Previsão: Los Angeles Clippers (2°) x (3°) Denver Nuggets

Após classificação épica na primeira rodada, Nuggets encara Clippers e desafio de derrubar um dos favoritos ao título nas semifinais

Fonte: Após classificação épica na primeira rodada, Nuggets encara Clippers e desafio de derrubar um dos favoritos ao título nas semifinais

Los Angeles Clippers (2°) x (3°) Denver Nuggets 

  

Confrontos na temporada regular 

Clippers 

vs  Nuggets 
Geral 

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104 

12/01/2020  114 
132  29/02/2020 

103 

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124 

12/08/2020 

111 

 

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Datas do confronto 

03/09: Nuggets vs. Clippers – 22h  
05/09: Nuggets vs. Clippers – 22h 
07/09: Clippers vs. Nuggets – 22h 
09/09: Clippers vs. Nuggets – 22h 
11/09: Nuggets vs. Clippers – Horário a ser definido* 
13/09: Clippers vs. Nuggets – Horário a ser definido* 
15/09: Nuggets vs. Clippers – Horário a ser definido* 

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*Se necessário 
Horários de Brasília 

  

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Los Angeles Clippers (49-23) 

O Clippers iniciou a temporada como um evidente candidato ao título e, nessa condição, jogou como quem sabia que não precisava mostrar suas cartas até os playoffs. O time administrou lesões e não forçou nenhum atleta além do necessário, o que culminou em uma campanha “morna”. E o fato desse desempenho com o “freio de mão puxado” ter sido o bastante para garantir o segundo melhor recorde da conferência Oeste provou o poder de fogo dos angelinos. 

O preço a pagar por essa postura, porém, é a possível falta de ritmo e entrosamento: de fato, o time comandado por Doc Rivers raramente se mostrou “azeitado” ao nível de um Raptors ou Celtics. Mesmo em suas melhores atuações na temporada – principalmente, o intervalo antes da suspensão da temporada –, Kawhi Leonard e cia não alcançaram o nível que muitos esperavam. O mesmo pode ser dito, na verdade, sobre a performance na primeira rodada dos playoffs. 

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Diante do Dallas Mavericks, o Clippers teve mais problemas do que projetado. Mas tudo, de certa forma, pode ser explicado. Talvez, nos prognósticos, o ataque mais eficiente da história da NBA tenha sido menosprezado e os texanos souberam colocaram pressão na defensiva angelina. Paul George teve atuações tenebrosas, Patrick Beverley lesionou-se. O importante é que, após um desempenho épico de Luka Doncic no jogo quatro, o time “acordou” e fechou a série com segurança. Fez o que se espera. 

  

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Denver Nuggets (46-27) 

Um ótimo desempenho na temporada regular já era esperado por parte do Nuggets. É isso o que a franquia já tem feito há algum tempo – e não mudou nesse ano. Com um elenco cheio de opções, Denver superou ausências pontuais para fazer uma campanha que poderia ter sido até melhor (estatisticamente) se não fosse a passagem protocolar pelos jogos eliminatórios em Orlando. Tanto faz. A missão que vai definir o sucesso ou fracasso do time começa nos playoffs. 

E vamos ser sinceros: o Nuggets flertou com o fracasso na primeira rodada do mata-mata, com uma série bem mais divertida do que satisfatória contra um desfalcado e “capenga” Utah Jazz. O time apresentou uma defesa pífia na maior parte do duelo e muito bem poderia ter sido eliminado em quatro ou cinco jogos, se não fosse pelos desempenhos individuais fora do comum de Jamal Murray. E ganhou um jogo sete excêntrico: talvez, a única partida que vencerá anotando só 80 pontos em anos. 

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É verdade que, agora, o Nuggets receberá (no mínimo) um reforço importante com o retorno de Gary Harris. O ala-armador teve uma temporada horrível, mas é um dos melhores defensores do elenco sem ser uma nulidade ofensiva. Ele é uma opção mais viável para montar quintetos mais equilibrados nos dois lados da quadra do que caras como Torrey Craig (ofensivamente limitado) e Michael Porter Jr. (tragédia ambulante defensiva). Mas isso é o bastante para derrubar o poderoso Clippers em sete jogos?    

   

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Análise do confronto 

A primeira coisa a se pensar nesse confronto é a condição em que os times vão entrar em quadra. Ambos chegam em situações muito diferentes nas semifinais do Oeste: o Nuggets não terá sequer 48 horas de descanso após uma verdadeira batalha de sete jogos contra o Jazz, enquanto o Clippers chega muito mais descansado e com alguns atletas ainda procurando a sua melhor forma (Paul George, Montrezl Harrell, Patrick Beverley). Quem está, de fato, em vantagem para o início da série? 

É claro que Jamal Murray é o grande destaque individual do Nuggets no momento, mas os angelinos possuem um vasto grupo de jogadores que podem marcá-lo de diferentes formas sem permitir-lhe a vantagem de estatura que geralmente tem sobre os guards que costuma enfrentar – Kawhi Leonard, George, Reggie Jackson e, quando disponível, Beverley. A defesa comandada por Doc Rivers, mesmo que não esteja no máximo que pode apresentar, é um desafio muito maior do que o Jazz. Muito maior. 

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A melhor chance que Murray pode ter para continuar sendo tão efetivo quanto em sua épica atuação na primeira rodada é aproveitar-se rapidamente do espaço criado pelos pick-and-rolls com Nikola Jokic. Por mais que seja uma boa marcação em potencial, o Clippers ainda não é completamente entrosado ou certeiro na marcação do P&R, o que acabará por oferecer espaços. Mas, quanto mais tempo demorarem as posses, maior será a teórica vantagem do segundo colocado do Oeste. 

Aliás, Jokic foi o real destaque do Nuggets nos três jogos entre os times na temporada: teve médias de 19.3 pontos, 10.3 rebotes e 7.0 assistências, com 57.9% de acerto nos arremessos de quadra. O garrafão sempre foi visto como a fragilidade dos angelinos e, certamente, o astro aproveita-se disso. Ivica Zubac, Montrezl Harrell e JaMychal Green tiveram muitos problemas para conter o jogo versátil do pivô sérvio – que operou, a depender do matchup, mais dentro ou fora do garrafão. 

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É seguro dizer que Zubac, em franca ascensão no último mês, continuará a ser aposta do Clippers para marcar Jokic. Não duvido que, se Murray estiver se aproveitando do jogo de pick-and-roll para tomar conta de jogos, um dos alas titulares do time de Los Angeles (Leonard, George, Marcus Morris) seja colocado no pivô simplesmente para possibilitar trocas de marcação mais rápidas e dar menos espaço/tempo para que o armador arremesse. Eles têm muitas alternativas defensivas, como já disse. 

É interessante notar que, apesar da superioridade na rotação de garrafão (não só Jokic, mas também Mason Plumlee e Jerami Grant), o Nuggets não conseguiu dominar a tábua nas três partidas contra o adversário na temporada regular. Na soma dos confrontos, na verdade, os comandados de Doc Rivers pegaram mais rebotes do que o grupo do técnico Michael Malone. Isso pode ser explicado pela presença de alas que são sólidos reboteiros em Los Angeles. 

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Aliás, no final das contas, esse é o ponto de potencial maior desequilíbrio da série: como Denver vai conseguir marcar Leonard, George e Morris sem abrir mão de sua eficiência ofensiva – onde, de fato, vence partidas? Como ter um time de alas altos, que consiga defender tantos atletas que são mismatches ambulantes e produza ofensivamente em alto nível regularmente? É aqui que Will Barton, lesionado, faz falta: não é um grande marcador, mas, pelo menos, tem altura e joga nos dois lados da quadra.   

É seguro dizer que Malone dependerá muito da presença, ao mesmo tempo, de atletas como Paul Millsap (mal nos playoffs), Jerami Grant, Torrey Craig (chutadores instáveis que não criam a partir do drible, se pressionados) e Michael Porter Jr. (talvez, o pior defensor da liga hoje) na série. O cobertor é curto: ter múltiplos desses jogadores em quadra reforça sua defesa, mas dá liberdade para que o Clippers possa dobrar em Murray e Jokic, por exemplo. 

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O Clippers não foi um sucesso na primeira rodada dos playoffs e sofreu mais do que deveria contra o Mavericks. Mas o Nuggets, nesse sentido, foi ainda pior: complicou-se muito mais contra um Jazz sem um titular fundamental (Bojan Bogdanovic) e foi salvo, jogo após jogo, por atuações insustentáveis de um jogador reconhecidamente irregular. O buraco é muito mais embaixo nessas semifinais de conferência. Em condições naturais, Denver precisaria da perfeição que passou longe de mostrar para vencer. 

Palpite: Clippers em cinco jogos

 

 

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