O craque Kyrie Irving já foi trocado pelo Cleveland Cavaliers, mas seu pedido para sair do tricampeão da conferência Leste continua causando reações diversas nos bastidores da NBA. Oponente do armador nas últimas três finais da liga, o ala-pivô Draymond Green preferiu não julgar a decisão. Ele só assegurou uma coisa: seu nível de respeito pelo adversário aumentou após o episódio.
“É uma decisão dura de se tomar e não acho que as pessoas levam em conta que Kyrie colocou uma grande pressão em si mesmo ao tomá-la. Mas a disposição em fazê-lo, anunciar estar preparado para assumir um papel maior, é o que mais me chamou a atenção”, explicou o titular do Golden State Warriors, em entrevista recente ao jornal The Washington Post.
Um dos aspectos mais questionados da decisão de Irving é a “recusa” da chance de continuar atuando ao lado do considerado melhor jogador da atualidade, LeBron James, em um time que parece destinado a ser soberano em sua conferência por alguns anos. O que muitos consideraram loucura, porém, é visto como coragem pelos olhos de Green.
“Vários jogadores pensariam ‘LeBron é o melhor do mundo’ e ficariam na zona de conforto. Não tenho nada contra LeBron. Mas, quando Kyrie fala que não quer mais jogar em Cleveland, ele precisa estar pronto para assumir um desafio gigante. Tem que estar pronto para ganhar algo por sua conta. Isso é enorme e diz muito sobre seu espírito”, exaltou o ala-pivô.
Troca fechada nas últimas semanas levou Irving para o Boston Celtics, marcando a primeira vez na história moderna da NBA que duas equipes que enfrentaram-se nas finais de conferência realizaram uma negociação na offseason posterior. Em 381 partidas disputadas na carreira na NBA, o jogador de 25 anos registra médias de 21.6 pontos, 3.4 rebotes e 5.6 assistências.
