Saiba quais foram as dez piores trocas da NBA

Listamos algumas das piores negociações de todos os tempos na liga

dez piores trocas NBA Fonte: Bill Baptist/AFP

A trade deadline está aí. Nesta quinta-feira, times podem realizar as suas últimas negociações da temporada. Hoje, listamos as dez piores trocas que já aconteceram na história da NBA. As equipes tentam, na imensa maioria das vezes, montar elencos com a chance de serem vencedoras, mas nem sempre é o resultado final. Erros históricos acontecem e times são punidos (com derrotas) por várias temporadas no futuro. Veja como ficou:

10- Cleveland Cavaliers e Los Angeles Clippers (2011)

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Bill Baptist/AFP

A troca: Clippers enviou Baron Davis e uma escolha de primeira rodada para o Cavs por Mo Williams e Jamario Moon.

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O resultado: O Clippers vinha em uma fase pouco vitoriosa e não ia aos playoffs desde 2005-06. Vá lá. Baron Davis já não era mais um astro e dava sinais que estava na reta final de carreira, tanto que chegou em fevereiro e foi dispensado em dezembro. Então, o time californiano enviou o armador para o Cavs, além de uma escolha de primeira rodada. Mo Williams, embora tenha ido para o Jogo das Estrelas de 2008-09, nunca foi exatamente um grande jogador. Era um armador que sabia passar a bola e arremessar de três. Jamario Moon, era um atleta esforçado, com passagens por vários países antes de conseguir vaga na NBA, mas nada além disso. Acontece que o melhor da negociação foi justamente a escolha de draft. O Cavaliers ganhou na loteria e ficou com a primeira escolha. Quem? Kyrie Irving.

 

9- Saint Louis Hawks e Boston Celtics (1956)

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Bryan R. Smith/AFP

A troca: Celtics enviou Cliff Hagan e Ed Macauley para o Hawks por Bill Russell

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O resultado: Parecia ter sido boa, mas o resultado final foi muito diferente um dos lados. Bill Russell foi selecionado pelo Saint Louis Hawks na segunda escolha do draft do longínquo 1956. O Hawks enviou Russell para o Boston Celtics por dois Hall da Fama: Cliff Hagan e Ed Macauley. No primeiro momento, Hagan e Macauley foram campeões pelo Hawks. Enquanto o primeiro ainda foi All Star em outras oportunidades, Macauley encerrou a carreira dois anos depois. Acontece que Russell só não foi campeão em duas temporadas da carreira, que durou de 1956-57 até 1968-69. Foram 11 títulos, 12 seleções para o Jogo das Estrelas, cinco vezes MVP. Só isso.

 

8- Philadelphia 76ers e Phoenix Suns (1992)

Lisa O’Connor/AFP

A troca: Suns enviou Jeff Hornacek, Andrew Lang e Tim Perry por Charles Barkley

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O resultado: Vamos por partes: Jeff Hornacek era um grande jogador, excelente arremessador e vinha da melhor temporada da carreira em 1991-92, quando fez 20.1 pontos, 5.1 assistências, 5.0 rebotes e teve um aproveitamento de 43.9% em três pontos. Não por menos, ele foi para o Jogo das Estrelas daquele ano. Andrew Lang era um pivô voluntarioso, mas necessário para a rotação da NBA na época, enquanto Perry, assim como Hornacek, teve na campanha anterior a melhor da carreira, mas pouco fez na liga. Mas era Charles Barkley, caramba.

Semanas depois da troca, ele já foi o principal destaque do time dos Estados Unidos nas Olimpíadas de Barcelona-92 e contabilizava, até então, seis seleções para o All Star. Em 1992-93, foi MVP da liga, levando o Suns para a final da NBA contra o Chicago Bulls. Perdeu, mas seguiu tendo enorme relevância para o time do Arizona e, depois, para o Houston Rockets. Hoje, ele é comentarista da TNT americana.

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7- Milwaukee Bucks e Los Angeles Lakers (1975)

Robyn Beck/AFP

A troca: Bucks enviou Kareem Abdul-Jabbar e Walt Wesley para o Los Angeles Lakers por Junior Bridgeman, Dave Meyers, Elmore Smith e Brian Winters.

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O resultado: Não precisa explicar muito. Enquanto o Bucks recebeu jogadores esforçados como Bridgeman, Meyers e Smith (liderou a liga em tocos na temporada 1973-74, com 4.9 por jogo), Winters foi para dois All Star Games e tornou-se técnico na liga posteriormente, o Lakers ganhou um dos melhores jogadores de todos os tempos. Karrem Abdul-Jabbar obteve seis títulos, sendo cinco pelo time californiano, 19 vezes no Jogo das Estrelas, 15 vezes nos times ideais e, claro, Hall da Fama. Detalhe: Meyers jogou apenas quatro temporadas na NBA e encerrou a carreira aos 27 anos por questões religiosas.

 

6- Dallas Mavericks e Milwaukee Bucks (1998)

Nathaniel S. Butler/AFP

A troca: Bucks enviou Dirk Nowitzki e Pat Garrity ao Mavs por Tractor Traylor

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O resultado: As trocas no draft tendem a ter uma relevância um pouco menor porque tudo é baseado na futurologia, quase uma especulação, já que não se sabe ao certo o quanto um jogador universitário ou europeu vai render na NBA. Acontece que a troca já começou errada porque o Dallas Mavericks ainda recebeu Pat Garrity. E Garrity, um ala-pivô que serviria muito mais nos tempos modernos pelo boa capacidade de espaçamento de quadra (39.8% de aproveitamento em arremessos de três na carreira), foi usado em uma troca paralela para o Mavericks receber Steve Nash, vindo do Phoenix Suns.

Então, Traylor, um jogador baixo e pesado (2,03 metros e 128 quilos em um dia bom), teve muitos problemas para ser dominante na NBA como no basquete universitário. Terminou a carreira com médias de 4.8 pontos e 3.7 rebotes. Faleceu em 2011, no mesmo ano do título de Nowitzki no Mavs. Aliás, o alemão é um dos maiores cestinhas de todos os tempos, foi MVP em 2006-07, 14 vezes ao Jogo das Estrelas e é considerado um dos melhores estrangeiros a jogar na NBA.

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5- Chicago Bulls e Seattle Supersonics (1987)

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Vincent Laforet/AFP

A troca: O Sonics enviou Scottie Pippen e uma escolha de primeira rodada de 1989 ao Bulls por Olden Polynice, uma escolha de primeira rodada de 1989 (B.J. Armstrong foi selecionado) e uma de segunda rodada de 1988

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O resultado: Mais uma vez, troca na noite do draft. A explicação é a mesma da sexta posição. Mas Olden Polynice, um pivô apenas razoável para bom, mas muito aguerrido, não valia o que Scottie Pippen fizera em seu último ano de basquete universitário. Pippen obteve 23.6 pontos, 10.0 rebotes e 4.3 assistências por Central Arkansas. Aliás, ele é o único jogador daquela universidade a ter atuado na NBA. Mas Pippen foi extraordinário defensor, passador e jogava para o time.

Problemas com lesões, especialmente nas costas, minaram sua carreira. Foram seis títulos pelo Bulls, ao lado de Michael Jordan, sete vezes no Jogo das Estrelas, sete vezes nos times ideais da liga, dez seleções para os times ideais de defesa, além da presença no Dream Team de Barcelona-92 e do Hall da Fama.

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4- Philadelphia 76ers e Los Angeles Lakers (1968)

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Arquivo AFP Photo

A troca: Sixers enviou Wilt Chamberlain ao Lakers por Jerry Chambers, Archie Clark e Darrall Imhoff

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O resultado: Aqui é um pouco diferente. Claro que os nomes estavam muito abaixo do talento de Wilt Chamberlain. Enquanto Clark e Imhoff somaram três aparições no Jogo das Estrelas, Chambers pouco atuou na NBA por ter servido ao exército durante dois anos de sua carreira na liga. Mas Chamberlain não devia ter deixado Philadelphia. Primeiro, porque ele nasceu lá. Depois, foi selecionado pelo Philadelphia Warriors. Embora o Warriors tenha se mudado para San Francisco, o Syracuse Nationals foi para a Pensilvânia em 1963-64 e trocou o nome para Philadelphia 76ers. No ano seguinte, Chamberlain pediu para ser trocado para o Sixers. Era ali que ele queria ficar. Só que as condições em Philadelphia, na segunda passagem, não eram as ideais.

Mas o 76ers o negociou para o Los Angeles Lakers em 1968-69, aos 32 anos, após novo pedido. Ele conseguiu ser campeão pelo Sixers, em 1966-67, mas voltou a obter um título, desta vez pelo Lakers, em 1971-72. No time californiano, Chamberlain jogou por cinco temporadas, já veterano. Enquanto suas médias no Warriors foram de (calma, respira) 41.5 pontos, 25.5 rebotes e 3.0 assistências, no Lakers ele produziu 17.7 pontos, 19.2 rebotes e 4.3 assistências. Claro, ele está no Hall da Fama, após 13 seleções para o Jogo das Estrelas, dez vezes nos times ideais da NBA, quatro vezes MVP e dois títulos.

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3- Los Angeles Lakers e Memphis Grizzlies (2008)

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Robyn Back/AFP

A troca: Lakers enviou Kwame Brown, Javaris Crittenton, Aaron McKie, duas escolhas de primeira rodada (2008 e 2010) e os direitos de Marc Gasol por Pau Gasol e uma escolha de segunda rodada de 2010

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O resultado: Inicialmente, vamos falar do que a troca representou logo de cara. Pau Gasol era um astro que foi esnobado em seis de seus sete anos no Memphis Grizzlies. Ali, ele tinha médias de 18.8 pontos, 8.6 rebotes, 3.1 assistências e 1.8 bloqueio. Eram números muito bons e só não ia, provavelmente, por causa da concorrência: Dirk Nowitzki, Tim Duncan e Kevin Garnett, se fosse brigar pela posição de ala-pivô. Se fosse como pivô, tinha Yao Ming e, claro, Shaquille O’Neal. Então, ele só jogou em 2005-06, tendo sido melhor ainda na campanha seguinte.

Depois, veja o que o Grizzlies recebeu: Kwame Brown, Javaris Crittenton, Aaron McKie, duas escolhas que, embora fossem de primeira rodada, eram as piores possíveis por conta das campanhas do Lakers e, por fim, os direitos de Marc Gasol. Vale lembrar que, até os 20 anos, Marc não passava de o irmão de Pau e era reserva no Barcelona. Apenas aos 23, em 2007-08, Marc ganhou espaço em definitivo e fez uma boa temporada, registrando 16.2 pontos e 8.3 rebotes pelo time catalão. No ano seguinte, ele estreou pelo Grizzlies. Aquele time só começou a ter algum impacto em 2010-11. Ali, ele foi para o Jogo das Estrelas na temporada seguinte, aos 27 anos e, em 2012-13, foi eleito como o melhor defensor da temporada.

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Enquanto isso, Pau tinha três finais consecutivas e dois títulos pelo Lakers. Pau Gasol é um dos melhores estrangeiros de todos os tempos na NBA, mas Marc tem grande valor e também tem um título, pelo Toronto Raptors, em 2018-19. Hoje, ele está no mesmo Lakers que consagrou o irmão.

 

2- Boston Celtics e Brooklyn Nets (2013)

dez piores trocas NBA

Nathaniel S. Butler/AFP

A troca: Celtics enviou Kevin Garnett, Paul Pierce, Jason Terry, D.J. White e a escolha de segunda rodada de 2017 para o Nets por Keith Bogans, MarShon Brooks, Kris Humphries, Kris Joseph, Gerald Wallace e as escolhas de primeira rodada de 2014 (virou James Young), 2016 (virou Jaylen Brown), 2017 (virou Markelle Fultz) e 2018 (virou Collin Sexton)

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O resultado: Claro que no primeiro momento, o mundo achava que o Brooklyn Nets estava correndo riscos, mas que poderia ser campeão em até dois ou três anos. É óbvio que havia a chance de dar errado porque estava abdicando de seu futuro por um presente incerto, porém com grandes nomes, que se juntavam a Deron Williams, Joe Johnson, Brook Lopez e Andrei Kirilenko.

Acontece que Kevin Garnett, Paul Pierce e Jason Terry estavam no último giro do cronômetro e o time do presente tornou-se time do pesadelo. Simplesmente não deu liga. Garnett, aos 37 anos, já vinha caindo de produção no Boston Celtics, mas caiu de 14.8 pontos e 7.8 rebotes em 2012-13 para 6.5 pontos e 6.6 rebotes em seu primeiro ano no Nets. Pierce ainda era um jogador útil no ataque e, aos 36 anos, fazia 13.5 pontos, 4.6 rebotes e cerca de 37% nos arremessos de três, enquanto Jason Terry só vinha do banco mesmo, sem qualquer impacto com seus 4.5 pontos. Não durou muito. Garnett voltou para o Minnesota Timberwolves no meio da temporada seguinte e ainda jogou mais um ano, enquanto Pierce passou por Washington Wizards e Los Angeles Clippers antes de se aposentar. Johnson ficou mais uma temporada e meia no Nets e, depois, rodou por Miami Heat, Utah Jazz e Houston Rockets. Williams durou mais dois anos na equipe, antes de ir para o Dallas Mavericks e Cleveland Cavaliers em fim de carreira. O único que perdura, até hoje, é Lopez, que no Milwaukee Bucks, em 2019-20, fez parte dos times ideais de defesa.

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Quanto ao Celtics, é claro que os nomes que chegaram por lá, de cara, não eram nada impactantes, mas veja o que resultou, no fim das contas: Jaylen Brown, Jayson Tatum (na troca no draft de 2017 com o Philadelphia 76ers por Markelle Fultz) e Kyrie Irving, que chegou na troca com o Cavs e o time de Massachusetts utilizou Jae Crowder, Isaiah Thomas, Ante Zizic e a escolha do draft de 2018 por ele. Disso tudo, o Cavaliers selecionou Collin Sexton. O Nets teria um futuro tenebroso, mas Sean Marks chegou lá em 2016, arrumou a casa, o time foi aos playoffs nos últimos dois anos, mesmo com elencos abaixo da média e, por fim, hoje briga pelos primeiros lugares da conferência Leste com nomes como James Harden, Kevin Durant e Irving.

 

1- Houston Rockets e Oklahoma City Thunder (2012)

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Carmen Mandato/AFP

A troca: Thunder enviou James Harden, Cole Aldrich, Daequan Cook e Lazar Hayward para o Rockets por Kevin Martin, Jeremy Lamb, duas escolhas de primeira rodada (uma delas virou Steven Adams) e uma escolha de segunda

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O resultado: James Harden tinha acabado de ser escolhido como o melhor reserva de 2011-12 e havia feito a final da NBA contra o Miami Heat, ao lado de Kevin Durant, Russell Westbrook e Serge Ibaka. Mas o Oklahoma City Thunder, com medo das taxas a serem pagas pelas renovações de Harden e Ibaka, priorizou o último e deixou o futuro MVP ir embora por, basicamente, Kevin Martin. Tudo bem que uma das escolhas de primeira rodada resultou em Steven Adams, que atuou pela equipe até a temporada passada, mas Martin chegou para ser reserva, ficou por apenas um ano e foi bancado por Rick Adelman (com quem trabalhou em três times) no Minnesota Timberwolves na campanha seguinte.

Agora, Harden? Em pouco mais de oito temporadas no time texano, ele foi MVP de 2017-18, foi para o Jogo das Estrelas em todos os anos desde então e sempre brigou pelas primeiras posições da conferência. Vamos fazer um exercício de imaginação: se o Thunder tivesse mantido os quatro (Durant, Westbrook, Harden e Ibaka), o título já teria ido para Oklahoma City em algumas oportunidades e seria o principal rival do Golden State Warriors. Pois é. Não foi.

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