Em busca de um novo acordo para TV, a NBA estaria pedindo nada menos que US$75 bilhões por nove anos. O atual, que iniciou em 2016-17, vai até 2024-25 e paga, anualmente, cerca de US$2.6 bilhões. O aumento seria na casa de 213%, segundo o site CNBC.
“Eu acho que todos esperam que, enquanto o público demonstrar que assiste NBA, provavelmente você pode esperar por aumentos”, afirmou o ex-presidente da CBS Sports, Neal Pilson. “Eu acredito que a NBA vai procurar por aumentos significativos”.
O valor, de aproximadamente US$8.3 bilhões, ainda não iria superar o da NFL (Liga de Futebol Americano), mas chegaria bem mais próximo dos US$10 bilhões por ano. Atualmente, ESPN e Turner Sports são as detentoras dos direitos televisivos da NBA.
Vale lembrar que, quando a liga obteve o atual acordo, o teto salarial dos times subiu de US$70 milhões para US$94.1 milhões na temporada seguinte. Na ocasião, jogadores fizeram pedidas muito mais altas, inflacionando o mercado.
No primeiro dia da agência livre de 2016, o Los Angeles Lakers ofereceu contratos a Luol Deng (US$72 milhões por quatro anos) e Timofey Mozgov (US$64 milhões pelo mesmo período), estabelecendo um padrão bastante elevado. Hoje, o teto salarial é de US$115 milhões, além das exceções. Apenas cinco times estão abaixo do valor máximo.
A ausência de público desde o início da pandemia do coronavírus e o período em que a liga foi suspensa trouxe enormes prejuízos. Segundo o site The Athletic, a liga perdeu cerca de US$695 milhões com o cancelamento de 258 jogos em março do ano passado, mas evitou uma perda ainda maior com a “bolha” de Orlando, que poderia acrescentar em US$1.5 bilhão.
O atual acordo da NBA vai até 2025. Diversos jogadores que assinaram extensões na última offseason possuem contratos além desse período, como Giannis Antetokounmpo (US$228 milhões até 2025-26), Bam Adebayo e Donovan Mitchell (US$163 milhões até 2026-27, cada). Com o aumento substancial dos direitos da TV, um novo acordo coletivo será feito e, salários de US$50 milhões anuais deverão ser menos raros.
Fonte: Mike Ehrmann/AFP

