A linha anônima da NBA para acusação de comportamentos fora do protocolo de saúde e segurança dentro da “bolha” foi encarada com desconfiança e bom humor quando foi anunciada. Mas, aparentemente, a medida está mostrando resultados. De acordo com Shams Charania, do site The Athletic, a liga recebeu múltiplos contatos nos primeiros dias regulares em Orlando informando atos que violam as regras de convivência.
O repórter apurou que vários jogadores já teriam recebido alertas sobre a conduta na estrutura criada pela liga, com base em acusações anônimas feitas por meio da linha especial. A maior parte delas diz respeito ao uso de máscaras no convívio diário e a manutenção do distanciamento social na “bolha”. Não se sabe se o protocolo da NBA estipula possíveis multas em dinheiro no caso de recorrência das infrações.
Dois casos de “furos” da quarentena já foram identificados e punidos com um novo isolamento, estendido, na primeira semana de atividades em Orlando. O brasileiro Bruno Caboclo (Houston Rockets) e o pivô Richaun Holmes (Sacramento Kings) estão obrigados a cumprirem oito dias extras de reclusão, dentro de seus quartos de hotel, por violações graves das regras dentro do complexo da NBA na Disney.
A informação de Charania confirma temores apresentados por astros como Joel Embiid e Damian Lillard recentemente: não dá para garantir que todos os atletas na “bolha” vão obedecer às novas normas de segurança e zelar pela saúde geral. Pelo contrário. “Eu conheço a mim mesmo: não colocarei ninguém em risco. Todos farão o mesmo? Conhecendo esse meio, com certeza, não”, alertou o pivô do Philadelphia 76ers.
Jogos amistosos de preparação começam a ser realizados na próxima quarta-feira (22) e, salvo alguma ocorrência mais séria, espera-se que essas partidas sirvam como um “termômetro” para o reinício da temporada, oito dias mais tarde. Estão programados 88 embates na fase regular, definindo os 16 times que disputarão os playoffs, em séries melhor-de-sete como já é padrão da liga.
