oeste, em especial, por causa da sétima defesa mais eficiente da liga. E o ala-pivô já deixa claro que esse é só o início para um dos elencos mais jovens da NBA.
“Esse time trabalha duro e, enquanto fizermos isso, vamos nos garantir em quadra. Nós estamos vivendo o momento e, assim, aproveitando a diversão. Isso significa tudo para mim, em particular, pois basquete é um vício pessoal. Vocês podem seguir assistindo e, certamente, nós agradecemos o apoio de todos. Que todos comprem ingressos porque somos um show”, avisou Jackson, também empolgado com o desempenho da equipe.
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