Atletas de Jazz e Pelicans planejam se ajoelhar durante o hino nacional dos EUA

Primeiro jogo da retomada da NBA deverá ser marcado por protesto contra o racismo e a violência policial

Fonte: Primeiro jogo da retomada da NBA deverá ser marcado por protesto contra o racismo e a violência policial

A temporada da NBA será retomada nesta quinta-feira (30) e, já na primeira partida, deveremos testemunhar um protesto bastante significativo. Segundo a repórter Malika Andrews, da ESPN, os atletas e as comissões técnicas de New Orleans Pelicans e Utah Jazz planejam se ajoelhar durante o hino nacional dos Estados Unidos, que será executado antes da bola subir pela primeira vez no retorno da liga, na “bolha” da Disney.

Ainda de acordo com a publicação, outras equipes também deverão protestar durante a execução do hino, no restante da temporada. Embora a NBA tenha uma regra afirmando que todos os jogadores devem permanecer de pé durante o hino, a liga não deve aplicar nenhuma punição às equipes nesse caso.

Nesta quarta-feira (29), o comissário da NBA, Adam Silver, disse, em entrevista ao programa Good Morning America, da rede televisiva ABC, que respeita os protestos pacíficos e que entende que estamos vivendo “tempos incomuns”.

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O ato de se ajoelhar durante o hino nacional dos EUA foi iniciado em 2016, quando o quarterback Colin Kaepernick, do San Francisco 49ers, protestou em várias partidas na NFL contra a injustiça racial e a brutalidade da polícia, depois de vários assassinatos de cidadãos negros relacionados ao abuso policial. Por conta da iniciativa, o jogador foi duramente pelo presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, teve o contrato rescindido com o Niners e foi boicotado na liga de futebol americano. Kaepernick virou ícone de protesto contra o racismo e sua imagem transcendeu o esporte.

Essa manifestação contra o racismo e a violência policial ganhou força nos últimos dois meses após o assassinato injustificado de George Floyd, imobilizado por um policial branco com os joelhos em seu pescoço por oito minutos e 46 segundos, na cidade de Mineápolis, no estado americano de Minnesota.

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Esse crime covarde gerou uma onda de protestos antirracistas pelos Estados Unidos e ao redor do mundo. O “eu não consigo respirar”, últimas palavras de Floyd, novamente virou grito de guerra para as pessoas indignadas com mais uma brutalidade contra um negro desarmado. Atletas, ex-atletas, técnicos e franquias da NBA, a liga dos esportes americanos mais engajada em questões sociais, se revoltaram com a morte injustificada de Floyd e participaram dos protestos pelo país.

A retomada da NBA terá alguns elementos ligados às questões sociais. As quadras da “bolha” na Disney estão pintadas com os dizeres Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), movimento que combate o racismo. Além disso, a liga concedeu aos atletas e treinadores a opção de utilizarem mensagens de justiça social em seus uniformes.

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No último domingo, alguns atletas da NBA e da WNBA conversaram com a ex-primeira-dama Michelle Obama, por meio de uma chamada de vídeo, sobre o uso das plataformas para tratar de questões de justiça racial e a conscientização a respeito da importância do voto.

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