Uma temporada que começou com a esperança de playoffs para o Phoenix Suns chegou ao fundo do poço nesta quinta-feira. A equipe foi superada, fora de casa, pelo Cleveland Cavaliers e sofreu sua 16ª derrota consecutiva, a pior sequência de resultados negativos da história da franquia. Com só 11 vitórias em 60 partidas, o time deverá finalizar a terceira campanha seguida na “lanterna” do Oeste.
“Nós estamos bastante tristes com o que está acontecendo, mas a realidade é que isso é o que somos. O nosso recorde diz quem somos como time e não se trata de uma opinião. É fato, constatação. O que não podemos permitir agora é que haja o relaxamento aqui dentro, que essa situação seja encarada como algo normal por todos”, afirmou o técnico Igor Kokoskov, depois do revés por 111 a 98.
A situação da franquia tende a ser particularmente frustrante para Devin Booker. Reconhecido como um dos principais jovens talentos da liga, o ala-armador chegou a dizer que estava cansado de perder na última offseason e cobrou mais reforços do time. As contratações até vieram, como o experiente Trevor Ariza, mas o Suns encerra a temporada lutando para não ter a pior campanha de sua história.
“Nós precisamos mudar algumas coisas para sair da situação onde estamos. Temos que ter mais confiança uns nos outros, jogar coletivamente e fazer uma autocrítica. Você não pode levar uma reclamação em quadra para o lado pessoal. Não podemos ter medo de verbalizar as nossas opiniões e chamar a atenção quando algo parece errado”, desabafou Booker, reforçando existir uma crise de confiança interna.
Até o ala Kelly Oubre Jr., que chegou à equipe com a temporada em andamento, consegue ver problemas concretos em quadra. “Nós não sabemos como vencer. É assim que somos vistos pelos adversários. Isso é absolutamente inaceitável e não nos sentimos bem assim. Nós temos talento aqui, mas precisamos encontrar uma identidade e construir uma cultura aqui dentro”, apontou.
O Suns tem boas chances de encerrar a sequência histórica de reveses em breve: cinco dos próximos seis adversários da equipe estariam fora dos playoffs hoje e quatro desses seis jogos acontecerão em Phoenix. Mas o time já perdeu partidas bem “vencíveis” nessa sequência. Para Kokoskov, a reviravolta dependerá muito mais de uma reação dos seus comandados do que da qualidade do oponente.
“Emocionalmente, nós precisamos fugir das derrotas. E o que podemos fazer agora é trabalhar, manter nosso profissionalismo e procurar formas de voltar a vencer. É o único jeito. Quando trabalha-se com um elenco jovem, os jogadores precisam ter consciência de que cada posse, cada arremesso, cada bloqueio é importante. Cada lance é decisivo para nós”, concluiu o treinador de 47 anos.