“Jogar até os 40 anos seria fantástico”, projeta Curry

Inspirado em Tom Brady, ídolo do Warriors estuda condições para ser mais um dos “quarentões” no esporte profissional em breve

Stephen Curry NBA era Fonte: ADAM PANTOZZI / AFP

A conquista do sétimo título da NFL pelo ídolo Tom Brady, no último domingo, alavancou os debates sobre a longevidade da carreira de esportistas nos EUA. O quarterback de 43 anos virou um exemplo declarado para astros como LeBron James sobre como manter alto nível de rendimento com uma idade extremamente avançada. Igualmente inspirado pela lenda do futebol americano, Stephen Curry projeta jogar profissionalmente até os 40 anos e além. 

“Meu pai sempre foi o padrão de carreira para mim: ele atuou 16 temporadas e parou aos 38 de idade. Vejo como o seu corpo mudou ao longo do tempo como a base para manter-me preparado. Eu estou para completar 33 anos e sinto-me realmente muito bem. Estou leve e consigo fazer tudo o que quero em quadra ainda. Não tenho como saber quanto ainda vou ‘durar’, mas jogar até os 40 anos seria fantástico”, afirmou o ídolo do Golden State Warriors, em entrevista ao podcast “Huddle and Flow”. 

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A franquia, aparentemente, está trabalhando por essa longevidade também e bastante interessada em zelar pelo físico do maior jogador de sua história. O gerente-geral Bob Myers revelou que planeja ter Curry no Warriors até o término da carreira e passará a preservá-lo cada vez mais, com o avançar da idade do atleta. Ele cita Brady como um exemplo e deseja que, potencialmente, o armador encerre a década em quadra – até fazendo a diferença, talvez, para o time de San Francisco. 

“Esperamos que Stephen tenha uma progressão semelhante à Tom. O plano é esse: vê-lo chegar aos 40 anos, com uma dieta especial, conseguindo arremessar quase do meio da quadra e sendo tão impactante quanto é hoje nesse quesito. Pensamos nisso porque chutadores não param de aprender como arremessar. Isso é um ponto a nosso favor e fato consumado: arremessadores costumam envelhecer muito bem”, justificou o executivo, apostando que o estilo de jogo vai ajudar o craque. 

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O técnico do Warriors já está alinhado com a ideia de Myers: mesmo em uma campanha “apertada”, Steve Kerr vem se monitorando quando o assunto é o tempo de quadra do seu ilustre comandado. “A intenção da organização não é colocar Stephen em quadra por 40 minutos para ir atrás de uma vitória de temporada regular. Queremos que jogue em alto nível por muitos anos ainda, então vamos permanecer disciplinados para mantê-lo na faixa dos 34-35 minutos por noite”, cravou o treinador. 

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Lesões sempre vão ser um risco na trajetória de Curry, no entanto: ele teve uma série de problemas no joelho ainda no início da carreira e só disputou cinco jogos da última temporada por conta de uma fratura na mão. Essa é a ordem natural da história dos esportistas: quanto mais idade, maior propensão a contusões. Mas isso não leva em conta um ponto importante: segundo o treinador pessoal do armador, Brandon Payne, nós não estamos falando de um atleta normal. 

“Stephen é um jovem de 32 anos: ainda está adquirindo força física, potência muscular e ficando mais rápido a cada dia. Isso não é algo comum de se ver em sua idade. E ele ainda está refinando seus padrões de movimento também. Não só o repertório técnico, mas também seu corpo continua evoluindo. Definitivamente, é uma coisa rara para alguém com a sua idade em um ambiente como a NBA”, revelou Payne, em entrevista ao podcast “The Habershow”, em setembro do ano passado. 

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Até agora, o plano do Warriors e o objetivo de Curry seguem firmes: a um mês de fazer 33 anos, ele vive um excelente momento técnico e aparece como um dos candidatos ao prêmio de MVP. Steve Kerr, inclusive, acredita ser a melhor fase da carreira do duas vezes vencedor do troféu. Em 25 partidas disputadas, o experiente armador acumula médias de 29.6 pontos (com quase 43% de aproveitamento nos arremessos de longa distância), 5.4 rebotes, 5.9 assistências na atual temporada. 

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“Se conseguir chegar aos 40 anos de idade como um jogador de impacto em quadra, sinto que isso seria uma das minhas grandes vitórias no basquete. Não dá para ficar escondido o tempo inteiro quando se está dentro de quadra, sabe? Tom pratica uma atividade bem diferente, mas ensina que manter a condição física, deixar o corpo da maneira como você está acostumado, é o objetivo em qualquer esporte”, finalizou o futuro membro do Hall da Fama, prevendo ainda muitos anos de basquete pela frente. 

 

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