Quem estava esperando os 53 pontos anotados por TJ Warren na (improvável) vitória do desfalcado Indiana Pacers sobre o Philadelphia 76ers, hein? A gente poderia ter ganhado uma grana boa apostando nessa por aí! Mas, em uma liga cheia de surpresa, isso passa longe de ser algo inédito.
Na carona da histórica atuação de Warren, o Jumper Brasil reuniu uma série de jogadores que, contrariando estatísticas, crenças e seu próprio talento, quebraram a barreira dos 50 pontos em uma partida.
Os nomes a seguir não estão em ordem cronológica ou de surpresa. Afinal, o que esses jogadores fizeram não é cientifica ou estatisticamente mensurável: todos assustaram a liga, os adversários e até companheiros de time com as improváveis exibições. Vamos começar:
10. Caris LeVert – 51 pontos
A atuação: 51 pontos, quatro rebotes e cinco assistências, com 17-26 nos arremessos de quadra e 5-10 nas tentativas de longa distância
Tentando provar que pode ser a terceira estrela do Brooklyn Nets, Caris LeVert é o primeiro choque da nossa lista. No dia 3 de março de 2020, o ala-armador comandou a virada da equipe nova-iorquina sobre o Boston Celtics anotando 37 dos seus 51 pontos no último quarto e na prorrogação. O placar final foi 129 a 120 em favor dos nova-iorquinos.
A performance de gala arrancou elogios até mesmo de Kevin Durant. “Esses 50 pontos foram lindos, Caris. Obrigado por essa obra de arte!”, agradeceu o craque.
9. Vernon Maxwell – 51 pontos
A atuação: 51 pontos e cinco rebotes, com 14-25 nos arremessos de quadra, 4-10 nas tentativas de longa distância e 19-22 na linha do lance livre
Antes de ser bicampeão da NBA pelo Houston Rockets, Vernon Maxwell era um pontuador muito competitivo. O ala-armador nunca foi um exímio arremessador, mas ganhava dos oponentes na base da vontade, disposição e raça dentro das quatro linhas.
Em 26 de janeiro de 1991, os texanos contaram com quase metade dos seu pontos vindo das mãos de Maxwell na vitória sobre o Cleveland Cavaliers, por 103 a 97. Os 19 lances livres convertidos foram um recorde da carreira.
8. Willie Burton – 53 pontos
A atuação: 53 pontos e oito rebotes, com 12-19 nos arremessos de quadra, 5-8 nas tentativas de longa distância e 22-24 na linha do lance livre
Willie Burton não teve destaque, nem vida longa na NBA: o ala acabou se aposentando após rodar pela Europa, em 2004. Mas um jogo de sua carreira teve o brilho de um astro: em 13 de dezembro de 1994, ele era titular do 76ers e encarava seu ex-time, o Miami Heat. E aí veio a lei do ex, né?
O Sixers venceu o duelo, por 105 a 90, graças à grande atuação da NOSSA estrela em um dos jogos ofensivos mais memoráveis da história da liga. Detalhe: em toda sua carreira, além dessa performance de 53 pontos, ele somente ultrapassou a marca dos 30 pontos uma outra vez.
7. Tracy Murray – 50 pontos
A atuação: 50 pontos e oito rebotes, com 18-29 nos arremessos de quadra, 5-10 nas tentativas de longa distância e 9-10 na linha do lance livre
Até a temporada 1997-98, Tracy Murray tinha médias de 9.4 pontos por jogo. Bons números para um coadjuvante esforçado, que vivia preso atrás de grandes astros de primeira grandeza da liga – como Clyde Drexler. Mas, em 10 de fevereiro de 1998, ele foi o dono do show.
O ala, atuando pelo Washington Wizards, surpreendeu ao marcar 50 pontos na vitória sobre o Golden State Warriors, por 99 a 87. Ou seja, mais de metade dos pontos de seu time. Detalhe curioso: ele não deu nenhuma assistência nesse jogo.
6. Terrence Ross – 51 pontos
A atuação: 51 pontos e nove rebotes, com 16-29 nos arremessos de quadra, 10-17 nas tentativas de longa distância e 9-10 na linha do lance livre
Terrence Ross é o primeiro jogador da história da NBA a anotar 50 ou mais pontos em um jogo em uma temporada em que tinha média inferior a dez pontos por noite. É isso aí: oito ou oitenta, simplesmente.
Jogando pelo Toronto Raptors, o ala entrou em quadra em 25 de janeiro de 2014 para entrar na história da franquia ao encarar o Los Angeles Clippers. Seus 51 pontos foram a maior marca da equipe, ao lado de Vince Carter, até DeMar DeRozan anotar um ponto a mais em uma oportunidade futura.
5. Mo Williams – 52 pontos
https://www.youtube.com/watch?v=rlhjW5-L-RM&feature=emb_logo
A atuação: 52 pontos e sete assistências, com 19-33 nos arremessos de quadra, 6-11 nas tentativas de longa distância e 8-9 na linha do lance livre
Mo Williams foi um armador “ok”. Ele foi mais do que “ok”, para falar o mínimo em 13 de janeiro de 2015. O veterano pegou fogo contra o Pacers, tomou conta do jogo e comandou o Minnesota Timberwolves em uma verdadeira aula de basquete. A pontuação foi a maior da história da franquia até 2018, quando Karl-Anthony Towns fez uma atuação de 56 pontos.
Essa atuação significou tanto para Williams que ele até usou o número em sua camisa anos mais tarde. Será que marcou?
4. Brandon Jennings – 55 pontos
A atuação: 55 pontos, cinco rebotes e cinco assistências, com 21-34 nos arremessos de quadra, 7-8 nas tentativas de longa distância e 6-8 na linha do lance livre
O dia 14 de novembro de 2009 marcou o primeiro duelo entre dois armadores de extremo futuro na NBA: Brandon Jennings contra Stephen Curry. E claro que quem brilhou foi… Jennings.
O então jogador do Milwaukee Bucks começou o jogo pressionado e errou seus três primeiros arremessos. O técnico sacou-o da equipe e ele ficaria no banco até o segundo quarto. Ao voltar, nada pôde segurá-lo. Curry, por sua vez, só fez 14 pontos. A atuação deixou claro para o mundo que ali só havia um futuro MVP da liga, né. Ou coisa assim.
3. Tony Delk – 53 pontos
A atuação: 53 pontos e seis rebotes, com 20-27 nos arremessos de quadra e 13-15 na linha do lance livre
A lei do ex está em todo lugar mesmo! Tony Delk nunca havia passado dos 27 pontos em uma partida da carreira na NBA. Estava faltando enfrentar um ex, né? Em 21 de janeiro de 2001, atuando pelo Phoenix Suns, o ala-armador foi enfrentar um velho conhecido, o Sacramento Kings.
E o armador marcou 53 pontos sem uma única bola de três convertida. Tudo bem que o Suns acabou derrotado na prorrogação, mas sua atuação só aumenta o misticismo da lei do ex.
2. Andre Miller – 52 pontos
A atuação: 52 pontos e cinco rebotes, com 22-31 nos arremessos de quadra, 1-1 nas tentativas de longa distância e 7-8 na linha do lance livre
Andre Miller é reconhecido por ser um dos melhores passadores de sua geração, um armador com uma visão de quadra muito acima da média. Mas, no dia 30 de janeiro de 2010, Miller só enxergou a cesta.
Enfrentando o Dallas Mavericks, o experiente armador usou toda a sua classe para anotar 52 pontos – e convertendo apenas uma bola de três, na sua única tentativa da partida. Seus 22 arremessos convertidos comandaram o Portland Trail Blazers na vitória sobre os texanos, na prorrogação, por 114 a 112.
1. Corey Brewer – 51 pontos
https://www.youtube.com/watch?v=J03wtcrTF0A&feature=emb_logo
A atuação: 51 pontos e seis roubos de bola, com 19-30 nos arremessos de quadra, 2-6 nas tentativas de longa distância e 11-15 na linha do lance livre
Eu assisti esse jogo e sigo sem acreditar. Corey Brewer nunca foi bom pontuador, nunca teve uma boa porcentagem em seus arremessos e nunca teve sorte. Em 11 de abril de 2014, tudo veio de uma vez. O Timberwolves enfrentaria o Rockets de James Harden. Dureza, né? Mas não para Brewer naquela noite.
O ala fez o que quis em quadra. Foram 19 arremessos convertidos. 16 deles a menos de um metro e meio da cesta. Recorde daquela temporada. Não bastando isso, ele ainda acertou 11 em 15 lances livres, algo que nunca foi seu ponto forte. Como explicar?
O Twolves venceu o Rockets por 114 a 112 e, naquele dia, Brewer tornou-se só o quarto jogador da história da NBA a ter 50 pontos e seis roubadas de bola em uma única partida – ao lado de Michael Jordan, Allen Iverson e Rick Barry. Vai entender…
E aí, leitor? Você lembra de algum outro jogo improvável? Comente aqui e quem sabe não damos uma sequência a esse artigo com mais performances fora do normal esperado!