O Utah Jazz deu uma das primeiras grandes cartadas da offseason com o acerto da aquisição do armador Mike Conley. A equipe abriu mão de Grayson Allen, Jae Crowder, Kyle Korver e duas escolhas de primeira rodada de draft para finalizar acordo e convencer o Memphis Grizzlies a ceder o ídolo local. A transação pode até ter custado “caro”, mas Rudy Gobert aprovou a ousadia e incisão do time.
“Definitivamente, nós perdemos alguns atletas com quem realmente amamos jogar e conviver. Não estaríamos onde chegamos sem as contribuições desses caras. No entanto, agora, temos um jogador que eleva o nosso patamar. Acho que Mike é o tipo de reforço que vai nos ajudar o próximo passo – ou seja, para mim, competir por títulos”, afirmou o pivô titular, em entrevista ao jornal Deseret News.
Gobert e Conley nunca disputaram um único jogo juntos na carreira, mas passam longe de serem desconhecidos um ao outro: eles se encararam dezenas de vezes durante as últimas seis temporadas regulares, nos quatro confrontos por ano que Jazz e Grizzlies realizam. O jogador francês, agora, pode admitir (sem restrições) que é um admirador de longa data do novo companheiro de elenco.
“Sempre adorei sua competitividade. Mike é um jogador que entra em quadra para vencer. Sem egoísmos, mas bastante agressivo. Já tive a chance de conversar um pouco com ele após a troca e tenho a impressão de que está realmente motivado para contribuir, nos fazer vencedores. Será uma grande parceria, aposto”, disse o integrante do terceiro quinteto ideal da temporada passada.
Mas não é só a contratação de Conley que atrai elogios, mas também o timing da aposta. A conquista do inédito título da NBA pelo Toronto Raptors e o possível “desmanche” do Golden State Warriors parecem anunciar uma competição das mais imprevisíveis em 2020. E, nesse panorama, Gobert acredita que possa estar chegando a hora do Jazz contrariar prognósticos e fazer história.
“O Oeste ainda é muito difícil, mas o que aconteceu na última temporada passa a sensação de que o título está em aberto. Acho que a liga nunca teve tantos atletas capazes de fazerem grande diferença. Ser campeão sempre foi o objetivo que nos impulsionou, tentar vencer é o que nos faz entrar e quadra e sinto que essa é uma perspectiva mais realista do que nunca agora”, concluiu o otimista pivô.