Fonte: Adam Pantozzi / AFPO controverso play-in, gostem ou não, está garantido em mais uma temporada e deve tornar-se uma constante na liga em curto prazo. Por mais que as finanças agradeçam, nem todo mundo nos bastidores é fã incondicional do formato. A dona do Los Angeles Lakers, Jeanie Buss, confirmou ser uma voz contrária ao play-in e teme que o aspecto competitivo da NBA esteja sendo “sacrificado” por uma ferramenta de mera diversão.
“Eu entendo a excitação com o formato: se tivéssemos perdido dois jogos em maio, nós nem teríamos chegado aos playoffs. E seria algo difícil de engolir, pois estivemos entre os oito primeiros colocados do Oeste na temporada inteira e nunca saímos da zona de classificação. É duro jogar por meses e poder ser eliminado assim. Foi o que aconteceu com o Golden State Warriors”, protestou a mandatária, ao site The Athletic.
A visão de Buss foi impactada, obviamente, pela experiência de ver o Lakers disputar o play-in para chegar à pós-temporada nesse ano. A equipe esteve na zona de mando de quadra na maior parte da competição, até a lesão de LeBron James comprometer a campanha e “derrubar” o time para a sétima posição do Oeste. A classificação teve que ser confirmada em uma partida duríssima contra o Warriors, decidida no minuto final.
“Posso ver a diversão de um jogo decisivo, mas não quero diminuir o que acontece em uma temporada regular inteira. A liga diz que isso combate o tank, mas acho que seria mais efetivo tirar escolhas de draft das equipes que recorrem a isso. Seria mais cabível aplicar uma punição do ponto de vista esportivo, como essa, do que impor um potencial dano financeiro”, argumentou a famosa empresária.
Apesar da rejeição de Buss, por uma ironia do destino, o Lakers é um dos responsáveis pela consolidação do play-in: o jogo contra o Warriors, no momento em que aconteceu, foi a maior audiência da NBA na televisão desde 2019. Essa estatística acabou utilizada como um argumento pelo comissário Adam Silver para defender o formato junto ao comitê competitivo da liga, que aprovou a sua permanência em 2022.
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