Conferência Oeste: Golden State Warriors (1º) x (3º) Oklahoma City Thunder
Confrontos na temporada: Golden State 3 x 0 Oklahoma City
06 FEV – Warriors 116 X 108 Thunder
27 FEV – Thunder 118 x 121 Warriors
03 MAR – Warriors 121 x 106 Thunder
Datas do confronto
16-05: Warriors x Thunder – 22h00 (em Oakland)
18-05: Warriors x Thunder – 22h00 (em Oakland)
22-05: Thunder x Warriors – 21h00 (em Oklahoma City)
24-05: Thunder x Warriors – 22h00 (em Oklahoma City)
26-05: Warriors x Thunder – 22h00 (em Oakland)*
28-05: Thunder x Warriors – 22h00 (em Oklahoma City)*
30-05: Warriors x Thunder – 22h00 (em Oakland)*
*Se necessário
Horários de Brasília
Golden State Warriors (73-9)
Playoffs: eliminou o Houston Rockets na primeira rodada (cinco jogos) e, depois, o Portland Trail Blazers em cinco partidas
Maior sequência de vitórias: 24 (entre 27 de outubro e 12 de dezembro)
Maior sequência de derrotas: não perdeu duas partidas seguidas na temporada inteira (único time da história da liga)
Time-base
Stephen Curry (PG)
Klay Thompson (SG)
Harrison Barnes (SF)
Draymond Green (PF)
Andrew Bogut (C)
Reservas com mais tempo de quadra
Shaun Livingston (PG/SG)
Andre Iguodala (SG/SF)
Leandrinho Barbosa (PG/SG)
Marreese Speights (C)
Festus Ezeli (C)
Técnico: Steve Kerr
Líderes (temporada regular)
Pontos: Stephen Curry (30.1)
Rebotes: Draymond Green (9.5)
Assistências: Draymond Green (7.4)
Roubos de bola: Stephen Curry (2.1)
Bloqueios: Andrew Bogut (1.6)
Líderes (playoffs)
Pontos: Klay Thompson (27.2)
Rebotes: Draymond Green (10.4)
Assistências: Draymond Green (7.0)
Roubos de bola: Draymond Green (1.6)
Bloqueios: Draymond Green (2.3)
Oklahoma City Thunder (44-38)
Playoffs: eliminou o Dallas Mavericks na primeira rodada (cinco jogos) e, depois, o San Antonio Spurs em seis partidas
Maior sequência de vitórias: oito (entre 14 de março e 28 de março)
Maior sequência de derrotas: três (entre 02 de novembro e 05 de novembro)
Time-base
Russell Westbrook (PG)
Andre Roberson (SG)
Kevin Durant (SF)
Serge Ibaka (PF)
Steven Adams (C)
Reservas com mais tempo de quadra
Enes Kanter (PF/C)
Dion Waiters (SG)
Randy Foye (PG/SG)
Técnico: Billy Donovan
Líderes (temporada regular)
Pontos: Kevin Durant (28.2)
Rebotes: Kevin Durant (8.2)
Assistências: Russell Westbrook (10.4)
Roubos de bola: Russell Westbrook (2.0)
Bloqueios: Serge Ibaka (1.9)
Líderes (playoffs)
Pontos: Kevin Durant (27.4)
Rebotes: Steven Adams (9.9)
Assistências: Russell Westbrook (10.8)
Roubos de bola: Russell Westbrook (1.8)
Bloqueios: Serge Ibaka (1.3)
https://www.youtube.com/watch?v=d3f95bOfgrs
Análise do confronto
A decisão que todos esperavam na conferência Oeste não vai acontecer, mas uma final entre Warriors e Thunder não projeta ser exatamente um anticlímax. Embora os atuais campeões tenham vencido as três partidas da temporada regular, todas estiveram empatadas em algum momento do último período e os comandados de Billy Donovan tiveram chances reais de vitória. Há caminhos possíveis para que consigam surpreender novamente. Ainda assim, como dito, seria uma surpresa.
Individualmente, o caminho atende pelo nome Kevin Durant. O Warriors ainda não encontrou resposta para o ala nesta temporada e viu o adversário fazer absurdas médias de 36.3 pontos (55.4% FG e 47.6% 3pt.), 12.0 rebotes e 6.3 assistências nos três jogos entre as equipes. O craque superou todos os marcadores lançados pelo versátil elenco de Oakland contra ele, ajudado pelo fato de Klay Thompson passar os encontros entre os times marcando Russell Westbrook.
A partir daqui, o problema passa a ser Westbrook: ele arremessou dez bolas a mais do que Durant no somatório das partidas contra os detentores do título, acertando só 34.6% das tentativas. O armador precisa ditar o ritmo das ações e manter sua postura agressiva para colocar pressão na defesa adversária, mas encontrar um balanço e estar consciente que há fortes sinais de que o ala deve ser o foco do ataque de Oklahoma neste momento para que cheguem às finais.
Outro ponto positivo a favor do Thunder é que eles são o melhor time da liga para aproveitar o ponto fraco conhecido da formação baixa mortal do Warriors (com Draymond Green como pivô): os rebotes. O desafiante possui a melhor taxa de rebotes da liga e, como vimos, destruiu o Spurs no quesito para chegar às finais. Agora, para manter-se o “bicho papão” dos rebotes, o time precisará encarar a melhor formação do melhor time da liga com seu quinteto alto. É possível?
Talvez seja. Dependerá muito da capacidade de Adams e Ibaka marcarem Green, Iguodala e Barnes na linha de três pontos. Ou dessa trinca não estar em um dia afiado nos arremessos. Mas, de qualquer forma, isso é bom para Oklahoma. Você dificilmente conseguirá vencer o melhor time da liga – um dos melhores times da história – “espelhando” seu modo de jogar. O Thunder ser diferente do Warriors torna-se uma virtude aqui.
Apesar do que foi dito, os atuais campeões são claramente favoritos na série e vão ser os vencedores se tudo correr na “normalidade”, como o que vimos até agora. Stephen Curry e companhia tiveram maior eficiência ofensiva e defensiva do que o oponente tanto na temporada regular, quanto nos playoffs até agora. É a melhor equipe, em resumo. Possui melhor e mais versátil elenco, com mais variações para Steve Kerr (você percebeu, por exemplo, como Festus Ezeli não tem jogado?).
O Thunder, para piorar, é um time que traz algumas facilidades bem particulares para a defesa do Warriors. A falta de chutadores do elenco de Oklahoma City e a presença de Andre Roberson no quinteto titular permite que Golden State sempre “esconda” um de seus piores marcadores – geralmente, Curry – de uma legítima ameaça. Isso pode explicar porque, descansado, o bi-MVP da liga foi decisivo nos últimos quartos e prorrogação dos três jogos da temporada regular.
Mas como tirar Roberson de quadra se ele é uma das melhores (poucas) chances dos desafiantes pararem Curry? Westbrook – que, silenciosamente, faz playoff bastante preguiçoso no lado defensivo da quadra – não chegou perto de ser a resposta na temporada regular e deslocar Durant no armador – algo ainda a ser testado – traria um enorme desequilíbrio defensivo contra uma equipe que não costuma ter “pontos mortos” no ataque.
As outras diversas virtudes do time de melhor campanha da história da liga já são conhecidas de todos e representam vantagens sobre um Thunder que ainda soa, várias vezes, como um grupo de indivíduos em vez de coletivo. No entanto, com suas virtudes e defeitos, essa equipe eliminou um San Antonio Spurs histórico na temporada regular – também um time supostamente superior, bem mais coletivo e grande favorito naquela série.
No fim das contas, como acontece na maioria das séries, o que tende a definir tudo é quem força o oponente a adaptar-se à sua formação ideal. A grande pergunta, acima de astros de lado a lado, torna-se: o Thunder pode “machucar” o Warriors no garrafão a ponto de forçar Kerr a desistir do quinteto baixo mortal de Oakland por sua vida na série? Difícil, mas possível. Afinal, foi com formações mais altas que Grizzlies e Cavaliers conseguiram colocar os campeões contra a parede nos playoffs do ano passado.
Palpite
Golden State Warriors 4 x 2 Oklahoma City Thunder