Mike Conley fez história com a camisa do Memphis Grizzlies. O armador de 31 anos disputou as primeiras 12 temporadas e quase 800 jogos da carreira na NBA com a franquia, tornando-se um verdadeiro ídolo local. Seu nome virou sinônimo do basquete da cidade e um ícone para a torcida. Por isso, após ter sido trocado com o Utah Jazz nessa offseason, ele ainda sente a “ficha cair” aos poucos.
“Eu estou tentando adaptar-me a tudo, sabe? Ainda não parece normal nem ouvir as pessoas falando em ‘Mike Conley, do Utah Jazz’. Estou aguardando o momento em que vou acostumar-me com tudo. É um recomeço, uma nova jornada e novos desafios. Eu amo isso. Sinto que sou afortunado por poder fazer algo especial em uma franquia desse nível”, contou o veterano, em entrevista ao site Hoopshype.
O Grizzlies selecionou Conley com a quarta escolha do draft de 2007 e sua chegada foi o marco inicial da cultura do grit and grind, sendo o armador titular das equipes que ganhariam a adoração do torcedor de Memphis pelo estilo esforçado, defensivo e físico. Aquele garoto de Ohio State ajudou a franquia a formar times “brigadores” e, em troca, recebeu um ambiente acolhedor que moldou seu caráter.
“Memphis me fez quem sou. As experiências que vivi naquela cidade e com aqueles torcedores moldaram minha vida. Eu era uma criança quando cheguei lá e aprendi muita coisa. Nada foi fácil, mas sempre senti que a torcida ao meu lado. Era como uma família e virei um homem de verdade. Amo todas as lembranças que criamos juntos. Foi simplesmente especial”, reverenciou o hoje experiente jogador.
Conley já tem uma data para relembrar esses momentos e reviver as emoções in loco: o Jazz visitará o Grizzlies em 15 de novembro, em uma partida que vai ser televisionada para os EUA pela ESPN. O maior pontuador da história da franquia, que receberá várias homenagens dos torcedores da casa, admite não ter sequer ideia de como vai reagir em seu emocionante retorno a Memphis.
“Cara, não importa que dia isso aconteça, eu realmente não sei como vou sentir-me. Nem sei onde fica o vestiário do visitante em Memphis. Nunca entrei lá. Vão ser muitas emoções, sem dúvidas, e sou um desses jogadores que deixam o que está sentindo transparecer em quadra – seja bom ou ruim. Será, provavelmente, um dos momentos mais duros da minha carreira”, desabafou o craque.
A aterrissagem em Memphis aconteceu quando ainda era um garoto, mas, agora, Conley chega ao segundo time da carreira em um momento bastante diferente da carreira. No Jazz, além de ser uma “peça” final para que o Jazz entre na briga pelo título, ele tende a tornar-se um mentor para o jovem Donovan Mitchell. Por sinal, uma função que o veterano está ansioso e animado para assumir.
“É empolgante jogar ao seu lado porque Donovan é um jogador realmente especial. Sua vontade de aprender e melhorar em vários aspectos é especial. Ele sabe o que tem a evoluir e não tem medo de atacar essas áreas, de treinar e pedir ajuda. Não age como se não existissem, sabe? É fácil sentir-se motivado para trabalhar com um jovem assim”, elogiou Conley, pronto para iniciar um novo capítulo na carreira.
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