Fonte: Jesse D. Garrabrant/AFPA carreira de JR Smith na NBA parece estar paralisada – para não dizer encerrada –, então o polêmico jogador prepara-se para uma nova (e inesperada) aventura: o golfe universitário. O ala-armador inscreveu-se na Universidade North Carolina A&T e fez o pedido formal à NCAA para competir com a histórica equipe da instituição, conhecida como uma escola majoritariamente negra. O porta-voz Brian Holloway confirmou ter dado entrada na solicitação nessa quarta-feira.
“Ray Allen foi quem convenceu-me a fazer isso. Tivemos uma viagem para jogar golfe na República Dominicana e ele estava falando que retornar à faculdade tem sido uma ótima forma de desafiar a si mesmo nesse momento, em que busca novas coisas para fazer. Realmente pensei nisso e decidi que voltarei também. North Carolina A&T é um dos melhores programas estudantis liberais do país”, confirmou o veterano, em entrevista à ESPN durante torneio de golfe amador.
Smith apresenta um caso especialmente complicado para a direção da NCAA. As regras da associação definem que um indivíduo não pode ser elegível para atividades atléticas caso já tenha competido por um time profissional no mesmo esporte. Nada é dito sobre outro esporte, como seria o caso do ala-armador. Além disso, ele “saltou” diretamente do basquete colegial para jogar na NBA – ou seja, nunca utilizou os seus quatro a cinco anos de elegibilidade nos esportes universitários.
Existem casos anteriores de solicitações com as mesmas particularidades no passado e, em grande parte, a NCAA aprova o pedido de integração do estudante-atleta. Um caso célebre é o de Chris Weinke, que competiu no futebol americano universitário após ter sido profissional no baseball por seis temporadas. Ele comandou Florida State ao título nacional em 1999, quando já tinha 27 anos de idade. O técnico de North Carolina A&T, Richard Watkins, está aberto à inclusão de Smith no time.
“Não é tão comum que alguém na posição de JR realmente tenha a oportunidade de ter o pensamento, sonho, ideia de seguir esse caminho. Ele é um ex-jogador profissional, mas estamos falando em circunstâncias muito específicas: ele nunca se matriculou em uma universidade ou estudou no ensino superior, então o seu tempo como estudante-atleta não começou até agora. Estamos confiantes em sua integração”, confidenciou o treinador.
Holloway revelou que, embora venha encontrando dificuldades para localizar o histórico escolar do ex-jogador de 35 anos, a tendência é que esse seja o último passo para sua aprovação pelo comitê da NCAA. Ele chegou a assinar uma carta de intenção para ser estudante e atleta na Universidade de North Carolina em 2003, quando ainda era um jovem colegial, mas voltou atrás em sua decisão para entrar diretamente na NBA.
Smith trilhou uma carreira longa e produtiva na liga, apesar do comportamento sempre instável: disputou 977 partidas ao longo de 16 temporadas profissionais. Entre os seus feitos, ele foi eleito melhor reserva da temporada 2013-14 e conquistou o título da NBA em 2016. O veterano registrou médias de 12.1 pontos (com 37.3% de aproveitamento nos arremessos de longa distância), 3.1 rebotes e 2.1 assistências na carreira.
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