O Toronto Raptors poderá aderir aos protestos iniciados pelos jogadores da NFL durante a execução do hino norte-americano. Na reapresentação do elenco para o começo do período de pré-temporada, o astro Kyle Lowry defendeu o engajamento político e social dos atletas profissionais e revelou que o time canadense pensa em seguir o exemplo dos colegas do futebol americano, ajoelhando-se no hino.
“Não somos apenas atletas. Somos, em origem, humanos. Essas pessoas que estão comentando que deveríamos ser só atletas são humanos como nós. Sou talentoso e abençoado por jogar na NBA, mas isso não significa que não seja instruído para ter uma conversa sobre política ou o que está acontecendo no mundo: injustiça social, agressividade policial e tudo o mais”, desabafou o experiente armador.
O gesto de ajoelhar-se no hino começou com Colin Kaepernick, então quarterback do San Francisco 49ers, com a intenção de chamar a atenção para a diferença de oportunidades entre negros e brancos nos EUA. A ação “espalhou-se” pela NFL na última rodada, após as duras críticas do presidente Donald Trump aos jogadores “protestantes” terem sido mal recebidas pelos atletas e donos de times.
Os reflexos da postura de Trump chegaram à NBA após Stephen Curry dizer que não pretendia ir à Casa Branca para a tradicional visita do campeão da liga. Logo em seguida, o presidente desconvidou a equipe inteira para a cerimônia. Vários ícones da NBA se manifestaram sobre a situação durante o episódio ou neste dia oficial de reapresentação das franquias.
A nova temporada regular da NBA tem abertura marcada para o próximo dia 17 e é esperado que, além de Lowry, muitos outros jogadores se mostrem solidários à causa. Protestos na execução do hino, a exemplo da NFL, deverão ser realizados em várias partidas. “Não importa o que decidamos fazer, eu tenho certeza que a liga estará do nosso lado”, encerrou o astro do Raptors.