Uma vitória. Isso foi o que ficou faltando para que o Houston Rockets atingisse o objetivo de uma temporada inteira. A equipe texana chegou a estar em vantagem depois de cinco partidas das finais do Oeste e quase eliminou o estrelado Golden State Warriors. O que impediu um triunfo nos últimos dois jogos da série, então? Para o ala-armador Eric Gordon, mais do que competência, faltou sorte ao time.
“Essa derrota é dura de engolir porque você sabe que nós poderíamos ter vencido a série se tivéssemos só mais um criador de jogadas. Se o Chris Paul não tivesse se lesionado no final do jogo 5, estivesse saudável e pudesse ter entrado em quadra, estaríamos nas finais agora e jogando na quinta. É simplesmente difícil de pensar”, lamentou o reserva do ano, logo depois da eliminação do Rockets dos playoffs.
Embora Paul não tivesse grande média de assistências no duelo contra o Warriors, o impacto de seu desfalque foi sentido nos números gerais do time. Nos primeiros cinco jogos do confronto, os texanos deram 84 passes decisivos para 65 erros de ataque. A equipe registrou 30 assistências e 33 desperdícios de bola nas partidas derradeiras da série, quando Gordon teve que substituir o veterano craque.
O técnico Mike D’Antoni acredita que, por mais que seja um fator para o resultado, a ausência do armador não pode ser vista como determinante. “Lesões acontecem. Isso faz parte do esporte. É devastador para os jogadores, torcedores e para mim, mas muito mais para Chris. Ele está mais desapontado do que qualquer um. E, no fim das contas, ainda acho que tínhamos o bastante para vencer”, analisou.
A maior parte dos atletas do elenco também não compartilharam da avaliação de Gordon e não acham que o Rockets não está na final porque Paul não jogou. “Eu não penso dessa forma, cara. Essa é uma liga de adultos, então não importa se estávamos desfalcados. Você precisa ganhar. Um atleta sai, outro precisa estar preparado para substitui-lo e vamos em frente”, cravou o ala P.J. Tucker.
O astro James Harden foi além e apontou o fato da equipe ter ido para o intervalo dos dois jogos decisivos da série com dígitos duplos de vantagem como a prova de que a eliminação não pode ser condicionada ao desfalque. “É evidente que Chris é uma grande parte do que fizemos nesta temporada, mas nós tivemos chances nos primeiros tempos das duas partidas. Simplesmente não aproveitamos”, admitiu.
