“Eu estou aqui para ficar”
Foi com essa declaração que Paul George anunciou que renovaria contrato com o Oklahoma City Thunder, no palco de uma festa promovida especialmente para si com Russell Westbrook como anfitrião. Os presentes no local, obviamente, foram à loucura com o anúncio: um ótimo jogador resolveu ficar no time da cidade. Para o astro, porém, a decisão envolve muito mais do que só em que equipe ele jogará.
“Assinar essa extensão é muito mais do que só um ato de lealdade. É sobre fazer o que acredito ser certo. Eu sinto que essa é a melhor, a perfeita oportunidade para estabelecer-me como jogador e ser humano, trazendo um título para uma franquia que nunca o conquistou antes”, explicou o ala de 28 anos, durante o capítulo final do documentário que retratou sua offseason, exibido no “SportsCenter”.
O anúncio foi o final feliz para um longo trabalho de recrutamento do Thunder em relação a George, iniciado na inesperada troca que levou-o para Oklahoma City na offseason passada. Manter o atleta era o declarado grande objetivo, longe das quatro linhas, do gerente-geral Sam Presti. Uma meta que foi atingida, contra as previsões da maioria, com uma abordagem que nunca soou puro convencimento.
“Eu achava que seria um processo de recrutamento diário, mas não foi bem assim. Todos aqui foram abertos, honestos e criaram uma relação autêntica comigo. Tudo tem sido simplesmente real, da minha relação com Sam à conexão que já criei com Russell. Sinto que realmente construí uma família e irmandade nessa organização”, afirmou o all star, exaltando a postura natural e sincera da franquia.
E, dentro desse processo, nenhum jogador foi mais importante do que Westbrook. “Além de ser uma das melhores pessoas com quem já trabalhei, a abordagem de Russell é algo de que atletas sempre vão querer fazer parte. Ele tem fome e quer vencer, acima de qualquer coisa. É um cara com quem sinto que tenho condições de construir algo especial aqui – e vice-versa”, elogiou o ala.
Mas, evidentemente, o final feliz do Thunder foi uma decepção para muitos outros. O Los Angeles Lakers, sem dúvidas, virou o maior perdedor da situação: George deixou o Indiana Pacers com uma declarada intenção de “voltar para a casa” e assinar com a equipe para a qual torcia na infância. No entanto, como tudo na vida, as coisas mudaram e o astro viu suas prioridades se alterarem.
“Eu tenho um sincero agradecimento com a torcida do Lakers por quererem-me de volta em Los Angeles, minha casa. Era onde realmente queria estar um ano atrás, antes de ser negociado com Oklahoma City. Estive disponível e, infelizmente, eles não conseguiram fazer uma troca por mim”, concluiu George, reconhecendo que, provavelmente, estaria no Lakers se o time tivesse adquirido-o junto ao Pacers.