O coronavírus avança pelo mundo rapidamente e o temor de uma epidemia global também chegou à NBA. Segundo Adrian Wojnarowski, da ESPN, as 30 equipes da liga receberam um memorando nessa sexta-feira apontando possíveis ações que estão em estudo para minimizar riscos de contágio. Um dos cenários estudados é realizar partidas a portas fechadas, sem público, nas próximas semanas.
Outra questão levantada pelo comunicado seria que as franquias identifiquem os integrantes essenciais de suas comissões para viajarem com os elencos, em caso de piora do quadro de contaminação pelos EUA. Isso pode significar uma redução no número de assistentes técnicos, executivos, seguranças, transportadores e auxiliares gerais que vão se deslocar com os times pelo país.
LeBron James foi questionado sobre o assunto e teve uma opinião forte sobre a possibilidade de jogos com portas fechadas. “Não, isso é impossível. Não atuaria. Eu entro em quadra pelos meus companheiros e os fãs nas arquibancadas. Então, por que jogaria sem que eles estejam lá? A liga pode fazer o que quiser, mas essa é a minha posição”, sentenciou o astro do Los Angeles Lakers.
Já o craque Kemba Walker, por exemplo, teve uma opinião bem mais ponderada diante dos riscos envolvidos. “Isso seria terrível e tedioso, sem dúvidas. Acredito que deveriam cancelar todos os jogos antes de pensar em partidas sem torcida, mas a verdade é que está se tornando uma situação muito séria. Só sei que isso seria um saco e muito estranho”, avaliou o armador do Boston Celtics.
O medo em torno do coronavírus pode não ser generalizado, mas já se manifesta em algumas cenas vistas nos últimos dias da liga. O técnico do Orlando Magic, Steve Clifford, sentiu-se mal nessa sexta-feira e precisou retirar-se no meio da partida contra o Minnesota Timberwolves. A primeira reação da torcida nas redes sociais foi cogitar que o treinador estaria infectado com o COVID-19.
A NBA já havia enviado um comunicado às franquias no começo da semana com recomendações para o dia-a-dia, como que os jogadores “trocassem” as batidas com a palma das mãos por batidas de punhos e não tivessem contato com itens quando fossem dar autógrafos. O coronavírus já infectou mais de 95 mil pessoas ao redor do mundo e causou 3.200 mortes – sendo que, quinze delas, nos EUA.