Sincero, Jaylen Brown luta para superar início de temporada desapontador: “Desafio”

Estatísticas apontam inesperada queda de produção do jovem ala do Celtics nos dois lados da quadra

Fonte: Estatísticas apontam inesperada queda de produção do jovem ala do Celtics nos dois lados da quadra

Jaylen Brown terminou a última temporada sugerindo um futuro brilhante pela frente e apontado como “intocável” no Boston Celtics. Seis meses, porém, soam ter feito muita diferença em quadra. O ala de 22 anos admite viver um momento técnico ruim, registrando médias inferiores em comparação à campanha passada em pontos (12.5), rebotes (4.2) e conversão de tiros de três pontos (29.9%).

“Essa é a coisa mais dura que já enfrentei em minha carreira. As expectativas estão aumentando em torno de mim, mas as minhas responsabilidades diminuíram e fica difícil atingir o patamar em que esperam que eu esteja. Isso tem sido e continuará sendo um desafio. Tudo gira em torno de mentalidade, então esse é o meu foco”, desabafou o jovem jogador, em longa entrevista recente à ESPN.

Não são só as médias brutas que acusam a queda de produção de Brown. O Celtics, por exemplo, anota quase 7.0 pontos a menos por 100 posses de bola quando tem o ala em quadra. Além disso, de acordo com o site especializado Second Spectrum, ele vem cedendo melhor aproveitamento aos oponentes em situações de isolação e tiros contestados em comparação com a última temporada.

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“Eu tenho expectativas tão altas para Jaylen, sabendo como é inteligente fora das quadras, mas não acho que ele já tenha sido desafiado dessa forma na carreira. Você está em uma situação que demanda ser ótimo todos os dias e essa é uma jornada muito dura para qualquer um, ainda mais um jovem”, ponderou o astro Kyrie Irving, lembrando que o colega já até palestrou em Harvard.

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Uma das cobranças internas relacionadas a Brown gira em torno da postura quieta e pouca comunicação dentro de quadra – aspectos considerados negativos em um possível defensor de elite. O jogador está consciente do que é dito, mas tenta não se levar por opiniões poucos embasadas. Ele reconhece ser pouco “vibrante”, mas pede que isso não seja confundido com seu esforço em quadra.

“Tento sempre manter-me calmo. Não fico muito empolgado ou desanimado, não importa o momento. Eu não sei se as pessoas acham que ser calado ‘mascara’ a minha competitividade. Já fui mal compreendido antes por isso. Meu silêncio, às vezes, é visto como algo diferente do que realmente simboliza. Não questionem minha dedicação”, pediu o terceiro escolhido do draft de 2016.

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Brown, que foi titular nas primeiras 19 partidas na temporada, perdeu a titularidade durante a sequência de sete vitórias que o Celtics vive. Por acaso ou não, ele subiu de produção nos três jogos realizados como reserva: médias de 21.0 pontos e 5.0 rebotes, com 58% de conversão nas tentativas de longa distância. O ala garante tratar-se menos do banco e mais de uma melhora natural que está começando.

“Todos temos emoções, vidas pessoais e coisas acontecendo em paralelo. O mais importante, porém, é que tenho incondicional confiança em minha habilidade e em nossa comissão técnica. A realidade é que sou um jogador da NBA, jogando por um time que compete pelo título. Nada mais importa. Se alguém pode lidar com tudo, esse sou eu”, concluiu Brown, crente de que melhores dias já estão vindo.

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