Confira a previsão que o Jumper Brasil preparou sobre Phoenix Suns e Los Angeles Clippers, que iniciam a grande decisão dos playoffs da conferência Oeste a partir desse domingo.
Phoenix Suns (2º) x (4º) Los Angeles Clippers
Confrontos na temporada
Suns 1 x 2 Clippers
03/01 – Phoenix Suns 107 x 112 Los Angeles Clippers
08/04 – Los Angeles Clippers 113 x 103 Phoenix Suns
28/04 – Phoenix Suns 109 x 101 Los Angeles Clippers
Datas do confronto
20/06 – Phoenix Suns x Los Angeles Clippers – 16h30
22/06 – Phoenix Suns x Los Angeles Clippers – 22h
24/06 – Los Angeles Clippers x Phoenix Suns – 22h
26/06 – Los Angeles Clippers x Phoenix Suns – 22h
28/06 – Phoenix Suns x Los Angeles Clippers – 22h*
30/06 – Los Angeles Clippers x Phoenix Suns – 22h*
02/07 – Phoenix Suns x Los Angeles Clippers – 22h*
*Se necessário
Horários de Brasília
Phoenix Suns (51-21)
Onze anos depois, o Phoenix Suns está de volta aos playoffs e retoma a sua história de onde parou: nas finais de conferência. O segundo colocado do Oeste confirmou o seu favoritismo para chegar à decisão e repetir que havia sido feito pela equipe comandada pelo ídolo Steve Nash. Mesmo sem contar com o craque Chris Paul totalmente saudável, o time do Arizona ganhou duas séries de playoffs perdendo apenas dois jogos.
A trajetória do Suns, embora possa parecer fácil, foi muito icônica. Na primeira rodada, os comandados de Monty Williams bateram de frente com os atuais campeões e foram derrotados em dois dos três jogos iniciais, com Paul se lesionando na primeira partida contra o Los Angeles Lakers. Seu retorno gradual às quadras coincidiu com a lesão de Anthony Davis e a equipe conseguiu a “virada” na série melhor-de-sete para eliminar LeBron James na primeira rodada pela primeira vez.
As semifinais do Oeste foram marcadas por uma atuação de gala contra o MVP Nikola Jokic e o Denver Nuggets, dominando o (desfalcado) adversário em quatro jogos. O pivô sérvio até fez suas grandes atuações, mas a equipe de Phoenix anulou todos em sua volta na maior parte da série e saiu com uma vitória inquestionável. É assim que o jovem elenco chega ao “Final Four” da NBA, como o time que menos perdeu partidas nos playoffs.
Time titular: Deandre Ayton / Jae Crowder / Mikal Bridges / Devin Booker / Chris Paul
Los Angeles Clippers (47-25)
O Los Angeles Clippers exorcizou um demônio de cinco décadas e, finalmente, chega à primeira final de conferência de sua história. E, se isso não bastasse para uma façanha, a inédita classificação veio mesmo com o desfalque do astro Kawhi Leonard – que, na verdade, especula-se pode estar fora do resto dos playoffs. Mas esse caminho foi muito mais tortuoso do que se poderia imaginar para o quarto colocado do Oeste.
Na primeira rodada, a franquia angelina entrou em uma série “maluca” contra o Dallas Mavericks: após os seis primeiros jogos sendo vencidas por visitantes, os comandados de Tyronn Lue precisaram de sete partidas para finalmente confirmarem seu mando de quadra e eliminarem o time texano – que, por várias noites, teve Luka Doncic quase como único criador ofensivo. Grandes performances de Leonard foram as responsáveis por fazer a equipe “sobreviver” em um duelo que deveria ter sido bem mais simples.
O Clippers encontrou a equipe de melhor campanha da liga, o Utah Jazz, e voltou a ser derrotado nos dois primeiros jogos da série. Mas, a partir do momento que abraçou as formações mais baixas, o time demoliu a defesa baseada na presença de Rudy Gobert com seus alas arremessadores para vencer quatro partidas seguidas. Foi assim que os angelinos tornaram-se o primeiro time a virar dois 0-2 nas rodadas iniciais dos playoffs.
Time titular: Nicolas Batum / Kawhi Leonard / Paul George / Marcus Morris / Reggie Jackson
Análise do confronto
Todos os times lutam para chegar no auge de seu rendimento nos playoffs. Pois Suns e Clippers parecem assim estarem alcançando a decisão da conferência Oeste, apesar de terem tido trajetórias bastante diferentes: o Suns demonstrou a segurança competitiva que nem sempre se encontra em um elenco jovem, sem enorme experiência no mata-mata, enquanto o Clippers deixou de lado as dúvidas sobre a maneira como administra momentos críticos e adversidades.
As equipes se enfrentaram três vezes ao longo da temporada regular, com os angelinos levando a melhor em duas oportunidades. Paul George foi o grande destaque individual dos duelos, registrando média de 32.3 pontos e convertendo 17 dos 29 arremessos de longa distância que tentou. No entanto, o jogo mais recente – e o único disputado sem Kawhi Leonard, possível desfalque toda a série – acabou em triunfo para a franquia do Arizona.
O embate entre Clippers e Suns é intrigante porque, na teoria, ambos teriam as peças para confrontarem os principais destaques individuais dos oponentes. Os californianos têm dois dos melhores defensores da NBA (George e Leonard) para “atirarem” contra Devin Booker e Chris Paul, enquanto Phoenix possui um bom grupo de alas defensivos para bater de frente com esses dois craques do adversário – o jovem Mikal Bridges, o veterano Jae Crowder e o reserva Torrey Craig.
A grande questão é que com as ausências de Paul (protocolo de saúde e segurança) e Leonard (lesão no menisco), ainda sem sabermos ao certo quanto tempo ficarão fora, confunde muito esse quebra-cabeças.
O Suns poderá ter a oportunidade, por exemplo, de escolher a melhor opção entre os seus marcadores em potencial – ou rodá-los – para fazer frente a George, no período que Leonard ficar afastado das quadras. E o mesmo tenderá a ser feito pelo Clippers, usando o seu grupo de alas contra Booker. Imagino que seja muito possível que, por carregar um fardo maior no lado ofensivo pela ausência de Leonard, George sequer comece a série marcando Booker.
O que parece ser uma certeza é que, pela primeira vez nos playoffs, o Clippers não vai ficar impune ao uso de sua formação baixa – um quarteto de alas com Reggie Jackson na armação. Diferente de Kristaps Porzingis e Rudy Gobert, Deandre Ayton é um pivô que aproveita-se de marcadores mais baixos para pontuar à vontade no garrafão. Ele também é, hoje, o atleta mais capaz de sair do garrafão e tentar marcar no perímetro nesse trio.
Na verdade, com a ajuda de Ayton, o Suns destruiu o Nuggets nas semifinais do Oeste executando uma série de pick-and-rolls criativos para explorar a maneira como o seu oponente tentava proteger Nikola Jokic. Os angelinos estão muito melhor “equipados” para neutralizarem isso com sua formação de alas – o que já vimos na série contra o Utah Jazz –, mas, ao mesmo tempo, não contam com ninguém para conter o screener dessas ações em Ayton.
É por esse motivo que acredito que a série passa, primordialmente, pela imposição do time do Arizona em manter Ayton em quadra e forçar o adversário a se desfazer das formações baixas. Ivica Zubac é melhor do que recebe crédito e já deu para ver que DeMarcus Cousins ainda pode jogar, mas eles entram em um duelo bem complicado caso tenham que marcar o jovem pivô e podem ser extensamente explorados por Booker ou o veloz Cameron Payne em trocas. Serge Ibaka faz muita falta aqui.
E o mesmo, porém, vale para o outro lado: se o Clippers conseguir, como nas séries anteriores, explorar o pivô do adversário para criar bons arremessos enquanto roda a bola com o seu time orientado para o perímetro, a situação vira. Não acho que Monty Williams terá tantas reservas em tirar Ayton de quadra quanto tiveram Quin Snyder e Rick Carlisle, mas isso expõe o elenco de Phoenix a muito tempo de Cameron Johnson (fraco na defesa) e Torrey Craig (fraco no ataque).
A briga pela manutenção dos pivôs em quadra, na verdade, foi a batalha essencial das duas séries anteriores do Clippers nos playoffs – e a insistência de seus oponentes em mantê-los em quadra foi o beijo da morte. Aqui, o que muda é a capacidade do atleta referido: Ayton é mais completo e capaz do que Gobert e Porzingis. Mas, igualmente, também pesa a questão do elenco, pois acho que o Suns tem mais jogadores prontos para “rodarem” contra os alas de Los Angeles.
A verdade é que qualquer análise sobre essa série, nesse momento, fica defasada pelas incertezas em torno de Paul e Leonard. É provável que, no final das contas, o título do Oeste drible todas essas conjecturas e fique simplesmente com quem consegue colocar seu astro afastado primeiro dentro de quadra. Acho que as ausências são equivalentes, com as duas equipes tendo opções bem claras para substituí-los. Então, tudo se torna uma corrida, de certa forma.
Nessa disputa, eu acredito que o Suns está em vantagem: sabemos o que o veterano armador vem enfrentando nos bastidores e o tempo de recuperação provável com a provável infecção pela COVID-19, enquanto o duas vezes MVP das finais é um total ponto de interrogação com o seu joelho. Pode-se dizer que ele é um desfalque certo para os dois primeiros jogos da série, uma vez que sequer viajou para o Arizona na intenção de seguir o tratamento em Los Angeles.
Esses são dois times equilibrados e interessantes, vivendo o melhor momento nessa temporada e prontos para fazerem história enquanto lidam com adversidades. Podem não ter tido o melhor recorde, o favoritismo ao longo da campanha ou a preferência da maior parte dos torcedores, mas o título do Oeste estará em boas mãos com quem quer que seja.
Palpites Jumper
Editor | Palpite |
Gustavo Freitas | CLIPPERS EM 6 |
Gustavo Lima | SUNS EM 6 |
Ricardo Stabolito Junior | SUNS EM 7 |
Vinicius Donato | SUNS EM 7 |
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