Depois de ser bicampeão da NBA pelo Detroit Pistons e antes de ser tricampeão pelo Chicago Bulls, o ídolo Dennis Rodman teve uma conturbada passagem pelo San Antonio Spurs. Ele começou a evidenciar sinais mais acintosos da “conduta incomum” que marcou sua carreira no time texano, o que causou problemas com atletas, técnicos e executivos. O ex-ala-pivô lembra que um dos profissionais que mais o “perseguiam” era o então gerente-geral Gregg Popovich.
“A cidade de San Antonio meio que acolheu-me desde o primeiro dia, mas Popovich me odiava. Ele odiava minha ousadia, pois não era um dos caras certinhos. Todos viam a mim como se fosse um demônio lá dentro. Meio que não queriam que eu estivesse no time”, lembrou o integrante do Hall da Fama, que atuou no Spurs entre 1993 e 1995, em longa entrevista ao programa “Undeniable”.
O Spurs chegou aos playoffs nas duas temporadas em que Rodman esteve em San Antonio, incluindo uma final do Oeste em 1995 – quando a equipe seria derrotada pelo futuro bicampeão Houston Rockets. Ele liderou a liga em média de rebotes nas duas campanhas, formando um garrafão defensivo de elite com o astro David Robinson. Lesões e duas suspensões internas no segundo ano da passagem, no entanto, fizeram com que sua situação se tornasse insustentável.
“Houve um momento em que olhei e disse: ‘Meu Deus!. Eu sou o mesmo cara que ajudou David a ser cestinha e MVP da liga? Sou o mesmo cara que pegou uns 19 rebotes por jogo nesse time? Que ganhou 62 jogos com vocês? E vocês não me querem aqui? Ok, então só me troquem’. E, assim, eu fui parar em Chicago”, contou o ex-ala-pivô, que foi negociado com o Bulls pelo pivô Will Purdue.
Em Illinois, Rodman foi campeão nas três temporadas atuando ao lado de Michael Jordan e Scottie Pippen. Ele liderou a NBA em média de rebotes nos três anos e esteve no quinteto ideal da defesa da liga em 1996, assumindo a vaga que havia sido de Horace Grant no primeiro “ThreePeat” do Bulls.