Klay Thompson é um ponto destoante em um meio cercado de egos inflamados como o esporte. Muitos acreditam que o ala-armador poderia ser protagonista de um time da liga, mas ele não parece incomodado em ser “só” um coadjuvante de luxo no Golden State Warriors. Uma posição que não mostra vontade de querer abandonar com a proximidade de testar o mercado, em 2019.
“Minha agência livre ainda está longe, mas farei tudo o que puder para ficar aqui. Jogar por só uma equipe na carreira inteira é, definitivamente, algo especial que poucos jogadores têm o privilégio de conseguirem no esporte profissional. Esse é um objetivo pessoal e nem penso na chance de não acontecer”, afirmou o astro, em entrevista ao jornal San Jose Mercury News.
Se Thompson não é a grande estrela do Warriors, conquistas e reconhecimento não são um problema também. Ele acaba de participar pela quarta vez consecutiva do Jogo das Estrelas e do concurso de arremessos de três pontos, além de ter sido eleito para um dos quintetos ideais da liga em duas oportunidades. Isso sem contar, claro, o mais importante: ganhou dois títulos da NBA.
“Quando um jogador compreende o quão ótimo é e não precisa do reconhecimento constante, do glamour da fama, isso permite criar laços mais profundos no elenco. É claro que Klay quer ser um all-star anualmente, ter uma certa média de pontos, mas ele quer mais vencer títulos. É uma das pessoas competitivas que já vi, mas não é motivado por coisas menores”, explicou o ala-pivô Draymond Green.
A permanência de Thompson no Warriors, porém, pode revelar-se bem complicada. Uma proposta de renovação máxima para o titular vai estourar a folha salarial dos atuais campeões e é provável que, para ficar, ele tenha que aceitar ganhar menos do que poderia. Kevin Durant aceitou tais condições para juntar-se à franquia de Oakland, mas não vê obrigação que o companheiro faça o mesmo.
“Eu só quero que Klay faça o que for melhor para si. Não quero colocar nenhuma pressão em ninguém pelo que fiz. Aceitei um salário menor porque quis. Se não quisesse, não o faria. Ele deve fazer sua escolha e nós vamos seguir adorando-o, não importa o que resolva”, garantiu o craque, que abriu mão de cerca de US$10 milhões em salários para assinar seu primeiro contrato com Golden State.
Thompson já afirmou no passado que aceitaria um corte salarial para continuar em Oakland, pois, acima de tudo, as vitórias são a prioridade do ala-armador. “Nós já conquistamos muita coisa e isso não se faz sozinho. Na história da NBA, todos os melhores times tinham elencos inteiros de muito talento. Perceber que não se chega a lugar nenhum sozinho é o primeiro passo para o sucesso”, concluiu o atleta de 28 anos.