Elenco, comissão técnica e dirigentes do Los Angeles Clippers estão focados na disputa dos playoffs, mas a franquia já antevê uma offseason de intenso trabalho pela frente. Os titulares Chris Paul, Blake Griffin e J.J. Redick vão ser agentes livres irrestrito a partir de 1º de julho e renovar os três vínculos poderá elevar os gastos do time com elenco para quase US$200 milhões anuais. O investimento é altíssimo, mas Doc Rivers defende que a manutenção do trio vale a pena.
“Você descartaria uma base que ganha 50 jogos por ano e provou estar bem perto dos melhores ou segue na luta e muda peças periféricas do elenco? Sempre uso o exemplo do Utah Jazz da década de 1990: John Stockton e Karl Malone perderam várias vezes nos playoffs, continuaram juntos e, no fim das carreiras, chegaram às finais. Eu acho que é bem fácil falar em desmanchar tudo estando do lado de fora”, argumentou o técnico e presidente de operações da equipe angelina.
Mudar as peças periféricas tem sido uma constante para Rivers e a direção do time, que contrata uma série de veteranos com contratos mínimos anualmente por conta da limitação da folha salarial. Na última offseason, atletas como Raymond Felton, Brandon Bass e Marreese Speights foram contratados pela equipe convencidos a receberem o salário mínimo da liga. O treinador “Doc” acredita que o executivo “Doc” fez um bom trabalho neste sentido.
“Eu acho que, da perspectiva gerencial, nós passamos pelo teste da offseason com louvor. Rodeamos Chris com diversos armadores para que não precise defender o melhor armador adversário ou trabalhar com a posse da bola o tempo inteiro. Os números podem não mostrar, mas Speights tem sido sensacional para nós. Tenho orgulho desses movimentos e acho que tivemos um verão excelente contratando”, avaliou, fazendo um tipo de autoelogio.
Rivers ainda assegura que o planejamento não sofrerá alterações conforme o que acontecer nas próximas semanas – nem mesmo em caso de derrota na série contra o Jazz. “Esse meu argumento independe dos resultados. O que eu disse vale da mesma forma caso não sejamos campeões. Acredito que seremos, mas, no caso de não sermos, nada muda”, concluiu.
