Carmelo Anthony conquistou a terceira medalha de ouro olímpica da carreira no último domingo, mas, quando o assunto é o título da NBA, seu sucesso é bem mais modesto. O craque do New York Knicks nunca foi além de uma decisão de conferência da liga, ainda quando atuava com o Denver Nuggets, e não esteve nos playoffs nas últimas três temporada. Para um dos ex-técnicos do ala, ele não deverá conseguir um anel de campeão – mas não por sua culpa.
“Ele não deverá vencer um título, pois nunca esteve em um time com a remota chance de ser campeão”, afirmou o treinador da Universidade de Syracuse, Jim Boeheim. “Como jogador, tudo que você pode tentar é fazer seu time melhor e acho que todas as equipes a que ele chegou, melhoraram. Mas Denver não fez absolutamente nada para levá-lo até lá. Eles nunca venceriam o Lakers e Spurs, que ganhavam quase tudo na época”.
Boeheim pode falar da relação entre Carmelo e vitórias como poucos profissionais. Além de ser um dos assistentes da seleção norte-americana, ele era o técnico no comando de Syracuse quando o ala conseguiu o raríssimo feito de, em seu único ano no basquete universitário, liderar a equipe à conquista do Torneio da NCAA. Dito isso, ele acredita que seu ex-comandado e o Knicks podem evoluir em 2017 pelas adições de Joakim Noah e Derrick Rose.
“Eu sei que a opinião geral é que, com Joakim e Derrick saudável, eles formarão uma equipe melhor”, disse o veterano treinador. “É só questão de permanecerem saudáveis. Eles passaram por muitas coisas e ficaram muito tempo lesionados nos últimos dois anos, mas acho que, se esses caras estiverem bem, farão uma grande diferença. E, com Kristaps Porzingis progredindo também, a tendência é que eles evoluam muito como conjunto”.
Em 13 temporadas de carreira profissional, Carmelo ficou conhecido por ser um dos melhores atletas da liga sem grandes resultados competitivos. Ele tem significativas façanhas individuais, no entanto, na NBA: já foi cestinha da temporada, nove vezes all star e eleito para um dos quintetos ideais da liga em seis oportunidades. Em 902 jogos disputados, o astro nova-iorquino possui médias de 24.9 pontos, 6.6 rebotes e 3.2 assistências.