Dragic e Fall jogam juntos na Euroliga, mas pouca gente sabe disso

Correspondente em Israel, Rodrigo Salomão traz a crônica da semana na Euroliga

Dragic Fall Euroliga Fonte: Foto: Rodrigo Salomão

Dragic e Fall jogam juntos na Euroliga, mas pouca gente sabe disso

Depois de um hiato significativo, pudemos estar de volta à Menora Mivtachim Arena, em Tel Aviv, para mais uma partida da Euroliga. Pela rodada 20, o Maccabi Tel Aviv recebeu em seu ginásio o Baskonia, da Espanha, num confronto crucial na briga pelos playoffs. Vitória israelense por 91 a 82, apesar dos esforços de Dragic e o gigantesco Fall pelos visitantes. Mas como assim? Eles não estão na NBA? Bom, estes dois citados não.

Zoran Dragic e Youssoupha Fall são companheiros de clube espanhol. E também, os irmãos menos famosos de Goran Dragic e Tacko Fall, de Miami Heat e Boston Celtics, respectivamente. Como é de se supor, embora ambos estejam numa equipe de muita relevância no cenário europeu, o desempenho é também significativamente menos impactante dentro de quadra que seus irmãos em solo norte-americano. Principalmente Dragic.

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Atuando como ala, Zoran – de 31 anos e discreta passagem pelos Estados Unidos – jogou por apenas 16 minutos dos 40, com 8 pontos anotados contra o Maccabi. Um pouco abaixo da sua média, de 19 minutos em quadra e 9 pontos. Não chegam a ser números ruins para a Europa, onde o basquete tem estatísticas mais diluídas, mas certamente Goran tem muito mais importância na NBA que seu irmão na Euroliga. Isso é fato consumado.

Já o primeiro ponto a observar sobre Youssoupha Fall – 26 anos – é que ele é quase tão enorme quanto seu irmão mais novo. O pivô do Baskonia tem 2,21 m, com envergadura dos braços que pode passar de 2,34m. Acreditem, de perto parece algo de outro mundo. No entanto, todo esse tamanho não foi de muito auxílio, por exemplo, na hora de pegar rebotes (apenas 1, dos 30 do time) ou distribuir bloqueios (também 1). O senegalês fez 8 pontos, em 20 minutos, com 78% de arremesso de quadra (duas enterradas, é verdade). Números até dignos também, mas nada mais do que de um jogador para compor elenco na Europa. 

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Foto: Rodrigo Salomão

Ou seja, tanto para Fall quanto para Dragic falta um “algo mais” para ter maior relevância no cenário. Conclusão que parece também ser a mesma da imprensa espanhola, como analisou o diário Marca sobre o plantel:

“Ao Baskonia, falta maior contribuição de Luca Vildoza, Rokas Giedraitis e Youssoupha Fall. Todos os três devem ser mais decisivos em momentos críticos, num momento da temporada em que você precisa ser imponente para alçar grandes voos. Pierrià Henry, Achille Polonara ou Zoran Dragic não são suficientes numa Euroliga cada vez mais exigente e equilibrada”, afirmou.

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Seguramente, aos espanhóis de Vitoria-Gasteiz fica a esperança de que esses dois nomes ampliem seus respectivos potenciais para ajudar na luta por uma das 8 vagas para a próxima fase. Com a derrota, está agora com uma campanha 9-11 e foi ultrapassado justamente pelos adversários israelenses, empatados no número de vitórias e derrotas, mas que levam vantagem no confronto direto. Para se ter uma perspectiva, o oitavo lugar, Zalgiris Kaunas, registra 11 vitórias neste momento. Absolutamente tudo está em aberto. Como costuma ser na Euroliga.

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