O basquete masculino olímpico ganhou seus dois primeiros tricampeões na tarde deste domingo, no Rio de Janeiro. E, ao mesmo tempo em que reescreveram a história, ambos também se despediram da carreira internacional. Mas, se o astro Carmelo Anthony surpreendeu ao anunciar a aposentadoria da seleção norte-americana logo após a vitória sobre a Sérvia, o técnico Mike Krzyzewski já havia confirmado que estava de saída no fim do ano passado.
“Sou uma pessoa de muita sorte por ser parte de tantas equipes campeãs ao longo da minha carreira – universitária e internacional. Eu tenho muito orgulho de ter recebido essa oportunidade. Não há honra maior do que treinar a seleção de seu país, ainda mais com o nível de talento e comprometimento mostrado por esses jogadores”, afirmou o treinador da Universidade de Duke, depois da entrega das medalhas na Arena Carioca I.
Krzyzewski assumiu o comando do Team USA com a missão de recolocar o país no topo da modalidade, depois da perda da hegemonia mundial no início da última década. Onze anos mais tarde, o técnico chegou ao seu objetivo com um recorde irretocável: além de três títulos olímpicos, ele conduziu o time a dois campeonatos mundiais e 88 vitórias em 89 partidas disputadas. Em nível pessoal, ganhou uma experiência inestimável.
“Eu aprendi muito com a seleção, com meus atletas e com os grandes profissionais da comunidade internacional. Aprendi sobre a beleza do basquete que é praticado ao redor do mundo. Eu tornei-me melhor por ter tido a honra de treinar a seleção nos últimos 11 anos, então essa jornada foi algo lindo para mim”, contou o “Coach K”, que só foi derrotado na semifinal do Mundial de 2006, pela Grécia.
O selecionado dos EUA passa para as mãos de outro gigante do esporte agora: o cultuado Gregg Popovich, pentacampeão da NBA pelo San Antonio Spurs e um dos técnicos mais respeitados do mundo, substituirá Krzyzewski a partir do próximo ano. “Vocês vão ficar com o melhor profissional do mundo para treinar um time de basquete em atividade. Isso diz muito sobre o programa que nós desenvolvemos juntos”, disse o tricampeão olímpico, com a modéstia que sempre marcou a carreira.
