O prêmio de jogador que mais evoluiu é, sempre, um dos mais legais de serem acompanhados durante uma temporada. Mas, hoje, indicamos 12 nomes para saber quem valorizou mais na NBA na campanha 2020-21, sem contar tempo de liga. Em suma, são atletas que, em um determinado período, tinham um patamar e, depois, atingiram outro. Claro que não se trata do MIP, até por ter jogador candidato a MVP aqui. Porém, tratamos de jogadores que podem melhorar ainda mais, como Jerami Grant, do Detroit Pistons, que era um bom defensor e tornou-se um cestinha em Michigan. Tem até brasileiro na lista. Dê sua opinião e vote na enquete.
Jaylen Brown (Boston Celtics)
O ala Jaylen Brown disputou, em 2020-21, o seu primeiro Jogo das Estrelas. Não foi do nada. O jogador produz, na atual temporada, os melhores números da carreira: 24.7 pontos, 5.9 rebotes, 3.4 assistências, além de um aproveitamento de 40.1% nos arremessos de três. Terceira escolha do draft de 2016, Brown tomou conta do Boston Celtics no início da campanha, liderando o time nas dez vitórias dos 16 primeiros jogos da atual campanha, muito por conta da ausência de Jayson Tatum em cinco destes embates, por conta do coronavírus. Apenas neste período, Brown anotou 42 pontos em duas oportunidades, recorde pessoal.
Julius Randle (New York Knicks)
Julius Randle era, até o início da temporada 2020-21, um jogador notoriamente talentoso, mas acima do peso e sem motivação alguma na carreira. Era um atleta caro, com a mania de conduzir a bola sem grande propósito para o ataque no Los Angeles Lakers e New Orleans Pelicans. Antes da atual campanha, ele tinha 1.1 assistência para cada erro de ataque. Agora, ele produz 1.7 passe decisivo por falha ofensiva. Além disso, ele saltou de 27.7% no aproveitamento de três pontos em 2019-20 para 41.8% este ano. Em 61 jogos, Randle faz 23.9 pontos, 10.4 rebotes, 6.0 assistências e 1.0 roubada, todos melhores números pessoais.
Jerami Grant (Detroit Pistons)
Até a temporada passada, Jerami Grant era conhecido por ser sobrinho de Horace Grant e ser um bom defensor por onde passou: Philadelphia 76ers, Oklahoma City Thunder e Denver Nuggets, nunca com grande destaque individual. Mas, em 2020-21, a chance de ser um cestinha veio ao assinar acordo com o Detroit Pistons. Em sua nova equipe, Grant saiu de 12.0 pontos e 3.5 rebotes na campanha anterior para 22.5 pontos e 4.6 rebotes. Tudo bem que o Pistons não é competitivo e será a sua primeira vez longe dos playoffs desde 2015-16, mas Grant já entrou na disputa para ser chamado ao Jogo das Estrelas. Seu salário, de aproximadamente US$20 milhões na próxima temporada, tornou-se uma barganha perto de outros contratos por aí.
Collin Sexton (Cleveland Cavaliers)
Desde que tornou-se ala-armador no Cleveland Cavaliers, Collin Sexton mostrou repertório ofensivo e ganhou ainda mais espaço na atual temporada. O Cavs, depois de um bom início, despencou na tabela de classificação, mas uma coisa era certa: Sexton iria fazer de tudo para o seu time vencer, como nas duas incríveis vitórias seguidas sobre o Brooklyn Nets em janeiro. Até aquele momento, o Cavaliers somava oito triunfos em 15 jogos e dava sinais de que iria brigar por playoffs. Não foi bem assim. Claxton, por outro lado, faz os melhores números da carreira: 24.5 pontos, 4.1 assistências e, ainda, acerta 37.6% dos arremessos de longa distância.
Isaiah Stewart (Detroit Pistons)
Isaiah Stewart é calouro? Sim. Mas como ele valorizou, estando em seu primeiro ano? Simples. Aqui, não é para indicar os favoritos ao prêmio de jogador que mais evoluiu, mas mostrar quem subiu de patamar na temporada 2020-21. Stewart se encaixa justamente ali. Limitado por tempo de quadra e por Mason Plumlee, o pivô, de apenas 19 anos, mostrou ser um reboteiro acima da média e, nos últimos 40 dias, tratou de arremessar de três. Desde então, ele converteu 11 das 24 tentativas (45.8% de aproveitamento), muito acima dos 25% que apresentou nos 32 jogos pela Universidade de Washington em 2020. Décima sexta escolha do draft de 2020, Stewart ocupa o sexto lugar em porcentagem de rebotes e o oitavo em porcentagem de bloqueios. Ele já pegou dez rebotes ou mais em 12 oportunidades. Em sete jogos como titular, ele acumula médias de 13.0 pontos, 11.7 rebotes, 2.0 bloqueios, além de um aproveitamento de 69% nos arremessos.
Nikola Jokic (Denver Nuggets)
Um candidato ao prêmio de MVP pode entrar na lista? Pode, claro. Nikola Jokic faz, em 2020-21, a melhor temporada da carreira, por muito. Individualmente, ele melhorou em pontos (26.2), rebotes (11.0), assistências (8.7), aproveitamento em três pontos (40.9%) e 2.7 passes decisivos para cada erro de ataque. Jokic é incrível de ser visto, é ainda mais quando deixa o arremesso de três. Para se ter uma ideia, nas 13 vezes em que acertou, pelo menos, três cestas de longa distância, o Nuggets perdeu dez jogos. Em contrapartida, nos 13 embates que arremessou, no máximo, uma vez de três, o time venceu 12. Não é coincidência.
Jalen Brunson (Dallas Mavericks)
Embora seja a temporada em que menos começou como titular, Jalen Brunson faz a melhor campanha em três anos de carreira na NBA. O filho do esforçado Rick Brunson, que passou pelo Los Angeles Clippers e Portland Trail Blazers, entre outros, na década de 2000, se beneficiou da saída de Seth Curry para o Philadelphia 76ers e tornou-se uma das melhores armas do Dallas Mavericks no banco de reservas. Ele evoluiu em pontos, rebotes, assistências, porcentagem de arremesso de quadra e de três em um time que conta com Luka Doncic, que monopoliza as ações ofensivas da equipe texana. Em 57 jogos, Brunson possui 12.5 pontos, 3.6 rebotes, 3.5 assistências e converte 38.9% dos tiros de longa distância. Em 2021-22, ele vai para o seu último ano de contrato.
Kelly Olynyk (Houston Rockets)
Quem imaginaria que, em 2020-21, Kelly Olynyk estaria sendo um jogador realmente importante para um time na NBA? Tudo bem que ele está no Houston Rockets, uma equipe foi devastada pelas saídas de atletas dos calibres de James Harden e Russell Westbrook. Mas o canadense, enviado pelo Miami Heat na troca que levou Victor Oladipo ao time da Flórida, tem se destacado nas 18 primeiras partidas pela equipe texana. Olynyk possui, neste período, 18.5 pontos, 8.0 rebotes, 3.0 assistências, além de um aproveitamento fantástico de 59.2% dos arremessos e 38.4% em três pontos, provando que pode coexistir ao lado de um pivô (Christian Wood).
Dejounte Murray (San Antonio Spurs)
Lembra quando Dejounte Murray ficou “mofando” no Green Room? No draft de 2016, Murray, convidado para fazer parte da elite que aguardava seu nome ser chamado por Adam Silver, viu 28 jogadores sendo selecionados antes dele. Então, o San Antonio Spurs o selecionou na vigésima nona posição, quase saindo da primeira rodada. Os primeiros anos foram difíceis e chegou a perder uma temporada inteira por lesão no joelho. Mas, em 2020-21, já de contrato renovado, Murray explodiu no time texano, tornando-se um dos melhores armadores reboteiros da liga. Não por menos, ele possui uma envergadura de 2,08 metros, suficiente para entrar nos times ideais de defesa de 2017-18. Ele produz 15.6 pontos, 7.1 rebotes, 5.2 assistências, 1.6 roubada em cerca de 32 minutos de ação.
Lu Dort (Oklahoma City Thunder)
Ele está apenas em seu segundo ano na NBA, mas Lu Dort já ganhou respeito na liga. Nos playoffs da temporada passada, o jogador do Oklahoma City Thunder ficou marcado por arremessar (mal) por toda a série contra o Houston Rockets. Mas, por pouco, ele não “cometeu o crime” no último jogo, com 30 pontos e seis cestas de três em 12 tentativas. Vale lembrar que, antes daquele jogo, ele havia convertido somente sete dos 38 arremessos de longa distância (18.4%). Mas, em 2020-21, Dort cresceu muito, saltando em pontos (de 6.8 para 14.2), rebotes (de 2.3 para 3.7) e aproveitamento de três (de 29.7% para 34.7%). Ainda tem muito para evoluir, mas o canadense está indo no caminho certo.
Raul Neto (Washington Wizards)
É impossível pensar em uma lista de jogadores que valorizaram sem citar o brasileiro Raul Neto, do Washington Wizards. Vá lá, ele não é o que mais evoluiu, mas trata-se de um atleta que, finalmente, ganhou espaço na liga. Depois de quatro anos de aprendizado no Utah Jazz, Raulzinho foi relativamente bem no Philadelphia 76ers, especialmente nos três últimos jogos da fase regular, já na “bolha” de Orlando. Tais performances garantiram a ele uma chance no Washington Wizards. Mas quem iria apostar em tempo de quadra em um time que conta com Russell Westbrook e Bradley Beal? Bem, ele mesmo. Raulzinho incrementou, de uma temporada para a outra, quase nove minutos. Essa confiança da comissão técnica do Wizards rendeu a ele 13 jogos como titular, com médias de 11.6 pontos, 2.9 assistências e 36.2% em três pontos, mas quando atuou por 30 minutos ou mais, ele produziu 17.8 pontos, 4.0 assistências, 3.8 rebotes, 1.2 roubada e 39.1% de longa distância. Com contrato expirante, o armador se valorizou muito.
TJ McConnell (Indiana Pacers)
O armador TJ McConnell ganhou espaço no Indiana Pacers na atual temporada, muito por conta das lesões de seus principais jogadores, mas, também, porque ele conseguiu mostrar serviço. Em seus sexto ano na NBA, o segundo no Pacers, McConnell produz não só seus melhores números individuais, mas destaca-se pela defesa e pode pintar nos times ideais da liga no quesito em 2020-21. Para a infelicidade do Pacers, o time perdeu muitos atletas importantes por lesão ou COVID, o que atrapalhou os planos de brigar no topo da tabela da conferência Leste, mas McConnell tem sido uma das peças mais confiáveis e precisa ter seu contrato renovado ao fim da temporada.
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