Quase um Leicester

Blazers é eliminado pelo Warriors, mas sai por cima

Fonte: Blazers é eliminado pelo Warriors, mas sai por cima

https://www.youtube.com/watch?v=iyxsvm77SUs

Como foi grande o Portland Trail Blazers nesta temporada! Pessoalmente, jamais imaginaria que em maio, estaria escrevendo sobre o time nas semifinais da NBA. Não depois de ver LaMarcus Aldridge, Nicolas Batum, Wesley Matthews, Arron Afflalo, e Robin Lopez, indo embora. Não depois de ver o time perder nove dos primeiros 13 jogos da temporada. Mas o Blazers surpreendeu. Como Capitão Nascimento diria, caiu para cima.

Chegou até onde dava. Superar o Golden State Warriors, os atuais campeões, era impensado. Mas também era em outubro. Então, por que não? Fez frente ao time californiano em quase todos os jogos da série e por pouco não garantiu duas vitórias. É digno de aplaudir de pé.

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O Blazers teve o sexto melhor ataque (105.1 pontos), o quarto melhor aproveitamento em arremessos de três (37%) e o quinto melhor em rebotes (45.5).

É claro que era esperado Damian Lillard ter os números que atingiu. Todo mundo sabia de suas qualidades e de seu potencial. Não ter ido ao Jogo das Estrelas foi quase um crime. Deixa os playoffs após fazer ao menos 30 pontos em três das cinco partidas contra o Warriors. Jamais fez menos de 25 na série.

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Olha o quanto C.J. McCollum foi importante. Era um reserva, que pouco produzia. Tornou-se o atleta que mais evoluiu em 2015-16. De um ano para o outro, partiu de 6.8 pontos em 2014-15 para 20.8 nesta, com 41.7% de aproveitamento em três pontos.

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Nome por nome, o Blazers não assustava ninguém antes do início desta temporada. Tanto que Adam Silver, comissário da liga, elogiou a franquia por não fazer o tank que muitos temiam. Nem a direção acreditava ter ali um grupo competitivo.

O trabalho feito por Terry Stotts no comando da equipe é algo para ficar na memória por muitos anos. Que me perdoem os torcedores do Warriors, mas o prêmio de melhor treinador poderia muito bem ser dele, apesar de eu ter votado em Gregg Popovich. Deu Steve Kerr, também com justiça.

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Quando um time perde tantos jogadores importantes de um ano para o outro, nem o torcedor mais fanático acredita em uma campanha tão vencedora. Embora isso tenha acontecido, o Blazers deu uma lição a todos que acompanham: jamais subestime uma equipe com um técnico competente e ao menos um astro no elenco.

Há cerca de uma semana, o Leicester City protagonizou uma das maiores zebras de todos os tempos no esporte ao vencer o Campeonato Inglês com o 17° orçamento da liga, de aproximadamente US$ 48.6 milhões anuais. O Blazers, teve a menor folha de pagamento da NBA, com pouco mais de US$ 61 milhões.

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Enquanto esperava-se um honroso 12° lugar, depois de tantas ausências. Na verdade, o Jumper Brasil errou e por muito quando fez a previsão da temporada. Colocamos o time em 15°, sem nenhuma dúvida. E que bom que erramos. Apenas um ou outro comentário, na época, foi contra a posição que previmos. Se tivéssemos apostado no quinto lugar, seríamos chamados de loucos.

Mas tudo mudou desde janeiro. Foram 30 vitórias em 45 jogos disputados, quase 67% de aproveitamento. Para se ter uma ideia, até então, o time tinha 14 triunfos em 37 partidas. Ao fim daquele mês, o xará Gustavo Lima já mostrava que o Blazers poderia brigar pela vaga. E conseguiu.

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Tudo bem. Não passou do Warriors, mas isso ninguém consegue desde 2013-14 e não foi o Leicester da NBA. Não precisou. O time do Oregon brilhou e agora Stotts tem uma base excelente para seguir no topo.

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