Russell Westbrook vai começar um novo capítulo em sua carreira nessa quarta-feira, fazendo a sua estreia oficial com a camisa do Washington Wizards. O astro ganhou uma aura de jogador controverso ao longo dos anos, impulsionada pela postura hostil com adversários em quadra, suposta visão egocêntrica do jogo e estatísticas infladas. Westbrook sabe que a sua conduta em quadra define a imagem (equivocada) que foi criada em torno de si, mas garante que nunca vai mudar o seu estilo de jogo.
“Sinto que a forma como jogo desconstrói a pessoa que sou e tudo em que acredito. Mas, obviamente, o jogador e a pessoa fora de quadra são pessoas muito diferentes. Quando entro em quadra, eu não tenho amigos e sequer tento ser amigável. Afinal, estou tentando destruir quem estiver em minha frente. Não tenho tempo para ficar apertando as mãos dos outros e nunca vou mudar a forma como jogo”, sentenciou Westbrook, adquirido em troca com o Houston Rockets na offseason.
A imagem do armador também é construída com base em rumores poucos elogiosos, diversos deles impulsionados por sua persona dentro de quadra. A sua relação com o craque James Harden, por exemplo, foi alvo de suposições ao longo de toda a curta (porém intensa) passagem pelo Rockets – e culminou com um pedido de troca. Mas, na verdade, a esmagadora maioria dos companheiros de elenco do veterano – como, notadamente, o pivô Enes Kanter – simplesmente o adoram.
“Por onde eu posso começar, hein? Acho que 90% do que falam por aí é falso. Muitas vezes, as coisas são inventadas e as pessoas não me conhecem nem um pouco para dizerem algo sobre mim, entenderem em que acredito. Então, meu foco é entrar em quadra e ser simplesmente eu mesmo. É isso que posso fazer agora. Mas reconheço que, muitas vezes, não sou o cara mais fácil de entender”, refletiu o ex-MVP da liga, consciente de que pode ser mal compreendido de vez em quando.
Compreendido ou não, Westbrook possui uma lista de feitos invejáveis na carreira: além de um prêmio de MVP da temporada, o armador liderou a liga em pontos e assistências (separadamente) duas vezes, foi eleito nove vezes all-star e selecionado para um dos quintetos ideais da liga também em nove oportunidades – incluindo na (questionada) última temporada. É impossível questionar o currículo do astro. Mas, em sua chegada ao Wizards, ele quer levar o seu impacto para além das quadras.
“Legado, para mim, é baseado em quantas pessoas impacto e inspiro ao longo da minha jornada. Eu cresci em comunidades carentes e entendo o que é dificuldade, o que é ser um homem afro-americano em nossa sociedade. É importante que tenhamos o poder, o impacto e a capacidade de falar, defender o que acredita. Para mim, isso é legado. E só se cria verdadeiramente um legado em longo prazo”, concluiu o craque, ambicionando ser lembrado e importante por mais do que faz nas quatro linhas em Washington.
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