O fechamento da janela de transferências (trade deadline) é na próxima quinta-feira (10), e a expectativa é de muitas trocas até lá. Pensando nisso, o Jumper Brasil avaliou cada elenco da liga e e selecionou aquele que mais deveria ser trocado por cada time da NBA. A lista não quer dizer que esses jogadores serão negociados, mas traz uma reflexão do valor e do momento vivido nesta temporada.
Atlanta Hawks: Clint Capela
Após ser vice do Leste na temporada passada, o Hawks não conseguiu dar continuidade ao bom momento e faz campanha modesta neste ano. Apesar disso, Onyeka Okongwu deu grandes sinais de desenvolvimento nas últimas semanas e ganhou espaço. Então, por que não trocar Capela? O pivô suíço agrega defensivamente e nos rebotes e, quem o adquirir, o terá sob contrato por mais três temporadas. A equipe de Nate McMillan se beneficiaria em uma negociação que trouxesse um defensor de perímetro para Atlanta.
Boston Celtics: Jaylen Brown
Loucura? Talvez, mas o fato é que o Celtics é uma decepção. Nem sempre duas estrelas dão certo juntas e esse parece ser o caso de Tatum e Brown. Boston deveria manter aquele com teto mais alto (Tatum) e aproveitar o valor cada vez mais alto de Brown para conseguir muito em troca. Em 9º no Leste, a equipe já sabe (ou deveria saber) que uma reformulação é o caminho mais indicado.
Brooklyn Nets: James Harden
O experimento não deu certo, o Nets não deu liga (ou não consegue se manter saudável) e o time não tem grandes ativos de troca. Está na hora de Sean Marks desmontar o “super time” e deixar Kevin Durant brilhar. E Harden deveria ser o primeiro a sair. O “Barba” não conseguiu repetir em Brooklyn o que fez por anos em Houston, mas ainda tem mais valor de mercado do que Kyrie Irving. Aliás, uma troca envolvendo Harden por Ben Simmons parece muito óbvia e o Nets teria alguém com estilo de jogo que ajude Durant.
Charlotte Hornets: PJ Washington
A escolha aqui seria Gordon Hayward, mas sejamos realistas, ninguém vai querer absorver seu salário astronômico. Assim, a melhor opção se torna PJ Washington. Primeiro por ter perdido espaço na rotação do Hornets. Segundo porque a equipe vai gastar muito nas renovações de LaMelo Ball e Miles Bridges e ele deve, de fato, sair da Carolina do Norte. Ainda eu seu contrato de calouro, Washington pode se tornar algumas escolhas de draft ou alguns jogadores para melhorar a rotação de James Borrego.
Chicago Bulls: Patrick Williams
Líder do Leste, o foco do Bulls é vencer. Portanto, o time poderia abrir mão de um diamante como Patrick Williams, se isso resultasse na chegada de outro grande jogador à Chicago. O potencial de Williams, sozinho, já seria suficiente para chamar atenção de muitas equipes. Então, imagine enviar o jogador para Detroit e receber Jerami Grant em troca? Nada mal com o atual elenco, não é mesmo?
Cleveland Cavaliers: Lauri Markkanen
Cheio de pivôs e sem Collin Sexton, um de seus melhores jogadores de perímetro, a campanha do Cavaliers é extremamente surpreendente, ao ponto da melhor decisão ser manter todo o elenco. Apesar disso, o finlandês Lauri Markkanen seria a melhor opção negociável da equipe. Ele conseguiu mostrar um bom basquete em meia temporada em Cleveland e, com apenas 24 anos, deve ter muitos interessados em contar com seu talento. Isso abriria mais minutos para Evan Mobley, Jarrett Allen, Isaac Okoro e para o veterano Kevin Love, que faz uma temporada de ressurgimento.
Dallas Mavericks: Jalen Brunson
Quinto no Oeste, o Mavericks não parece ter forças para brigar no topo da conferência. Então, por que deveria trocar um de seus melhores jogadores? Por dois fatores: Brunson está em último ano de contrato de calouro e Dallas teria de fazer uma grande oferta de renovação. Segundo, o foco deve ser em facilitar o jogo de Luka Doncic, e ter um jogador como Brunson acaba tirando a bola da mão do esloveno.
Denver Nuggets: JaMychal Green
O Nuggets vive uma situação delicada nesta temporada. Sem Jamal Murray e Michael Porter Jr., o time do Colorado não tem condições de brigar no topo do Oeste. Além disso, Denver não tem grandes ativos de troca, o que dificulta uma movimentação em busca de um pivô reserva para Nikola Jokic ou um jogador de perímetro. Dessa maneira, JaMychal Green surge como uma opção. O ala-pivô tem um salário de “apenas” US$ 8 milhões, e mais um ano de contrato. A capacidade de brigar por rebotes e espaçar a quadra, aliado ao valor de contrato, pode trazer algum retorno ao Nuggets.
Detroit Pistons: Jerami Grant
Nenhuma surpresa aqui. Jerami Grant é, provavelmente, o grande nome da janela de trocas. O ala-pivô é alvo de diversas equipes e, em reformulação, Detroit deve puxar o gatilho e mandá-lo para quem oferecer mais em troca. Todavia, quem o receber não deve esperar o mesmo nível de produção que consegue em Detroit.
Golden State Warriors: Andre Iguodala
Após dois anos fora dos playoffs, o Warriors voltou como se nunca tivesse saído. Com uma mescla entre jovens e veteranos, o time da California se coloca na segunda posição do Oeste. A ausência de Iguodala nos últimos jogos deu mais tempo de quadra para Jonathan Kuminga, e o garoto aproveitou. Então, por que não trocar o veterano? Aos 38 anos e muito longe de sua forma física ideal, Iggy não tem mais espaço em São Francisco. Contudo, seu histórico como bom defensor e alguns momentos clutch ainda devem interessar algumas equipes.
Houston Rockets: Eric Gordon
A reformulação do Rockets começou na temporada passada, ao negociar James Harden. Agora, a equipe precisa achar uma nova equipe para Eric Gordon, e não faltam interessados. O veterano é um dos jogadores mais velhos do time texano, mas ainda produz bons números e tem ótimo aproveitamento. Apesar da liderança de um veterano em quadra, Gordon ocupa minutos importantes do desenvolvimento de Jalen Green, Kevin Porter Jr. e Josh Christopher.
Indiana Pacers: Domantas Sabonis
Se, em dezembro, o dono do Indiana Pacers, Herb Simon, não queria abraçar o rebuild, a situação deve ser outra nesse início de fevereiro. Na 13ª posição do Leste, o time não tem muito mais a fazer além de tentar acumular picks de draft. Assim, trocar seus melhores jogadores parece a melhor opção disponível. E o melhor deles é, justamente, Domantas Sabonis. O ala-pivô é uma espécie de “mini” Nikola Jokic e, com certeza, não faltam interessados em receber seu alto salário e três anos de contrato. Só falta escolher a melhor oferta.
Los Angeles Clippers: Nicolas Batum
Com a possibilidade de não ter os retornos de Paul George e Kawhi Leonard nesta temporada, o Clippers já começou a se movimentar no fim da janela de trocas. Com a chegada de Covington, o francês Nicolas Batum seria o mais indicado a deixar a Los Angeles. O ala-pivô tem um salário baixo e uma produção interessante, que poderia render uma escolha de draft ou um jogador de futuro para o Clippers. Não seria surpresa vê-lo parar em um contender no dia dez.
Los Angeles Lakers: Talen Horton-Tucker
Ir para o tudo ou nada nesta temporada ou recolher os cacos e tentar novamente no ano que vem? Essa é a dúvida do Lakers até o dia 10 de fevereiro. Com LeBron James cada vez mais próximo do fim de carreira, o ideal seria tentar reforçar o elenco para tentar brigar ainda este ano. Isso faz de Talen Horton-Tucker o ativo mais valioso do Lakers, mesmo que tenha perdido valor recentemente. Um pacote que contemple o ala e a escolha de primeira rodada de 2027 por algum veterano já pode ajudar a reerguer um pouco a moral em Los Angeles.
Memphis Grizzlies: Kyle Anderson
Se o Grizzlies simplesmente pular a trade deadline, não será nenhuma loucura. Terceiro no Oeste, o time de Memphis não tem nenhuma grande necessidade ou algum jogador dispensável. No entanto, Kyle Anderson surge como o nome mais plausível neste exercício. O ala-pivô ocupa um espaço na rotação que poderia ser utilizado por Xavier Tillman e Ziaire Williams e o Grizzlies não reclamaria de se livrar de quase US$ 10 milhões em salários.
Miami Heat: Duncan Robinson
Segundo no Leste, o Miami Heat não planeja abrir mão de peças importantes do elenco. No entanto, o Jimmy Neutron da Flórida pode ser um ativo interessante em uma possível negociação. Especialistas em bolas de três pontos, Robinson caiu de produção nesta temporada, mas ainda deve chamar atenção de equipes necessitadas de chutes do perímetro. Além disso, Max Strus vem surpreendendo e ocupa a mesma posição dentro do elenco. O problema seriam os mais de US$ 74 milhões em salários nos próximos quatro anos, mas Pat Riley pode lidar com isso.
Milwaukee Bucks: Donte DiVicenzo
Fora de boa parte da temporada com uma lesão no tornozelo, DiVincenzo retornou à rotação do Bucks recentemente, mas a equipe não deveria manter o atleta no elenco por muito tempo. Não que o ala-armador não mereça fazer parte do atual campeão, mas, simplesmente, por estar em seu último ano de contrato de calouro. Ao final dessa temporada, o Bucks precisará decidir o valor justo para uma renovação e pode vê-lo deixar Milwaukee de graça. Além disso, Grayson Allen assumiu a posição e não parece disposto a perder tempo de quadra.
Minnesota Timberwolves: Jaden McDaniels
Bem posicionado para uma vaga no play-in, o Minnesota Timberwolves deve estar disposto a buscar opções para reforçar o banco e acabar com a sequência de três anos sem uma vaga na pós-temporada. Jovem e mostrando evolução, McDaniels pode ser o grande trunfo da equipe de Minneapolis na trade deadline.
New Orleans Pelicans: Zion Williamson
Sim, o Pelicans deveria trocar Zion Williamson. O ala-pivô simplesmente não consegue ficar saudável. Do que adianta ser dominante em 20% dos jogos da equipe e ficar fora do restante? New Orleans deveria focar em montar um time ao redor de Brandon Ingram e encontrar alguém disposto a conviver com os problemas de peso de Zion.
New York Knicks: Julius Randle
Decepção da temporada, o Knicks não precisa, necessariamente, começar do zero novamente. Randle tem sido um dos principais problemas em Nova Iorque neste ano. Além disso, empaca o desenvolvimento de Obi Toppin, que é adorado pela torcida. Aos 27 anos, o ala-pivô tem mercado para times desesperados por uma segunda opção ofensiva, e o Knicks não deveria perder a chance de abrir mão de seu longo e milionário contrato.
Oklahoma City Thunder: Tre Mann
Trocar um armador novato e cheio de potencial? Por que o Thunder faria isso? Simplesmente por não haver muito espaço para o desenvolvimento e Mann ser um ativo valioso. Com Shai Gilgeous-Alexander, Josh Giddey e Lu Dort, Oklahoma tem seu backourt feito por alguns anos, então, negociar Mann por jogadores de garrafão ou mais algumas escolhas de draft faz sentido.
Orlando Magic: Terrence Ross
Apesar da pior campanha da NBA, o Orlando Magic não tem motivos para desespero. A equipe da Florida abraçou a reconstrução, possui diversos jogadores novos e cheios de potencial e ainda conta com alguns bons nomes para negociar. O melhor deles é Terrence Ross. O ala-armador é um dos mais velhos do elenco, tem contrato por mais um ano e pode ser o motorzinho de pontuação vindo do banco que alguns times precisam. Não há motivos para mantê-lo em Orlando, então é hora de adquirir o máximo possível por ele.
Philadelphis 76ers: Ben Simmons
Escolha mais manjada do que essa não há. Ben Simmons quer sair e o Philadelphia 76ers já aceitou que precisa trocá-lo. A única questão é: qual o valor justo? Os pedidos da franquia são extremamente exagerados, o que dificulta, mas Simmons, cedo ou tarde, acabará negociado. Daryl Morey quer uma estrela para colocar ao lado de Joel Embiid. Contudo, reforçar o elenco com bons defensores e chutadores e algumas escolhas de draft já faria sentido, visto que o time vem crescendo.
Phoenix Suns: Jalen Smith
Melhor campanha da NBA nesta temporada, o Phoenix Suns, na verdade, não deveria trocar ninguém. Apesar disso, Jalen Smith é uma opção interessante de negócio. O ala-pivô é novo, tem potencial e pode render o chutador extra que o Suns aparentemente deseja. A falta de encaixe com Deandre Ayton e as diversas opções mais experientes em sua posição, fazem do jogador dispensável para uma equipe focada em vencer agora.
Portland Trail Blazers: Damian Lillard
A instituição Portland Trail Blazers não merece o talento de Damian Lillard. Há anos o armador deixa claro que quer seguir na franquia, mas a mesma é incapaz de montar um time competitivo ao seu redor. Após negociar Covington e Powell, o Blazers deveria trocar Lillard e adquirir escolhas e jogadores jovens para iniciar mais uma reformulação de seu elenco. A equipe já conta com o talentoso Anfernee Simmons, que, salvo as proporções, pode ser o “novo Lillard” em Portland.
Sacramento Kings: Buddy Hield
Já são 15 anos longe dos playoffs e 2021-22 não parece ser o fim da fila. Assim, é justo dizer que o Sacramento Kings não deu certo e que grande parte do elenco poderia ser trocado. O escolhido, entretanto, é Buddy Hield. Primeiro porque o Kings está abarrotado de jogadores da posição. Segundo pelo fato do bahamense já ter 29 anos e começa a se afastar de seu auge. E por último, a produção de Hield vem diminuindo. Ele vem perdendo seu valor, mas ainda tem mais três anos de contrato. Monte McNair tem que esquecer Harrison Barnes e focar em negociar Buddy Hield.
San Antonio Spurs: Doug McDermott
Caminhando a passos largos para seu terceiro ano consecutivo fora dos playoffs, o Spurs, definitivamente, precisa de reconstrução. Com 30 anos, McDermott é o segundo jogador mais velho do elenco texano e não deve fazer parte dos planos futuros da franquia. Contudo, com contrato por mais três temporadas e salário justo, o ala-pivô poderia virar algumas escolhas de draft para San Antonio. Além disso, seus 42,3% nas bolas de três pontos deve chamar atenção dos desesperados por bolas longas.
Toronto Raptors: Chris Boucher
Na sétima posição do Leste, o Raptors vive a indecisão de iniciar uma reconstrução ou adquirir peças para tentar brigar na parte de cima. Ainda com chances, mesmo que remotas, de conseguir mando de quadra nos playoffs, é improvável que a equipe de Toronto desmanche a base. Portanto, o pivô Chris Boucher é a melhor opção de trocas aqui. Com contrato expirante de US$ 7 milhões, ele deve chamar a atenção de times que precisam de força no banco ou estão dispostos a receber salários e picks para uma reformulação.
Utah Jazz: Hassan Whiteside
A lesão de Joe Ingles mina a maior chance de troca para o Jazz. Assim, Hassan Whiteside entra na lista como, o nome que a equipe deveria negociar até a trade deadline. O pivô se consolidou como boa opção de banco para Rudy Gobert e seu baixo salário pode fazer dele um alvo para equipes desesperadas por rebotes e alguma solidez defensiva no garrafão. Para Utah, o cenário dos sonhos seria um defensor de perímetro, uma das poucas peças que faltam para transformar a equipe em um verdadeiro contender.
Washington Wizards: Bradley Beal
O Wizards segue reticente sobre a possibilidade de trocar o seu franchise player, mas, na situação atual, negociar Bradley Beal seria a melhor saída para a franquia. O ala-armador diz não querer sair, mas, em último ano garantido de seu vínculo, não planeja assinar uma renovação de contrato com a franquia. Então, para que mantê-lo? Com diversos jogadores jovens no elenco, Washington deve abraçar a reformulação e receber a maior quantidade possível de escolhas de draft pelo camisa 3. Além disso, em dez anos com Beal, o time nunca superou as semifinais de conferência. Está mais do que na hora de partir para a próxima.
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