Final: Golden State Warriors (1º) x (1º) Cleveland Cavaliers
Confrontos na temporada: Golden State 2 x 0 Cleveland
25 DEZ – Cavaliers 83 x 89 Warriors
https://www.youtube.com/watch?v=AmLlbFzajOc
18 JAN – Warriors 132 x 98 Cavaliers
https://www.youtube.com/watch?v=DfumzSeVQ1Q
Datas do confronto
02-06: Cavaliers x Warriors – 22h (em Oakland)
05-06: Cavaliers x Warriors – 21h (em Oakland)
08-06: Warriors x Cavaliers – 22h (em Cleveland)
10-06: Warriors x Cavaliers – 22h (em Cleveland)
13-06: Cavaliers x Warriors – 22h (em em Oakland)*
16-06: Warriors x Cavaliers – 22h (em Cleveland)*
19-06: Cavaliers x Warriors – 21h (em em Oakland)*
*Se necessário
Horários de Brasília
OBS: Todas as partidas serão transmitidas pela ESPN.
Golden State Warriors (73-9)
Playoffs: eliminou o Houston Rockets na primeira rodada (em cinco jogos), o Portland Trail Blazers na semifinal de conferência (em cinco jogos) e o Oklahoma City Thunder na final de conferência (em sete jogos)
Maior sequência de vitórias: 24 (entre 27 de outubro e 12 de dezembro)
Maior sequência de derrotas: não perdeu dois jogos seguidos a temporada regular inteira (único time da história da liga a conseguir essa marca)
Time-base
Stephen Curry (PG)
Klay Thompson (SG)
Harrison Barnes (SF)
Draymond Green (PF)
Andrew Bogut (C)
Reservas com mais tempo de quadra
Andre Iguodala (SG/SF)
Shaun Livingston (PG/SG)
Marreese Speights (PF/C)
Festus Ezeli (C)
Anderson Varejão (C)
Leandrinho (PG/SG)
Técnico: Steve Kerr
Líderes (temporada regular)
Pontos: Stephen Curry (30.1) – cestinha da liga
Rebotes: Draymond Green (9.5)
Assistências: Draymond Green (7.4)
Roubos de bola: Stephen Curry (2.1)
Bloqueios: Andrew Bogut (1.6)
Líderes (playoffs)
Pontos: Stephen Curry (26.7)
Rebotes: Draymond Green (9.8)
Assistências: Stephen Curry (6.1)
Roubos de bola: Stephen Curry (1.8)
Bloqueios: Draymond Green (2.1)
Cleveland Cavaliers (57-25)
Playoffs: eliminou o Detroit Pistons na primeira rodada (quatro jogos), o Atlanta Hawks na semifinal de conferência (quatro jogos) e o Toronto Raptors na final de conferência (seis jogos)
Maior sequência de vitórias: oito (entre 28 de outubro e 13 de novembro; entre 28 de dezembro e 13 de janeiro)
Maior sequência de derrotas: três (entre 01 e 05 de dezembro)
Time-base
Kyrie Irving (PG)
J.R. Smith (SG)
LeBron James (SF)
Kevin Love (PF)
Tristan Thompson (C)
Reservas com mais tempo de quadra
Iman Shumpert (SG)
Matthew Dellavedova (PG)
Channing Frye (PF/C)
Richard Jefferson (SF)
Técnico: Tyronn Lue
Líderes (temporada regular)
Pontos: LeBron James (25.3)
Rebotes: Kevin Love (9.9)
Assistências: LeBron James (6.8)
Roubos de bola: LeBron James (1.4)
Bloqueios: Timofey Mozgov (0.8)
Líderes (playoffs)
Pontos: LeBron James (24.6)
Rebotes: Kevin Love (9.6)
Assistencias: LeBron James (7.0)
Roubos de bola: LeBron James (2.2)
Bloqueios: Tristan Thompson (0.9)
https://www.youtube.com/watch?v=qpzje1ZXeyc
Análise do confronto
E chegou o momento mais aguardado da temporada. A final que muita gente esperava se concretizou. Golden State Warriors e Cleveland Cavaliers confirmaram as expectativas, foram as melhores equipes de suas conferências na temporada regular e conquistaram os títulos do Oeste e do Leste, respectivamente.
O Warriors, dono da melhor campanha da história na temporada regular (73-9), chega à sua oitava decisão após uma virada épica na série contra o Oklahoma City Thunder. O time californiano confia no poderio ofensivo dos Splash Brothers – Stephen Curry e Klay Thompson -, que combinaram para 30 bolas de três pontos nos últimos dois jogos contra o Thunder, e na profundidade do elenco para conquistar o bicampeonato. Em 2015/16, o Warriors foi tão dominante que liderou a liga em pontos, eficiência ofensiva, aproveitamento nos arremessos de quadra, aproveitamento nas bolas de três pontos, bolas de três pontos convertidas, tentativas de bolas de três, rebotes defensivos e assistências.
O estilo de jogo caracterizado pelos incessantes bloqueios, muito pick and roll, velocidade e arremessos de longa distância é a marca registrada do time de Steve Kerr. Mas nos últimos jogos da série contra o Thunder, o time jogou em um ritmo mais cadenciado justamente para não dar pontos de contra-ataque ao adversário. E após a virada, dá para concluir que foi uma estratégia acertada de Kerr. Com um elenco versátil em mãos, o treinador fez o ajuste necessário para se manter vivo na competição. Na defesa, o time de Oakland precisa ser mais efetivo nos rebotes ofensivos e diminuir os espaços para o astro LeBron James entrar no garrafão, forçando-o a arremessar fora de sua zona de conforto. A exemplo do ano passado, Andre Iguodala deverá ser o responsável por “guardar” James a maior parte do tempo, com Green na cobertura.
Ao contrário do que ocorreu em 2015, o Cavs chega à decisão com força máxima e três dias a mais de descanso que o adversário. Kyrie Irving e Kevin Love estão na ponta dos cascos e prontos para serem protagonistas ao lado de LeBron, que vai para sua sexta final seguida. James está cercado pelo elenco mais talentoso que o Cavs já teve em sua história. O time de Cleveland foi o que mais converteu bolas de três pontos nos playoffs deste ano, além de ter sido o segundo nesse quesito durante a temporada regular. A movimentação de bola evoluiu ao longo da temporada e o Cavs passou a ter um poderio ofensivo respeitável com os chutes de longa distância, especialmente após a chegada de Channing Frye. Como LeBron tem visão de quadra apurada, mesmo quando enfrentar as dobras de marcação, ele terá a capacidade de passar a bola para um companheiro melhor colocado no perímetro. E bom chutador é o que não falta ao Cavs.
Em entrevista recente, Tyronn Lue, que chega à final em seu primeiro ano como treinador, disse que o Cavs vai atuar em um ritmo mais acelerado que o habitual (o time foi apenas o 28o em posses de bola por 48 minutos na temporada regular, enquanto o Warriors foi o segundo), estratégia semelhante a que adotou o Thunder na final do Oeste. E nos rebotes, o Cavs tem Love e Tristan Thompson, que são ótimos nessa função. O problema é que o time de Cleveland não tem tantos jogadores atléticos como o de Oklahoma City. Lue sabe que a sua equipe terá de dar um jeito de defender bem o pick and roll do adversário, especialmente Irving e Love (a dupla concede 1,28 ponto por posse de bola, pior marca dos playoffs). Vale lembrar que Curry foi o maior pontuador em pick and roll da temporada regular… Não sei se Lue está blefando ou falando sério. O fato é que o Cavs não tem condições de jogar em um ritmo veloz o tempo todo e fazer a quantidade de trocas de marcação após os bloqueios que o Thunder mostrou na final do Oeste. Com o elenco que tem em mãos, Lue deverá acelerar o jogo em determinados momentos, e diminuir o ritmo em outros. Pelo menos é o que eu acho que vá acontecer…
Ambas as equipes se destacam nos arremessos de longa distância, e essa deverá ser a tônica da série. Seis jogadores do Cavs e quatro do Warriors estão com um aproveitamento superior a 40% nas bolas de três pontos nos playoffs. No geral, o matchup é favorável ao Warriors, que deverá utilizar, sem problemas, em grande parte dos jogos, a famosa formação da morte (Curry, Thompson, Iguodala, Barnes e Green), líder em eficiência ofensiva na NBA.
Já o Cavs, para ter um poderio maior na defesa, deverá utilizar mais os reservas Matthew Dellavedova e Iman Shumpert. Irving sozinho não dará conta de Curry (se repetir a marcação dos duelos na temporada regular, o Cavs vai dobrar direto no MVP). O time de Cleveland tem mais talento com Irving e Love à disposição, mas perde no fator defesa com eles em quadra ao mesmo tempo. Outro ponto a ser aproveitado pelo Cavs é a entrada de Frye para espaçar a quadra, e consequentemente, facilitar a vida de LeBron nas infiltrações. O problema é que, enquanto o time de Cleveland mantiver Love e Frye juntos, o garrafão ficará desprotegido. É o famoso ditado do cobertor curto…
Sinceramente, a questão do time de Cleveland ter descansado mais e ter jogado três partidas a menos que o rival nos playoffs não deverá influenciar no andamento da série. O Warriors teve três dias para se recuperar da batalha contra o Thunder, o que pode ser considerado um período razoável de descanso para os padrões da NBA. Os dois times devem jogar no limite, com o Cavs tentando conquistar seu primeiro título e o time de Oakland querendo fechar uma temporada histórica com chave de ouro.
Pelo terceiro ano seguido, o Brasil terá um campeão da liga (Tiago Splitter em 2014 e Leandrinho em 2015). O pivô Anderson Varejão vive uma situação curiosa. Ele é o primeiro jogador na história da NBA a atuar pelos dois finalistas no mesmo ano. Caso Cleveland saia campeão, a franquia tem a opção de também entregar um anel de campeão a Varejão pelo fato de ele ter atuado em 31 jogos da temporada regular. Como o jogador tem uma longa história com a franquia (foram 591 partidas com a camisa do Cavs) é impensável que ele não seja agraciado. Ou seja, ganhando ou perdendo, Varejão entrará no rol de brasileiros campeões da NBA.
Espero muito equilíbrio no confronto, jogos com placares centenários e que a série vá chegar a sete partidas. Apesar de o Warriors ter vencido os dois jogos disputados contra o Cavs na temporada regular (o time de Ohio ainda era comandado por David Blatt), inclusive um deles foi uma surra em Cleveland, em playoffs a situação muda totalmente. No ano passado, sem Irving e Love, o Cavs venceu dois jogos na decisão. Agora, com força máxima, deverá complicar ainda mais a vida do atual campeão. Mesmo assim, acredito no bicampeonato do Warriors. A equipe de Oakland simplesmente tem os dois melhores arremessadores da liga e um elenco profundo e produtivo. Isso deverá pesar no fim das contas.
Palpite
Golden State Warriors 4 x 3 Cleveland Cavaliers