“As críticas que recebo me incomodam”, admite Ayton

Jovem pivô do Suns busca mudar imagem na liga enquanto aprende a lidar com comentários negativos sobre postura em quadra

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Ser a primeira escolha do draft de Luka Doncic é uma sombra que Deandre Ayton não escolheu, mas com a qual terá que conviver por muito tempo. E, se isso não bastasse, o jovem pivô do Phoenix Suns começou a temporada passada com uma suspensão de 25 partidas por violar as regras antidoping da NBA, o que piorou a maneira como é visto ao redor da liga. Ayton não esconde que as críticas e avaliações negativas, potencializadas por uma comparação que não pediu, incomodam o seu dia-a-dia.    

“Eu não negarei: as críticas que recebo me incomodam, mas, no fim das contas, essa é a vida e carreira que escolhi. Tomei decisões erradas e cometi erros sem intenção que trouxeram consequências complicadas para mim. Eu soube assumir o que fiz e nunca abaixei a cabeça. Houve um dia em que precisei olhar-me no espelho e dizer que não era essa pessoa problemática”, contou o titular do Arizona, em entrevista à ESPN. 

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Esses comentários, porém, vão além só de não ter mostrado o nível de desempenho de Doncic ou pelo teste positivo para diuréticos proibidos. Ayton é criticado também pela postura em quadra – especialmente, na defesa – e irregularidade entre atuações: é o pivô que pode oscilar entre dominar garrafões e pegar quatro rebotes de uma rodada para outra. Por isso, o elenco do Suns passou a cobrá-lo pesadamente a cada treino.  

“Todos nesse time são duros com Deandre porque sabemos do que esse cara é capaz e queremos que chegue onde pode. Mas, para ser um dos melhores jogadores da liga, é preciso mais: você tem que ser mais consistente do que ele tem sido. E nós realmente acreditamos que ele é mais do que capaz de ser mais regular noite após noite”, disse o craque Chris Paul, que chegou ao time de Phoenix na offseason passada. 

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A postura dos jogadores do Suns não é só aceitar, mas apoiada pelo treinador Monty Williams. Na verdade, ele juntou-se aos seus comandados para ter uma abordagem muito mais enfática com Ayton. O ex-jogador garante que o primeiro selecionado do recrutamento de 2018 leva a carreira à sério e realmente fica chateado com a forma como tem sido encarado, mas, às vezes, não tem ideia do quão talentoso é. 

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Deandre tem um talento surreal. E, como seu técnico, eu assumi o desafio de mostrar-lhe como pode ser dominante quando joga da forma certa. Já vimos que, quando entra em quadra com força e espírito competitivo, é um atleta de elite. Esse cara importa-se com a carreira e as narrativas em torno do seu nome. Desejo que seja um superastro tanto quanto qualquer pessoa, pois ouço o que falam dele por aí e acho que é injusto”, afirmou o técnico de 49 anos. 

E o mais importante de tudo é que, no fim das contas, Ayton tem consciência de que a mudança começa e termina em si mesmo. E tem todos os recursos para fazê-la. “Acho que vivo um bom momento para realizar o que quiser: temos ótimos jogadores e sou abençoado por atuar ao lado de craques como Chris e Devin [Booker]. Eu só quero mudar a forma como sou visto. Quero mudar a minha história”, concluiu o jovem pivô, que tem médias de 14.0 pontos e 12.8 rebotes nessa temporada. 

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