Em repúdio a Donald Trump, Durant não fará visita à Casa Branca na próxima temporada

Outros jogadores do Warriors e técnico Steve Kerr deverão tomar mesma atitude do astro

Fonte: Outros jogadores do Warriors e técnico Steve Kerr deverão tomar mesma atitude do astro

A visita à Casa Branca, residência oficial do presidente dos EUA, é um compromisso certo para times campeões da NBA. E, como não poderia ser diferente, o Golden State Warriors já tem uma data projetada para ser recebido por Donald Trump: 27 de fevereiro. Mas ainda é incerto se o encontro acontecerá: vários atletas da franquia vêm adiantando que não pretendem participar da cerimônia.  

O último a confirmar que não aceitará o convite da Casa Branca foi o astro Kevin Durant, em entrevista à ESPN nesta quinta-feira. “Eu não concordo com o que Donald defende, então minha voz será ouvida por não participar. É uma decisão pessoal, mas, se bem conheço meus companheiros, todos concordarão comigo”, garantiu o atual MVP das finais da NBA.

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Durant junta-se ao armador Stephen Curry e o técnico Steve Kerr como membros da comitiva campeã que já anunciaram que não participarão do evento. Segundo Monte Poole, da rede NBC Sports, Shaun Livingston, Andre Iguodala e David West são outros atletas que não tem interesse em serem recebidos por Trump. É esperado que mais jogadores do elenco se unam ao “movimento”.

No mês passado, o comissário Adam Silver disse esperar que o Warriors aceitasse o convite da presidência do país. “Independentemente de opiniões pessoais, penso que essas instituições são maiores do que qualquer indivíduo ou eleitor. Embora entenda que as franquias devam tomar tais decisões como organizações, também respeitarei caso alguém não queira ir”, explicou, ao site The Players’ Tribune.

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A declaração aconteceu antes, porém, do mais novo episódio de repúdio a Trump. Na última semana, o chefe de estado realizou um discurso julgado “leviano” por partidários e opositores sobre o confronto entre supremacistas brancos e manifestantes antirracismo em Charlottesville, que deixaram três mortos. Ele condenou os atos de violência, mas não a “marcha branca” e os movimentos racistas.

“Ele está, definitivamente, conduzindo uma divisão no país. Sinto que, desde que entrou na Casa Branca ou iniciou a campanha à presidência, nosso país dividiu-se. Quando [Barack] Obama estava no cargo, as coisas caminhavam para frente. Nas comunidades de onde vim, ganhamos esperança. Então, isso que estamos vendo agora, é como se tivéssemos uma mudança para piorar”, concluiu Durant.

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Antecipando uma polêmica e evitando o mal-estar, Trump e a Casa Branca ainda não realizaram um convite formal ao Warriors. A tendência é que, se outros jogadores confirmarem a tendência de repúdio à visita, a presidência opte por simplesmente não realizar o evento.

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