Los Angeles Clippers (53-29)
Playoffs: eliminado na primeira rodada pelo Portland Trail Blazers em seis jogos.
MVP da campanha: Chris Paul (19.5 pontos, 10.0 assistências, 4.2 rebotes, 2.1 roubadas de bola)
Pontos Positivos
– Embora seja uma tortura vê-lo arremessando lances livres, DeAndre Jordan liderou a liga em porcentagem de arremessos de quadra pela quarta temporada consecutiva, foi eleito pelo segundo ano seguido para o time ideal de defesa e por fim, fez parte do quinteto ideal de 2015-16.
– Equilíbrio. O Los Angeles Clippers teve uma equipe que soube fazer bem os dois lados da quadra. Sétimo melhor time no ataque e também, sétimo que menos levou pontos na temporada.
– O Clippers foi menos dependente de Blake Griffin em 2015-16. Sem o ala-pivô, lesionado, o time angelino venceu 31 partidas e perdeu 16 (67.4% de aproveitamento). Quando jogou, a equipe obteve 22 vitórias e 13 derrotas (62.9%).
Pontos Negativos
– Paul Pierce chegou com aval de Doc Rivers, seu antigo treinador no Boston Celtics. Até aí, tudo bem. Vinha de uma temporada respeitável no Washington Wizards (11.9 pontos, 4.0 rebotes e aproveitamento de 38.9% em três pontos) e uma boa participação nos playoffs. No Clippers, no entanto, chegou bem acima do peso, teve lesões e perdeu espaço na rotação. Ainda é dúvida para 2016-17.
– Griffin sofreu uma contusão antes do meio da temporada e em seguida, envolveu-se em uma confusão com um membro da equipe e só retornou às quadras dias antes do início dos playoffs, quando voltou a sentir problemas físicos e não disputou duas das seis partidas. Para piorar, Paul também ficou de fora de dois jogos diante do Portland Trail Blazers. As lesões nunca “machucaram” tanto o Clippers.
– Até é compreensível o time perder os dois principais jogadores e acabar sendo eliminado por uma equipe menos forte. Mas é uma temporada jogada no lixo, se pensarmos que a meta do Clippers era enfrentar o Golden State Warriors e ir para o tudo ou nada. Caiu antes.
– Reforço durante a fase regular, Jeff Green não foi bem no time de Los Angeles. O ala, que assinou com o Orlando Magic, se viu com um papel diminuto e teve grandes dificuldades para se encaixar no esquema de Rivers.
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Análise
A equipe começou a temporada em grande estilo, vencendo os seus quatro primeiros compromissos. Porém, o elenco, reforçado de Wesley Johnson, Josh Smith e Pierce, não apresentava a mesma empolgação de um ano antes. Parecia travado e dependia em demasia de Paul, Griffin e Jordan.
Quando Griffin se machucou e teve o incidente com um membro da equipe, no entanto, o time melhorou e venceu nove jogos consecutivos após a lesão do astro. Smith, outrora jogador sempre cogitado para atuar no All Star Game, foi negociado para o Houston Rockets por uma bola de capotão e três chuteiras usadas. E isso aconteceu mesmo depois da contusão de Griffin, quando teoricamente ganharia espaço.
Paul passou a ser dominante e ganhou em janeiro, o prêmio de melhor jogador de uma semana no Oeste, o segundo em quase quatro anos. O Clippers, então, fez grandes jogos diante do Warriors e deu sinais que, com ajustes, poderia fazer frente ao então campeão nos playoffs. Até Jamal Crawford, apagado na primeira metade, passou a ajudar no que faz de melhor (pontuar) e acabou vencendo o prêmio Jamal Crawford de melhor reserva da temporada. Entretanto, mais uma vez, as contusões voltaram a assombrar o time californiano.
Griffin e Paul se lesionaram contra o Blazers na primeira rodada e a equipe ficou sem referência alguma, esperando apenas a hora de ser eliminado.
Futuro
Para 2016-17, o Clippers não foi atrás de nenhum nome de peso. Nem mesmo de grandes veteranos, como Pierce e Smith no ano passado. A diretoria apostou em Marreese Speights, Brandon Bass, Raymond Felton e Alan Anderson. Ou seja, apenas contratações pontuais para um elenco forte.
Acredita-se que a equipe vai voltar a brigar pelos primeiros lugares da conferência Oeste, mas é bom lembrar que os adversários se reforçaram. Basta lembrar que o Warriors adicionou Kevin Durant e Pau Gasol foi para o San Antonio Spurs para suprir a aposentadoria de Tim Duncan.
A questão principal no Clippers hoje é saber se Griffin vai conseguir ajudar a equipe dentro e fora das quadras. O episódio da agressão teve repercussão negativa por si só, mas a direção deu a ele uma chance de se redimir. Os rumores sobre sua saída, porém, seguem a todo vapor. Ao fim de 2016-17, o atleta deverá testar a agência livre e uma negociação para que o time não fique de mãos abanando, pode acontecer. Boston Celtics e Oklahoma City Thunder, em princípio, são os principais candidatos. Enquanto nada passa de especulação, Rivers segue apostando nele.
Paul não está ficando mais novo e precisa entender o que será o Clippers da próxima temporada, até porque ele também terá opção em seu contrato. Existe a confiança na direção, especialmente depois da chegada de Steve Ballmer. Sem reforços de peso, entretanto, cabe ao armador construir uma campanha vencedora também nos playoffs, algo que ainda não aconteceu.