Westbrook é um problema e Lakers não sabe o que fazer

Time californiano inicia temporada com poucas alternativas, apesar de elenco qualificado

Westbrook problema Lakers fazer Fonte: Adam Pantozzi/AFP

Ninguém, em toda a NBA, consegue ir do céu ao inferno tão rápido quanto Russell Westbrook. MVP de 2017, Westbrook chegou ao Los Angeles Lakers como a solução, mas, hoje, é um problema que o time não sabe o que fazer. Em cinco partidas disputadas, a equipe californiana perdeu três. Isso, sem contar com as seis derrotas na pré-temporada. Porém, a situação se agrava com a quantidade de erros de ataque cometidos pelo camisa 0.

Nos cinco jogos, Westbrook soma 30 turnovers para 47 assistências. Isso significa que, a cada 1.5 passe decisivo, vem uma falha. Para efeito de comparação, na última temporada, Chris Paul teve 4.0 assistências por erros de ataque. Tudo bem, peguei pesado, mas comparando com o ano passado, o próprio Westbrook teve 2.4. Apenas contra o Oklahoma City Thunder, ele cometeu dez erros. Nos arremessos, a situação é similar: 42.2% dos lances de quadra, 17.4% em três pontos e 47.4% nos lances livres, o que daria inveja a Ben Wallace.

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Agora, falando de sua movimentação em quadra. Claro que Westbrook acelera o jogo. Ele usa seus atributos físicos para passar por cima dos oponentes, mas nem sempre funciona. E o encaixe com LeBron James é um dos piores possíveis. Embora LeBron não tenha atuado nos últimos dois jogos, quando os dois estão em quadra, o espaçamento é horrível. Parece que um fica olhando para o outro, pedindo a bola. Os dois demandam a posse, está no jogo deles.

Como resultado, James passou a arremessar mais de três, mas o incrível aproveitamento de 48.3% de longa distância não se sustenta. Para termos uma noção, o camisa 6 arremessou 9.7 atrás da linha nos jogos iniciais. Ele jamais havia superado 6.3 tentativas por partida em uma campanha, mas caiu para 5.3 assistências, a menor marca da carreira.

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OUTROS PROBLEMAS

A rotação do Lakers está estranha. Não está legal, mas a culpa disso, talvez, esteja nas lesões de Trevor Ariza, Kendrick Nunn, Wayne Ellington, Talen Horton-Tucker e, agora, LeBron. Entretanto, Frank Vogel ainda insiste em utilizar qualquer coisa que não seja Anthony Davis de pivô. Na derrota para o Oklahoma City Thunder, na noite de quarta-feira, Vogel deu 27 minutos da posição a DeAndre Jordan e Dwight Howard. Ou seja, Davis ficou na área pintada por 21 minutos.

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No primeiro tempo contra o Thunder, enquanto Davis jogou de pivô, o Lakers tinha 14 pontos a mais que o oponente em relação a quando ele estava como ala-pivô. Quando o camisa 3 saiu de quadra, ao fim do terceiro quarto, o Thunder vencia por 97 a 95. O astro retornou à quadra, a diferença já estava em oito pontos. Coincidência ou não, Westbrook cometeu quatro erros de ataque em menos de dois minutos e foi substituído. Mais tarde, o armador voltou e não teve mais turnovers.

Portanto, a soma das falhas de Westbrook, somadas ao tempo de Davis como pivô e aos lesionados, o Lakers parece frágil contra qualquer adversário. Foi assim na vitória por três pontos sobre o Memphis Grizzlies, no triunfo diante do San Antonio Spurs, por quatro e nas três derrotas.

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Veja, o Lakers suou para superar o Spurs, após prorrogação, um time que, claramente, não disputa nada em 2021-22. Na noite de quarta-feira, foi derrotado por um Thunder, candidato a ficar com a primeira escolha do draft de 2022.

SOLUÇÕES

A primeira está clara. Anthony Davis precisa jogar mais do que 21 minutos como pivô. Bem mais, na verdade. Sim, o Lakers fez o investimento em dois pivôs veteranos, mas não está funcionando. E a tendência é que a NBA siga jogando com formações mais baixas por longos anos. Então, não tem motivos de o time utilizar DeAndre Jordan (Dwight Howard) e Davis ao mesmo tempo em quadra. É mais do que uma questão de escolha: é a necessidade.

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Agora, quanto a Russell Westbrook, o Lakers tem um enorme problema nas mãos. Não vai trocar o cara agora. O encaixe não parece ser dos melhores, então LeBron James terá de se habituar a jogar sem a bola e tornar-se, cada vez mais, um arremessador. É óbvio que, com isso, James perde uma de suas melhores características: a visão de quadra. Mas não tem muito a ser feito.

A ideia da diretoria era melhorar a posição de armador. Isso foi feito. Westbrook é bem superior a Dennis Schroder, um problema a menos para o Lakers. Contratou diversos arremessadores, mas a maioria está lesionada. Com calma e tempo, as coisas ainda podem melhorar. Sim, é claro que se fosse Buddy Hield o negociado para o time de Los Angeles, a situação poderia estar melhor. Para quem não lembra, uma proposta de troca pelo ala-armador do Sacramento Kings foi feita e as negociações estavam avançadas quando surgiu o interesse de Westbrook em jogar pela equipe. Você não deixa um MVP passar assim. Tratava-se de uma oportunidade única. Agora, é preciso fazer dar certo, mesmo que na marra.

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Embora tenhamos falado sobre esse espaçamento na previsão para a temporada, a tendência é que as coisas se acalmem nas próximas semanas. Ou não.

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