Revisão da Temporada – Oklahoma City Thunder

Westbrook à parte, a temporada do Thunder deixou muito a desejar

Fonte: Westbrook à parte, a temporada do Thunder deixou muito a desejar

Oklahoma City Thunder (47-35)

Temporada regular: sexto lugar da conferência Oeste
Playoffs:
eliminado na primeira rodada pelo Houston Rockets, em cinco partidas
MVP da campanha:
Russell Westbrook (31.6 pontos, 10.7 rebotes, 10.4 assistências e 1.6 roubo de bola)

Pontos positivos

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– Russell Westbrook foi simplesmente sensacional, conquistando uma impensável média de um triplo-duplo para a temporada.

– A troca com o Chicago Bulls que trouxe Taj Gibson e Doug McDermott no meio da temporada para o time de Oklahoma parece ter surtido efeito e adicionado a qualidade do elenco.

– A conexão Westbrook-Adams funcionou, e a dupla foi a terceira da liga inteira com maior número de assistências de um para o outro.

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Pontos negativos

– Dificuldade de se impor contra os melhores times. Somando os confrontos versus os três primeiros colocado do Oeste, o Thunder teve um péssimo aproveitamento de 2-9 na temporada regular, e foi vítima fácil do Rockets nos playoffs.

– Quando alguém tem uma temporada tão fora da curva como Westbrook, é natural que o time sinta a falta de uma referência quando tal jogador não está em quadra; com o Thunder, isso não foi diferente, e a equipe sofreu muito contra Russell estava no banco, ou até mesmo em dias pouco inspirados.

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– Displicência ofensiva: o Thunder esteve no top 5 de times que mais tiveram a bola roubada por seu adversário.

– Pior aproveitamento em arremessos de três pontos.

Análise

Ainda que não tenha sido a temporada dos sonhos para os seus torcedores, o Thunder proporcionou aos fã da NBA uma divertida saga ao longo da temporada regular. Em todo jogo, criava-se a expectativa se Russell Westbrook manteria sua absurda média de triplo-duplo. O começo 6-1 da franquia pode até ter iludido um pouco fãs e mídia, mas após 4 derrotas seguidas, deu para perceber que o Thunder estaria no pelotão que brigaria por vagas intermediárias na disputa pelos playoffs.

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Como já mencionado, cada jogo tinha o atrativo extra de Russell Westbrook e sua caça pelo triplo-duplo, ainda que o mesmo negue seu interesse pelas estatísticas. Os inflacionados números de Westbrook geraram muita discussão na liga: seu desempenho reflete os números absurdos? Concordando ou não, o fato é que o Thunder implementava algo que poucas equipes na NBA faziam (talvez o Rockets fosse uma delas): o trabalho dos pivôs no garrafão era mais de assegurar que o pivô adversário não conseguisse pegar o rebote do que propriamente ir à bola e pegar sozinho o rebote. Isso criava uma lacuna para os rebotes serem pegos por Westbrook, sob a justificativa de armar o contra-ataque mais rápido. Isso certamente gerou uma gordura no seu número de rebotes (tanto assim que Westbrook foi líder na categoria rebotes sem contestação do adversário) e assistências.

Enquanto brigava por uma quarta colocação na Conferência Oeste, o impossível foi se tornando realidade, e Westbrook concretizou a marca obtida por Oscar Robertson há mais de 50 anos, terminando a temporada regular com um triplo-duplo de média. Entretanto, a equipe era uma com Russell e outra sem: ainda que a troca que trouxe Gibson e McDermott ao Thunder tenha ajudado, a verdade é que faltavam bons chutadores para aproveitar a dupla marcação em cima do camisa 0 do Thunder, além de um jogador que conseguisse criar seu próprio arremesso.

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Nos playoffs, a equipe entrou contra o Houston Rockets sabendo ser uma difícil missão derrubar o time de James Harden e cia. Após o primeiro jogo, era nítida a impressão que a equipe não teria o necessário para bater os texanos, e a previsão se concretizou, ainda que o Thunder tenha conseguido uma dura vitória no terceiro confronto entre as equipes.

Futuro

O Thunder foi um dos times com movimentação mais impactante durante essa pós-temporada. Sem dúvida alguma, a principal transação foi a troca com o Indiana Pacers que sacramentou na chegada do astro Paul George para o Thunder, enquanto que Victor Oladipo e Domantas Sabonis foram parar no Pacers.

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Ainda que a chegada de George deva ajudar na questão da falta de referência e dar um fôlego extra a Westbrook, a verdade é que é difícil ver o Thunder almejar grandes marcas para esse ano. O nível de competição é altíssimo, e a franquia do técnico Billy Donovan parece estar um passo atrás dos concorrentes mais diretos.

Se para o ano as aspirações não são muito animadoras, a próxima pós-temporada pode ser ainda mais desastrosa. Isso porque Paul George tem apenas um ano de contrato restante e tem seu nome fortemente atrelado ao Los Angeles Lakers ano que vem. Quem também tem seu nome conectado com o Lakers é Russell Westbrook: natural da área, o craque parece hesitante em fazer um longo contrato, como fizeram James Harden e Stephen Curry essa pós-temporada. Com uma player option para 2018, teme-se que o astro deixe o Thunder após o final desta temporada.

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