Fonte: Foto: Rodrigo SalomãoOs últimos dias foram um tanto quanto históricos para Israel. Dentro e fora das quadras. Começou com a grande vitória do Maccabi Tel Aviv sobre o Barcelona fora de casa, a primeira desde 2005 do time israelense na Catalunha. Depois, com o pontapé inicial das vacinações para combater a Covid-19, o país já ultrapassou a marca de 210 mil vacinados em menos de uma semana, entre idosos e profissionais de saúde contemplados na primeira fase. Com a abertura de vários postos espalhados por diversas cidades, quem também recebeu a honra, por assim dizer, foi a Menorah Mivtachim Arena, casa do Maccabi.
Estivemos presentes por lá para registrar esses detalhes e também mais uma partida da Euroliga – também com feito histórico para contar – no êxito do time da casa diante do Panathinaikos na rodada que antecedeu o Natal. O curioso disso é que a história foi escrita por um jogador do time grego, mesmo que derrotado no confronto. O armador sérvio Nemanja Nedovic, com 39 pontos, foi o atleta que mais pontos fez em um só jogo contra o Maccabi Tel Aviv na história da Euroliga. Atuação impecável do ex-Golden State Warriors, mas que não foi suficiente para evitar a derrota por 89 a 81:
“Acabei de falar com a minha mulher e lhe disse o quanto eu me sinto bem neste ginásio. Não sei o porquê, não tenho explicação para esse fenômeno, mas sempre vou bem aqui. A meu ver, é um templo do basquete”, contou o sérvio depois do duelo.
“O gosto da partida para mim foi agridoce. Perdemos, mas eu alcancei meu recorde na carreira aqui. Sempre jogo bem aqui em Tel Aviv. Não treinamos antes, não tivemos contato com a quadra, o que dificultou. Mas eu tinha as opções que queria, fiz alguns arremessos difíceis. Foi o resultado da autoconfiança e do trabalho árduo, mas a sensação é agridoce. A cesta fica maior conforme você vai marcando mais pontos. O jogo fica mais lento. Espero que algo semelhante se repita no futuro”, concluiu.
Foto: Rodrigo Salomão
Fato é que depois de um início irregular e até certo ponto decepcionante, os israelenses parecem ter dado liga, a mesma que lhes colocava entre os favoritos na temporada passada antes que a pandemia interrompesse o torneio. Com quatro vitórias nos últimos cinco jogos na Europa, mesmo depois de ter encarado gigantes como o Barça e a atuação de Nedovic, a sensação que fica é de que o Maccabi Tel Aviv encontrou a vacina para os seus problemas. Agora é aguardar o tempo para medir a eficácia e a duração dela.
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