O Cleveland Cavaliers finalmente quebrou o silêncio. Após um dos meses mais conturbados da história da franquia, o (criticado) dono Dan Gilbert veio à público com um inesperado bom humor para apresentar o novo gerente-geral do time, o jovem Koby Altman. Um profissional que garante ter efetivado com o intuito de continuar um trabalho, não reconstruir uma equipe em suposta crise interna.
“Eu estou tão orgulhoso hoje quanto já estive para nomear um gerente-geral. Koby é o quarto GM da minha gestão e nunca me senti tão bem com uma decisão. Acho que muitos compartilham esse sentimento. Acredito que ele estará aqui por muito tempo e realizará um grande trabalho para a organização”, afirmou o mandatário, que acompanhou de perto a rápida ascensão do dirigente de 34 anos.
Altman assume a gerência da franquia com um desafio gigantesco em mãos. Com o recente pedido de troca do astro Kyrie Irving, ele se vê praticamente obrigado a fechar uma troca com um dos principais jovens talentos da liga que consiga manter o Cavaliers em condições de disputar títulos. É isso, certo? Não exatamente, já que Gilbert ainda parece contar com o armador para a próxima temporada.
“Kyrie é um sensacional jogador, que fez enorme contribuições para nossa franquia e continua e ser uma peça importante do que conquistamos. Neste momento, ele tem contrato conosco por mais dois ou três anos. É um dos nossos melhores atletas e armadores da liga. Com certeza, esperamos sua reapresentação para os treinos de pré-temporada”, disse o empresário, sem garantir que uma troca acontecerá.
Essa onda de especulações envolvendo os tricampeões do Leste poderia não estar acontecendo se, antes do draft, uma troca tripla quase finalizada que levaria o ala Paul George do Indiana Pacers para Ohio tivesse se confirmado. “Só direi que eles poderiam ter conseguido um retorno melhor do que aquele”, resumiu Gilbert, sugerindo que sua proposta era superior à pelo Oklahoma City Thunder.
Mas, se George não veio e Irving pode sair, LeBron James segue em Cleveland. O ala e maior ídolo da história do time já teria descartado abrir mão da cláusula de veto de trocas por estar determinado a permanecer no time até o ano que vem e exibe uma postura colaborativa na offseason do Cavaliers. O dono da franquia só tem elogios ao comprometimento recente do craque com a organização.
“LeBron tem sido de maior ajuda do que nunca. Ele está muito ativo e receptivo em nossos esforços no mercado. Conversou com Jamal Crawford, contribuiu para que trouxéssemos Derrick Rose e Jeff Green. Ele é o motivo pelo qual Derrick assinou conosco. Sua vontade de vencer está mais forte do que jamais vi”, cravou Gilbert, negando a suposta irritação do astro com o trabalho da equipe na offseason.
Como qualquer torcedor, o dono do Cavs está de olho nos comentários de sites especializados e redes sociais que parecem decretar o fim da “janela” da franquia como real candidata ao título. A opinião quase unânime nos bastidores é que, com os reforços trazidos na agência livre e a saída de Irving, os vice-campeões não terão como competir com o supertime do Golden State Warriors.
Para todos, Gilbert só tem uma mensagem: o Cavaliers está firme e forte. “Estou extraordinariamente otimista com nosso futuro. Acredito que vamos competir por títulos por um longo período de tempo. Realmente acho isso – especialmente, na próxima temporada. Nós não estamos acabados. Isso ainda não terminou. Esse time não está quebrado”, sentenciou.
