Quem são os 25 melhores jogadores da NBA abaixo de 25 anos?

Equipe do Jumper Brasil e analistas brasileiros convidados elegem os principais jovens talentos da liga

melhores jogadores 25 nba Fonte: Joe Murphy / AFP

Afinal, quem são os 25 melhores jogadores da NBA abaixo dos 25 anos de idade?

O Jumper Brasil, como já virou uma tradição, quer responder essa pergunta. Por isso, eis a quarta edição da nossa votação anual dos jovens talentos da liga. Nós convidamos a nossa equipe, os parceiros do site e outros analistas brasileiros para darem as suas opiniões. A intenção, assim, é formar um prisma de diferentes visões sobre a NBA atual.

A votação

A consulta, para começar, incluiu 21 votantes instruídos a responderem a mesma pergunta. Quem são os 25 melhores atletas abaixo de 25 anos de idade na NBA? Então, pedimos que enviassem uma lista simples e ranqueada de 25 nomes. Nós não permitimos empates em qualquer posição.

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A pontuação seguiu uma lógica de ordem inversa em relação ao ranqueamento. Ou seja, o 25º colocado ganha um ponto e assim sucessivamente até o primeiro lugar receber 25 pontos. Dessa forma, um jogador pode alcançar o número máximo de 525 pontos.
Em caso de empate absoluto, por fim, adotamos dois critérios para o desempate. A maior colocação em um ranking individual fica à frente e, em seguida, o atleta com maior idade.

Os votantes

Vinte e um votantes, como citado anteriormente, foram consultados pelo Jumper Brasil para a lista desse ano. Temos integrantes da equipe de redação do site, os produtores de conteúdo parceiros e, além disso, comentaristas convidados. Então, confira quem são os nossos consultados de 2023:

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Ágata Máximo (NBA das Mina)
André Mori (Convidado Jumper)
Coast to Coast Brasil (Voto coletivo)
Daniel Avila (Blog Turnover)
Felipe Ibañez (Amassando o Aro)
Gabriel Martins (Podcast Cara dos Sports)
Guilherme Campos (Podcast Splash Brothers)
Gustavo Freitas (Jumper Brasil)
Gustavo Lima (Jumper Brasil)
Heber Costa (Convidado Jumper)
Leonardo Paglioni (Podcast Splash Brothers)
Lucas Nicolau (Jumper Brasil)
Luis Fernando (Swish TV BR)
Maicon Rodrigues (BPA – Brazil Prospects Analyst)
Mateus Carvalho (Pisou na Linha / Jumper Brasil)
Piero Fiorelli (The Playoffs)
Ricardo Romanelli (Convidado Jumper)
Ricardo Stabolito Junior (Jumper Brasil)
Victor Linjardi (Jumper Brasil)
Vinicius Donato (Jumper Brasil)
Vitor Camargo (Podcast Prancheta Basquete)

 

Leia mais

 

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Regras de elegibilidade

Além do que já foi explicado, traçamos mais algumas regras de elegibilidade para os jogadores ao ranking. São pontos, aliás, que são constantes desde a primeira edição da nossa lista. Então, listamos a seguir essas questões:

E vamos à lista, então…

Diferente de outros anos, nós não vamos publicar a lista em partes. O ranking vai ser apresentado inteiramente nessa postagem, enquanto outros citados que não chegaram ao TOP 25 estão relacionados no final. Assim, vamos ao que interessa!

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25. Devin Vassell (ala, San Antonio Spurs)

Sam Forencich / AFP

Idade: 22 anos
Pontuação: 52 pontos
Ranking 2022: não ranqueado
Médias da última temporada: 18,5 pontos, 3,9 rebotes e 3,6 assistências em 31,0 minutos, com 38,7% de acerto nos arremessos de longa distância
Melhores posições: Mateus Carvalho (15), Vitor Camargo (18), Ricardo Stabolito (19)

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Há um impulso na NBA em encaixar todos os seus jovens alas no molde do “3D”. É fato que Vassell até chegou à liga assim, mas afasta-se cada vez mais desse perfil.

Imagino que a maioria vai seguir definindo o titular do Spurs assim. Mas, na última temporada, ele foi muito mais um arremessador em volume e criador com a bola nas mãos. A sua frequência de posses em situação de spot up, por exemplo, caiu quase 20% em relação à campanha passada. As suas tentativas e pontos a partir de pull ups, ao mesmo tempo, mais do que dobraram.

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Mas, talvez, a evolução mais interessante tenha sido a sua crescente participação como passador. Ele passou a dar e receber quase 10 passes a mais por jogo em relação à campanha anterior. A sua média de assistências, assim, quase dobrou: foram 3,6 passes decisivos. Tudo isso só seria mais impressionante se o ala não tivesse sido limitado a 38 jogos na temporada por causa de lesões.

Vassell deve voltar a ter um perfil ofensivo mas próximo de um “3D” atuando com Victor Wembanyama. Mas está provado que pode ser muito mais do que só isso.

Uma declaração

“Devin sempre foi muito bom jogador, mas está cada vez mais confiante. Torna-se um arremessador mais confiante a cada partida. E ele quer a bola em suas mãos porque não tem medo do desafio. É divertido assistir ao seu crescimento na liga” (Gregg Popovich, técnico do Spurs)

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24. Walker Kessler (pivô, Utah Jazz)

Walker Kessler trocado Jazz

Melissa Majchrzak / AFP

Idade: 22 anos
Pontuação: 66 pontos
Ranking 2022: não ranqueado
Médias da última temporada: 9,2 pontos, 8,4 rebotes e 2,3 tocos em 23,0 minutos, com 72% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: Vitor Camargo (14), Heber Costa (16), Ágata Máximo (18)

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Muito se fala sobre a “morte” dos pivôs, mas o que acabou é uma noção tradicional do jogador da posição. E, como prova Walker Kessler, até esse perfil tem espaço.

O calouro, afinal, é um dos jogadores mais próximos de um pivô dos anos 1990 que encontramos na NBA hoje. Ele é o “corpo grande” que vive o mais perto possível do garrafão nos dois lados da quadra. Mais de 91% de seus arremessos na temporada aconteceram a cinco pés ou menos da cesta. O Jazz, além disso, utiliza-o na defesa em drop para evitar ter a mobilidade exposta em espaço aberto.

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A questão é que Kessler tira o máximo disso. Para começar, ele converteu absurdos 72% dos seus arremessos de quadra. E o seu impacto defensivo, acima de tudo, é assustador. O pivô foi um dos 35 atletas que marcaram cinco ou mais arremessos no garrafão por partida. Ele só permitiu 51,5% de aproveitamento aos oponentes. Apenas Jaren Jackson e Brook Lopez cederam menor índice de acerto.

Não deixa de ser irônico que Kessler só teve espaço no Jazz por causa da saída de Rudy Gobert. O time achou o substituto ideal para o francês recebendo 14 vezes menos.

Uma declaração

“Não dá para minimizar, sobretudo, a capacidade de Walker bloquear arremessos com as duas mãos. E sem cometer faltas, o que é uma arte. Ele tem um incrível senso de verticalidade e coordenação para rejeitar as tentativas de canhotos e destros” (Will Hardy, técnico do Jazz)

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23. Alperen Sengun (pivô, Houston Rockets)

Alperen Sengun All-Star Rockets

Brock Williams-Smith / AFP

Idade: 21 anos
Pontuação: 78 pontos
Ranking 2022: não ranqueado
Médias da última temporada: 14,8 pontos, 9,0 rebotes e 3,9 assistências em 28,9 minutos, com 55,3% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: Victor Linjardi (14), Coast to Coast Brasil (15), Vinicius Donato (17)

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Alperen Sengun levantava dúvidas antes do draft de 2021 entre analistas porque era lento demais. Qual é o seu lugar em uma NBA cada vez mais rápida e aberta?

Essa é uma crítica curiosa, pois sinto que a velocidade (ou falta dela) joga em seu favor hoje. O pivô turco, assim como LaMarcus Aldridge e Al Horford no passado, impõe o seu ritmo próprio com a bola nas mãos. É como se tudo “desacelerasse” em suas posses, para resumir. E a sua técnica sobressai, certamente, quando o jogo exige mais execução do que transpiração.

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A calma de Sengun nas fintas e trabalho de pés no post passam a impressão, por exemplo, de que as defesas reagiram rápido demais. Ele é um dos poucos rollers, além disso, preocupados em oferecer bons ângulos para passe e não só ocupar o espaço rápido. E, por fim, a sua eficiência como passador (3,9 assistências e 1,5 passes decisivos por erros) é um atestado de como entende o jogo.

Não é à toa que, às vezes, Sengun parece um encaixe estranho no Rockets. Entre tantos jovens loucos para correr, afinal, ele joga em outra rotação. Uma rotação lúcida.

Uma declaração

“Jalen Green e Kevin Porter são jogadores para liderar um time. São muito bons. Mas esse pivô é um problema. Tivemos que mudar o nosso plano de jogo para enfrentá-lo. Não lembro o nome dele agora, mas Houston precisa construir em torno do camisa 28” (Anthony Edwards, ala-armador do Timberwolves)

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22. Jordan Poole (ala-armador, Washington Wizards)

jordan poole warriors troca

Ryan Stetz / AFP

Idade: 24 anos
Pontuação: 83 pontos
Ranking 2022: 23ª posição
Médias da última temporada: 20,4 pontos, 2,7 rebotes e 4,5 assistências em 30,0 minutos, com 33,6% de acerto nos arremessos de longa distância
Melhores posições: Gustavo Freitas (11), Luis Fernando (14), André Mori (18)

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A diferença entre ser uma besta ou bestial pode ser a confiança em tentar algo. Ou seja, simplesmente viver no limiar entre o acerto e o erro do que sempre faz.

Não houve grandes mudanças, em termos de tendências, no jogo de Jordan Poole na última temporada. Ele tentou, em síntese, as mesmas jogadas de sempre. Essa mesma seleção de arremessos vinda de uma tomada de decisões duvidosa rendeu-lhe um contrato de nove dígitos, afinal. É a confiança. O problema é que, se a bola não cai, o que sobra é a decisão questionável ou a opção de passe ignorada.

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A questão, então, é saber enxergar o meio termo. Ou, talvez, compreender que os resultados fracos não mudam a essência. É só o preço para quem é agressivo, pois não tem medo de errar. O ala-armador ainda é um criador de arremessos natural e eletrizante com alcance ilimitado. E, mesmo em um ano decepcionante, foi um dos 18 atletas da liga com mais de 5,0 lances livres por jogo e 85% de aproveitamento.

O Warriors tentou fazer de Poole um sucessor de Stephen Curry. Mas esqueceu que ser espetacular, muitas vezes, envolve jogar com uma margem de erro baixíssima.

Uma declaração

“O Warriors não teria conquistado o último título sem Jordan, pois foi importante demais quando Stephen lesionou-se. Sempre vamos reconhecê-lo aqui. Ele tem potencial para ser um astro nessa liga. O Wizards conseguiu um ótimo jogador. Futuro all-star, certamente” (Klay Thompson, ala-armador do Warriors)

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21. Jalen Williams (ala-armador, Oklahoma City Thunder)

Ezra Shaw / AFP

Idade: 22 anos
Pontuação: 84 pontos
Ranking 2022: não ranqueado
Médias da última temporada: 14,1 pontos, 4,5 rebotes e 3,3 assistências em 30,3 minutos, com 52,1% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: Felipe Ibañez (14), Gabriel Martins (16), Vitor Camargo (16)

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A versatilidade é uma das grandes virtudes de um jogador na NBA atual. E é difícil, certamente, lembrar de um calouro mais versátil do que Williams mostrou ser.

Dá para ver esse aspecto do seu jogo nas estatísticas, mas vai muito além delas. É impressionante como ele tem recursos ofensivos vastos, em particular. Mesmo sem ser o jogador mais atlético em quadra, sempre consegue chegar à cesta a partir de infiltrações. Mas também é muito inteligente movimentando sem a bola e achando passes. E isso porque não falamos que é um sólido chutador em spot ups.

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É possível, no entanto, que o mais surpreendente seja o seu rendimento defensivo quando analisamos os vídeos. Ele já é um dos alas mais capazes da liga em trocas de marcação, possivelmente. Joga mais alto do que sua estatura, a princípio, por causa de sua envergadura. Desvia passes e, assim, força turnovers. Mas eu gosto mesmo do aspecto físico do seu jogo, pois “abusa” sem dó de rivais mais baixos.

Antes do draft, Williams era constantemente descrito como um jogador “completo”. Há uma diferença enorme, no entanto, entre ser completo contra universitários e como um novato contra profissionais.

Uma declaração

“A evolução de Jalen tem sido contínua ao longo da temporada. Parece que cresce, consistentemente, a cada semana. É um cara que controla o ritmo das partidas e, além disso, absorve cada experiência que vive em quadra. Aprende e, ao mesmo tempo, o jogo está desacelerando” (Mark Daigneault, técnico do Thunder)

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20. RJ Barrett (ala, New York Knicks)

Elsa / AFP

Idade: 23 anos
Pontuação: 89 pontos
Ranking 2022: 19ª posição
Médias da última temporada: 19,6 pontos, 5,0 rebotes e 2,8 assistências em 33,9 minutos, com 43,4% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: Coast to Coast Brasil (9), Vinicius Donato (16), Victor Linjardi (17)

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Esse é o terceiro ano seguido em que RJ Barrett aparece entre os 25 primeiros do ranking. E, por enquanto, ainda é muito difícil entender quem ele é como jogador.

A única constante em sua carreira, para resumir, é a inconstância até agora. Não é surpreendente. Ele segue como um pontuador de eficiência questionável, antes de tudo. Regrediu nos arremessos de longa distância e cobrou menos lances livres do que na temporada anterior, aliás. A sua defesa não comprometeu, mas não achei que esteve no mesmo nível da (elogiada) campanha passada.

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É claro que uma temporada de altos e baixos quer dizer que teve altos também. E são impressionantes. Barrett é um legítimo jogador two-way, em primeiro lugar, em suas melhores noites. Quando o arremesso está caindo, além disso, a defesa fica obrigada a abrir as linhas de infiltração e passes. E o ala-armador, por fim, é um ótimo reboteiro – algo bem importante na NBA das formações baixas.

Barrett vai para a sua quinta temporada na NBA e já notamos que pode fazer várias coisas. O talento, certamente, não falta. Mas parece que eu falo do exato mesmo jogador ano após ano.

Uma declaração

“RJ tem sido muito eficiente no lado ofensivo da quadra. A sua tomada de decisões, mais do que isso, está muito lúcida. Ele corre a quadra e ataca a cesta sem hesitar. E isso é exatamente o que queremos dele, pois é o ritmo em que o seu jogo cresce” (Jordi Fernández, treinador da seleção canadense)

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19. Nicolas Claxton (pivô, Brooklyn Nets)

nets nicolas claxton nets

Elsa / AFP

Idade: 24 anos
Pontuação: 118 pontos
Ranking 2022: não ranqueado
Médias da última temporada: 12,6 pontos, 9,2 rebotes e 2,5 tocos em 29,9 minutos, com 70,5% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: Lucas Nicolau (9), Ágata Máximo (13), Heber Costa (13)

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Nicolas Claxton, definitivamente, não é um dos atletas mais populares da liga. Mas, provavelmente, é o melhor defensor da NBA de quem ninguém está falando hoje.

De certa forma, ele é o contrário de Walker Kessler no sentido de que representa a modernidade na posição. O nome do jogo para o titular do Nets é agilidade. O pivô está simplesmente em todos os cantos da quadra. Teve a segunda maior média de tocos (2,5) da última temporada porque desloca-se leve em espaço curto e possui mãos rápidas. Além disso, protege o aro com disciplina por não cair em fintas.

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Mas, em um time jovem como o Nets, o mais interessante é a sua capacidade de “subir” e defender o perímetro. Ele troca marcação, em síntese, para atletas das cinco posições. Claxton pressiona linhas de passe e, ao mesmo tempo, move-se lateralmente contra jogadores mais baixos. As suas mãos rápidas não permitem, por fim, que ballhandlers estejam totalmente seguros longe da cesta.

Não à toa, o jovem foi um dos três atletas a ter médias de 2,0 tocos e 0,9 roubo de bola na temporada passada. Mais do que isso, registrou o sexto melhor plus-minus defensivo da liga.

Uma declaração

“O que Nicolas oferece para a sua equipe, para resumir, é único. Não é comum ver um pivô que marca no perímetro, bloqueia arremessos no garrafão e acompanha o ataque em transição. Ele é jovem, energético e, por fim, totalmente insubstituível para o Nets” (Kevin Durant, astro do Suns)

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18. Jalen Green (ala-armador, Houston Rockets)

Ned Dishman / AFP

Idade: 21 anos
Pontuação: 130 pontos
Ranking 2022: 26ª posição
Médias da última temporada: 22,1 pontos, 3,7 rebotes e 3,7 assistências em 34,2 minutos, com 33,8% de acerto nos arremessos de longa distância
Melhores posições: Maicon Rodrigues (9), Coast to Coast Brasil (11), Daniel Avila (11)

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Dizem que o trabalho mais fácil da NBA é pontuar em um time ruim. Mas será que é isso mesmo? Então, o que significam os 22,1 pontos por jogo de Jalen Green?

Ter média de mais de 22 pontos em sua segunda temporada, para começar, não é uma tarefa simples. Mas, em particular, isso é impressionante em uma equipe tão ruim quanto o Rockets da temporada passada. Ele teve que trabalhar, pois não há cestas fáceis e não joga com um armador de fato. Um dos melhores shotmakers jovens da liga, realmente, precisou trabalhar muito por essas cestas.

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Green teve a 34ª maior média de pontuação da campanha, mas só a 105ª melhor marca de pontos em transição. Menos de três desses 22,1 pontos de um dos mais atléticos da NBA, na prática, ocorreram em contra-ataques. Ademais, quase 60% dos seus pontos vieram sem assistências. Ou seja, muitas vezes, ele tem que criar o próprio arremesso contra a defesa posicionada.

Dá para questionar a eficiência de Green como pontuador, pois é um ponto em que pode melhorar. Mas os seus 22,1 pontos, definitivamente, têm muito significado.

Uma declaração

“Eu não assisti Jalen ao vivo antes, então não sabia o que esperar. Mas fiquei bem impressionado. Ele é dinâmico, explosivo e muito confiante em quadra. Ademais, tem muita habilidade. Há alguns momentos em que o seu talento simplesmente transborda em quadra” (Grant Hill, diretor da USA Basketball)

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17. Tyler Herro (ala-armador, Miami Heat)

tyler herro miami

Jesse D. Garrabrant / AFP

Idade: 23 anos
Pontuação: 163 pontos
Ranking 2022: 18ª posição
Médias da última temporada: 20,1 pontos, 5,4 rebotes e 4,2 assistências em 34,9 minutos, com 37,8% de acerto nos arremessos de longa distância
Melhores posições: Vinicius Donato (7), Ágata Máximo (14), Heber Costa (14)

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Tyler Herro, a princípio, enfrenta um tipo de crise de imagem na NBA. Será que é justo apontá-lo como o cara cuja lesão marcou a ascensão do Heat nos playoffs?

Essa é uma daquelas perguntas que nunca vão ter resposta. Não dá para garantir, afinal, que a sua ausência teve um impacto positivo. O que podemos dizer é que, enquanto esteve em quadra, o jovem foi fundamental para que o ataque do Heat fosse minimamente aceitável. Poucos atletas de 23 anos, certamente, possuem o seu combo de arremesso e inteligência (nem sempre disposição) nos passes.

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Herro foi um dos sete jogadores da última temporada com médias de 20,0 pontos, 4,0 assistências e 3,0 cestas de longa distância com 37% de índice de conversão. Cinco deles, aliás, foram all-stars. Eu sei que essa estatística é um Frankenstein, mas combina as habilidades citadas antes. E isso é especialmente difícil porque o ala-armador não consegue entrar no garrafão e cobrar lances livres regularmente.

É verdade que Herro pode nem estar no elenco do Heat na próxima temporada. É provável, no entanto, que a melhora da equipe nos playoffs diga mais sobre a sua força do que sobre o jogador.

Uma declaração

“Tyler só tem 23 anos, mas é um pontuador extraordinário. Tem muitos truques na manga para colocar a bola na cesta, certamente. E é um jogador de último quarto, de jogos apertados. Isso porque é um criador de arremessos que sempre aparece nos momentos importantes” (Pat Riley, presidente do Heat)

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16. Josh Giddey (armador, Oklahoma City Thunder)

josh giddey thunder temporada

Jonathan Bachman / AFP

Idade: 20 anos
Pontuação: 182 pontos
Ranking 2022: 34ª posição
Médias da última temporada: 16,6 pontos, 7,9 rebotes e 6,2 assistências em 31,1 minutos, com 48,2% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: Gabriel Martins (10), Ágata Máximo (12), Victor Linjardi (12)

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Uma média de 16,6 pontos não parece tão incrível assim na NBA atual. Mas o que dizer quando a pontuação pode ser a coisa menos chamativa do jogo desse atleta?

É um pouco do que acontece com Josh Giddey. O australiano, afinal, nunca foi um scorer nato. A marca é produto de um arsenal em evolução e, por isso, ineficiente ainda. De certa forma, não deixa de ser impressionante que ele consiga tal média cobrando menos de dois lances livres por noite. Ou fazendo só 1,0 cesta de longa distância, enquanto converte menos de 33% das suas tentativas.

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O seu grande apelo, acima de tudo, está no ritmo que impõe nos jogos. É um ótimo reboteiro que pega a bola na tábua e sai em velocidade com a cabeça levantada. O armador enxerga as movimentações e distribui passes que muitos não conseguem, pois dispara em quadra aberta com seus 2,03m de altura. Teve a 11ª maior média de passes da temporada passada, então mantém a bola rodando mesmo que não sejam assistências.

Para ser um astro, por exemplo, Giddey vai precisar tornar-se um pontuador mais eficiente. Há uma grande chance, no entanto, do Thunder crescer em torno dos seus passes e não pontos.

Uma declaração

“Diziam que Josh não era atlético ou rápido o bastante para jogar na NBA. Mas quer saber o que ele é? Um jogador de basquete, pois simplesmente sabe o que fazer e como fazer em quadra. Ele vai ser o melhor australiano da história dessa liga” (Andrew Bogut, ex-jogador)

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15. Franz Wagner (ala, Orlando Magic)

boletim rumores nba 05

Fernando Medina / AFP

Idade: 21 anos
Pontuação: 232 pontos
Ranking 2022: 25ª posição
Médias da última temporada: 18,6 pontos, 4,1 rebotes e 3,5 assistências em 32,6 minutos, com 36,1% de acerto nos arremessos de longa distância
Melhores posições: Maicon Rodrigues (6), Lucas Nicolau (8), Gustavo Lima (11)

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Fazer o seu time melhor, a princípio, é o sinal mais puro da qualidade e importância de um jogador. E é quase espantoso como o Magic é melhor com Franz Wagner.

A história que os números contam é incrível, certamente. Com o ala em quadra, a equipe de Orlando marca 4,2 pontos a mais a cada 100 posses de bola. Enquanto isso, no outro lado da quadra, o time toma 6,1 pontos a menos. Ele ficou no TOP 10, como resultado, de real plus-minus na temporada passada. Só dois atletas de sua posição ficaram à frente na lista: os craques Jayson Tatum e LeBron James.

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Não é difícil, para quem assiste aos jogos do Magic, entender a razão da diferença tão grande. Wagner faz de tudo. Faz o simples. E, sobretudo, faz com inteligência. Ele é o possível melhor infiltrador do time e apresenta uma impecável tomada de decisão a partir da leitura das defesas. A sua versatilidade batendo de frente com atletas mais baixos, por sua vez, deixa a marcação da equipe bem mais flexível.

Poucos jogadores tiveram um impacto tão positivo sobre o seu time na temporada quanto Wagner. E, isso, só com 21 anos e 159 jogos na carreira.

Uma declaração

“Eu estou muito impressionado com Franz, antes de tudo. Pode defender múltiplas posições, mas também é um criador de jogadas para quem entregar a bola no fim dos jogos. Esse garoto tem potencial para ser um superastro nessa liga, em minha opinião” (Rick Carlisle, técnico do Pacers)

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14. Tyrese Maxey (ala-armador, Philadelphia 76ers)

Jesse D. Garrabrant / AFP

Idade: 22 anos
Pontuação: 242 pontos
Ranking 2022: 21ª posição
Médias da última temporada: 20,3 pontos, 2,9 rebotes e 3,5 assistências em 33,6 minutos, com 43,4% de acerto nos arremessos de longa distância
Melhores posições: Felipe Ibañez (8), Piero Fiorelli (10), Vinicius Donato (10)

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Fala-se muito em eficiência como um ponto fraco de jovens jogadores dessa lista. Por isso, esse é um fator que confirma Tyrese Maxey como um talento especial.

O ala-armador do Sixers, para resumir, é um dos scorers em início de carreira mais eficientes da liga. Tudo começa pelos seus absurdos 43,4% de aproveitamento nas tentativas de três pontos na temporada passada. Mas vai além. Ele acumulou, por exemplo, o oitavo melhor field goal efetivo entre os guards que atuam mais de 30 minutos por jogo. Essa estatística é um índice de acerto de arremessos que pesa o maior valor das cestas de longa distância.

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O próximo passo para o seu jogo, provavelmente, está nos passes. Afinal, existem sinais que sinalizam para Maxey como um legítimo jogador de armação. Distribui excelentes 2,69 assistências por erro de ataque que comete. Além disso, é o 35º atleta que mais deu passes em média na campanha passada (48,9). A proporção desses passes que viram assistências, no entanto, ainda é muito baixo (9,4%).

A evolução de Maxey nesse papel deveria acontecer com paciência. Mas, por causa da provável saída de James Harden, ele pode ser “jogado na fogueira”.

Uma declaração

“Tyrese é um grande arremessador, mas, acima de tudo, é muito explosivo. E, por isso, está sempre atento às possibilidades de atacar. Ele agride, carrega a bola em velocidade e, assim, nunca deixa a defesa descansar. Força o seu time a competir todas as posses” (Chauncey Billups, treinador do Blazers)

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13. Scottie Barnes (ala, Toronto Raptors)

scottie barnes raptors troca

Vaughn Ridley / AFP

Idade: 22 anos
Pontuação: 247 pontos
Ranking 2022: 13ª posição
Médias da última temporada: 15,3 pontos, 6,6 rebotes e 4,8 assistências em 34,8 minutos, com 45,6% de acerto nos arremessos de quadra

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Scottie Barnes apresentou uma das mais difíceis temporadas de sophomore para se avaliar nos tempos recentes. E isso, talvez, porque todos estavam mais criteriosos.

Deixar de ser uma surpresa, como resultado, endurece as análises. E os oponentes ficam mais prontos para enfrentá-lo. Foi notável, por exemplo, como as marcações tiveram menos pudor em ceder-lhe arremessos de três pontos. Isso expôs a maior fraqueza do seu jogo, pois o seu aproveitamento retrocedeu em relação ao ano de estreia. Não converteu, aliás, nem 30% dos tiros de longa distância na temporada.

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O foco no arremesso, no entanto, mascara pontos positivos do jogo de Barnes. O seu esforço defensivo, em particular, é legitimamente subestimado hoje. Embora não goste dele como criador primário, a sua visão de quadra está bem acima dos alas jovens. As suas 4,8 assistências foram a segunda maior média entre os alas com menos de 25 anos, só atrás de Luka Doncic.

Ver Barnes na mesma 13ª posição do ranking do ano passado é a manifestação da opinião média da NBA. Afinal, dizem que ele estagnou. Mas não deixem que essa visão só foque nos pontos negativos.

Uma declaração

“Scottie é um excelente passador porque enxerga o jogo com criatividade. É muito versátil, ademais, com a capacidade de operar em situações de pick-and-roll ou em transição. O talento desse garoto é o futuro de Toronto, então vamos construir em torno dele” (Darko Rajakovic, novo técnico do Raptors)

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12. Cade Cunningham (ala-armador, Detroit Pistons)

cade cunningham desfalca pistons

Brian Sevald / AFP

Idade: 21 anos
Pontuação: 253 pontos
Ranking 2022: 11ª posição
Médias da última temporada: 19,9 pontos, 6,2 rebotes e 6,0 assistências em 33,3 minutos, com 41,5% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: Maicon Rodrigues (8), Ágata Máximo (9), Felipe Ibañez (9)

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A segunda temporada de Cade Cunningham, em primeiro lugar, praticamente não existiu. Foram 12 partidas de um jogador limitado do ponto de vista físico.

A NBA, a princípio, não quer jogadores que monopolizem a bola. Mas eu diria que é quase impossível não querer que Cunningham o faça. A inteligência, entendimento do jogo e noção de ritmo com a bola sugerem a maturidade de um veterano. É um jovem que não parece querer correr, pois a sua intenção é desequilibrar as defesas pela cadência. Assim como Alperen Sengun, ele joga em um ritmo particular.

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Esse controle, no entanto, tem um preço já citado: a posse de bola. No intervalo de 12 jogos da última temporada, o ala foi o sétimo atleta que mais tentou arremessos depois de sete dribles ou mais. Acertou, ao mesmo tempo, só 32% dos seus chutes em situações de catch and shoot. Ou seja, por natureza, ele precisa ser um criador. A sua noção de arremesso fácil é aquele que acontece aos seus termos.

Não é à toa que, mesmo sem jogar há tanto tempo, a seleção dos EUA queria a sua presença na Copa do Mundo FIBA. Cunningham, afinal, é um jogador de basquete acima de um atleta profissional.

Uma declaração

“Larry Bird era um incrível jogador por causa de sua mente. Ele sempre enxergava à frente dos outros. Acho que Cade, por exemplo, é um pouco assim. Assim como Bird, também vê alguns passos à frente da maioria. E o seu jogo não tem pontos fracos” (Troy Weaver, gerente-geral do Pistons)

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11. Paolo Banchero (ala-pivô, Orlando Magic)

Isaiah Thomas Paolo Banchero

Fernando Medina / AFP

Idade: 20 anos
Pontuação: 271 pontos
Ranking 2022: não ranqueado
Médias da última temporada: 20,0 pontos, 6,9 rebotes e 3,7 assistências em 33,8 minutos, com 42,7% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: Guilherme Campos (10), Gustavo Lima (10), Leonardo Paglioni (10)

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Ser um mismatch na NBA é bem diferente do nível universitário, pois o nível físico-atlética da competição aumenta demais. Paolo Banchero, no entanto, tem sido um mismatch desde o primeiro dia na liga.

A primeira escolha do draft de 2022 iniciou a carreira agredindo a cesta em busca de contato como se fosse um jogo por Duke. E, mais do que isso, foi muito bem sucedido. Ele foi o sexto jogador que mais sofreu faltas no ato do arremesso na última temporada. E, com isso, o calouro cobrou média de 7,4 lances livres por partida. Só 11 atletas – oito deles all-stars – tiveram marca superior.

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Mas, mais do que isso, essa condição levou a 5,5 pontos por partida na linha dos lances livres. Foi 27,5% da sua pontuação durante a campanha. Além disso, é a maior marca de um estreante em 30 anos. Desde o lendário Alonzo Mourning. O que faz Banchero diferente é que, em um mesmo jogo, ele usa o corpo e ganha espaço para enterrar em Usman Garuba e dá um crossover em Eric Gordon na linha de três pontos.

Banchero, assim como qualquer novato, foi tratado como um garoto de 20 anos na última temporada. No entanto, ele jogou como um homem de 20 anos quadra.

Uma declaração

“Eu estou ansioso para ver como Paolo vai evoluir daqui em diante. Afinal, ele é um líder e dá para ver isso em tudo o que faz dentro de quadra. Está bem claro que o garoto vai ser o principal jogador de Orlando para o futuro. Será, certamente, um dos grandes” (Trae Young, astro do Hawks)

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10. Evan Mobley (ala-pivô, Cleveland Cavaliers)

Sarah Stier / AFP

Idade: 22 anos
Pontuação: 322 pontos
Ranking 2022: 10ª posição
Médias da última temporada: 16,2 pontos, 9,0 rebotes e 2,8 assistências em 34,4 minutos, com 55,4% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: Guilherme Campos (6), Gustavo Lima (6), Luis Fernando (7)

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Jaren Jackson e Brook Lopez monopolizaram a disputa de melhor defensor da NBA na última temporada. Então, você pode não ter percebido que Evan Mobley foi o terceiro colocado da votação.

É impressionante que um atleta de 22 anos, em sua segunda temporada, já seja o terceiro principal marcador da liga. Mas isso pode não ser o mais impressionante. Afinal, há argumentos para dizer que Mobley deveria ser o premiado. O titular do Cavs, por exemplo, liderou a liga em plus-minus defensivo. E a diferença do seu índice para o segundo colocado (Bam Adebayo) é a mesma entre o segundo para o décimo (Joel Embiid).

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O ala-pivô, aliás, pode já ser o defensor mais completo da liga. Ele funciona como um super Nic Claxton, citado anteriormente. Mostra uma desenvoltura parecida e natural ao mover-se no perímetro para parar jogadores de perímetro e proteger o aro. Foi quem mais contestou tentativas de três pontos, em média, na temporada passada. Além disso, foi o quarto atleta que mais contestou arremessos em geral.

Pede-se que Mobley torne-se um melhor arremessador de três pontos para o futuro breve. Mas, impendentemente da melhora ofensiva, ele é um defensor geracional.

Uma declaração

“Isso é estranho porque acho que Evan estava jogando contra o meu filho até alguns dias atrás. Mas Cleveland conseguiu um dos bons. O menino é eletrizante, para resumir. Vai ser um grande jogador nessa liga, certamente” (LeBron James, astro do Lakers)

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9. Lamelo Ball (armador, Charlotte Hornets)

NBA jogadores Rising Stars

Mark Brown/AFP

Idade: 21 anos
Pontuação: 362 pontos
Ranking 2022: 9ª posição
Médias da última temporada: 23,3 pontos, 6,4 rebotes e 8,4 assistências em 35,2 minutos, com 37,6% de acerto nos arremessos de longa distância
Melhores posições: Victor Linjardi (4), Leonardo Paglioni (6), Vinicius Donato (6)

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Um problema comum para jovens talentos com sucesso imediato é como dar o tal “segundo salto”. LaMelo Ball, por enquanto, parece viver um pouco esse drama.

Vale ressaltar, em primeiro lugar, que isso não é só uma questão técnica do atleta. Ball, por exemplo, vive esse dilema porque não consegue jogar também. As lesões se acumulam. Os 36 jogos disputados na última temporada foram intercalados por quatro contusões diferentes – três delas no tornozelo. Ou seja, como avaliar uma campanha assim? Basicamente, ele só atuou lesionado ou recém-recuperado.

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Mas, ainda assim, é impossível não ter a impressão de que vemos uma versão um pouco melhorada daquele incrível calouro. A sua eficiência como pontuador segue questionável. O seu aproveitamento nos arremessos de quadra, aliás, caiu ano a ano na NBA. É um armador de altíssima taxa de uso de posses, além disso, que cobra 3,4 lances livres por jogo. E a defesa, para resumir, não sai do nulo.

LaMelo Ball é um all-star e um expoente criativo em quadra. Isso é ótimo. Quando esse foi o seu ponto de partida, no entanto, esperamos passos à frente a partir daí.

Uma declaração

“LaMelo vai ser um all-star por muitos anos, pois é o seu estilo de jogo. Charlotte está construindo algo especial e isso começa pela posição de armador. É um cara criativo que ama trabalhar em sua técnica, assim como eu fui” (Magic Johnson, lenda da NBA)

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8. Darius Garland (armador, Cleveland Cavaliers)

melhores armadores temporada nba

Rick Osentoski / AFP

Idade: 23 anos
Pontuação: 364 pontos
Ranking 2022: 8ª posição
Médias da última temporada: 21,6 pontos, 2,7 rebotes e 7,8 assistências em 35,5 minutos, com 41,0% de acerto nos arremessos de longa distância
Melhores posições: André Mori (3), Heber Costa (4), Gabriel Martins (5)

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Uma análise fria pode apontar que Darius Garland foi um all-star em 2022 e não repetiu a dose nesse ano. Mas a sua temporada foi bem mais interessante do que essa lógica sugere.

O jovem armador, para começar, fez um ótimo papel na adaptação à parceria com Donovan Mitchell. Ele perdeu arremessos, posses e, por fim, certo protagonismo nessa história. Mas respondeu com eficiência. A sua média caiu só 0,1 ponto em relação à campanha anterior, por exemplo, arremessando 0,9 bolas a menos. O aproveitamento foi mantido mesmo com menos oportunidades em torno do aro.

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É verdade que a sua média de assistências caiu também, mas, ao mesmo tempo, os turnovers desabaram. E a balança, certamente, pendeu para o lado positivo. A proporção de 2,69 passes decisivos por erro cometido na campanha passada foi a melhor de sua carreira. E, dentro do possível, também teve uma atuação defensiva aceitável diante da maior exigência atuando com Mitchell.

Por isso, nenhuma regressão estatística nessa lista é mais enganosa do que o caso de Garland. Ele é um exemplo de compensação de números brutos com eficiência.

Uma declaração

“Darius tem uma personalidade que atrai as pessoas. Ele abraça qualquer atleta de imediato e, por isso, todos querem jogar ao seu lado. Nem todos os armadores possuem essa qualidade. Aliás, só os grandes têm. Ele está no caminho para ser um deles” (JB Bickerstaff, treinador do Cavaliers)

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7. Jaren Jackson Jr. (ala-pivô, Memphis Grizzlies)

Fernando Medina / AFP

Idade: 23 anos
Pontuação: 386 pontos
Ranking 2022: 15ª posição
Médias da última temporada: 18,6 pontos, 6,8 rebotes e 3,0 tocos em 28,4 minutos, com 50,6% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: Gustavo Freitas (3), André Mori (5), Lucas Nicolau (5)

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Uma previsão popular quando Jaren Jackson chegou à NBA é que seria um futuro vencedor do prêmio de defensor da liga. E, realmente, foi isso o que aconteceu.

Algumas estatísticas cruciais conspiraram em favor de Jackson na disputa da última temporada. Ele liderou a liga em média de tocos (3,0) e teve 67% dos arremessos bloqueados do Grizzlies enquanto esteve em quadra. Foi o sétimo atleta que mais contestou arremessos em torno da cesta, enquanto cedeu só 46,9% de acerto aos oponentes. Nenhum outro jogador no TOP 50 permitiu menos de 50%.

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Esses números, como resultado, levaram a um considerável impacto na marcação de Memphis – a terceira mais eficiente da campanha. O time tomou 5,0 pontos a menos por 100 posses de bola na presença do ala-pivô. Os 106,6 pontos cedidos enquanto o jovem atuava teria sido a defesa mais eficiente da NBA com mais de três pontos de vantagem. Uma marca expressiva, certamente.

O próximo passo para Jackson, provavelmente, está em levar a sua regularidade para os dois lados da quadra agora.

Uma declaração

“Jaren fortaleceu muito nos últimos meses. Está maior, mais forte e, por fim, mais confiante dentro de quadra. Mas o que mais me impressiona é que ele reconhece todas as jogadas que estamos treinando na seleção. É um ótimo jovem jogador, acima de tudo” (Steve Kerr, treinador da seleção dos EUA)

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6. Zion Williamson (ala-pivô, New Orleans Pelicans)

Zion Williamson enterrada Suns

Ned Dishman / AFP

Idade: 23 anos
Pontuação: 391 pontos
Ranking 2022: 5ª posição
Médias da última temporada: 26,0 pontos, 7,0 rebotes e 4,6 assistências em 33,0 minutos, com 60,8% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: Felipe Ibañez (2), Coast to Coast Brasil (2), Vitor Camargo (3)

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Zion Williamson caiu uma posição em relação ao ranking do ano passado. Esse é o resumo da situação daquele que seria o grande jovem astro norte-americano.

A verdade é que nós mais nos esforçamos para não esquecer do basquete de Zion do que efetivamente o vemos jogar. Afinal, às vezes, a gente nem sabe se ele é o jogador ainda. Tornou-se o “craque da NBA envolvido em uma polêmica com uma atriz pornô”, por exemplo. Ou aquele moço acima do peso treinando em separado no New Orleans Pelicans. E, certamente, é o cara que está sempre lesionado.

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Isso é uma pena, pois o seu talento é inegável. Mas uma coisa precisa ser dita: eu não acho que ele não queria entrar em quadra. Pelo contrário. O problema é que, antes de tudo, a NBA virou um negócio de imagem. Dizem que a mulher de César não pode só ser honesta, mas tem que parecer honesta. E tudo o que chega ao nosso conhecimento sobre o jovem, infelizmente, passa a imagem errada.

Zion não é só o sexto principal talento dessa lista. E, se continuar assim, não vai ser nem o sexto melhor jogador também.

Uma declaração

“Quando Zion colocar tudo em ordem, acabou. É simples assim. Ele será assustador para qualquer adversário, para resumir. Afinal, quando joga sem limitações, já está provado que ninguém pode parar esse moleque. Só falta colocar tudo em ordem” (DeVonte’ Graham, armador do Spurs)

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5. Tyrese Haliburton (armador, Indiana Pacers)

Jim Poorten / AFP

Idade: 23 anos
Pontuação: 435 pontos
Ranking 2022: 17ª posição
Médias da última temporada: 20,7 pontos, 3,7 rebotes e 10,4 assistências em 33,6 minutos, com 40,0% de acerto nos arremessos de longa distância
Melhores posições: Guilherme Campos (2), Heber Costa (2), Gustavo Lima (3)

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A primeira temporada completa de Tyrese Haliburton pelo Pacers foi um sucesso, como esperado. Teve recordes e, acima de tudo, o seu já habitual ótimo basquete.

O armador, para começar, estabeleceu o novo recorde de média de assistências em uma temporada da história da franquia. Superou o ex-técnico e hoje comentarista Mark Jackson. Mais do que isso, o jovem tornou-se o primeiro jogador do time de Indiana a ter uma campanha com 20 pontos e dez assistências por partida. Aliás, ele é só o 15º atleta da história da NBA a registrar um “20-10”.

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Mas Haliburton, além de tudo, ainda acertou mais de 40% dos arremessos de três pontos que tentou. Um “20-10” com esse aproveitamento é inédito na história da liga. É uma estatística única e que o sintetiza como um produto do seu tempo. O dinamismo, aceleração do ritmo de jogo e arremesso formam a combinação que torna o titular do Pacers ser o provável armador mais contemporâneo da liga.

Haliburton entregou tudo o que o torcedor de Indiana poderia esperar nos últimos meses. E a melhor notícia para todos é que, com sorte, é só o início de uma longa história.

Uma declaração

“Em primeiro lugar, a forma como Tyrese joga empodera todos que estão ao seu redor. Sai em transição e só pensa em envolver os seus companheiros. Ele não se importa se só ter três arremessos em um jogo, pois quer mesmo dar seis ou sete assistências” (Austin Reaves, ala-armador do Lakers)

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4. Trae Young (armador, Atlanta Hawks)

Kevin C. Cox / AFP

Idade: 24 anos
Pontuação: 438 pontos
Ranking 2022: 4ª posição
Médias da última temporada: 26,2 pontos, 3,0 rebotes e 10,2 assistências em 34,8 minutos, com 33,5% de acerto nos arremessos de longa distância
Melhores posições: Maicon Rodrigues (2), Mateus Carvalho (2), Ágata Máximo (3)

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Os times mudam rápido na NBA, então a capacidade de adaptação é um ponto bem importante em jogadores. Falamos sobre isso com Garland. Mas não foi assim com Trae Young.

A última temporada marcou a estreia da dupla de armação do astro com Dejounte Murray. Ninguém escondia que, a princípio, a intenção era ter Young atuando um pouco mais sem a bola. Aproveitá-lo, com isso, como o espaçador de quadra que sempre foi. No entanto, na prática, Murray adaptou-se muito mais à situação do que o astro da franquia. Os números comprovam o que aconteceu.

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A sua taxa de uso de posses de bola, em primeiro lugar, caiu timidamente. Foi de 33,3% para 31,3%. Ou seja, isso significa que o astro não deixou de ser um dos dez jogadores da liga com maior usage. Um avanço ainda mais tímido – ou quase inexistente – foi visto nos arremessos em situação de catch and shoot. Passou de 1,1 para 1,3 chutes em média por partida. Para resumir, de nada para nada.

É sempre preciso lembrar que o Hawks trocou de treinador no meio da temporada. Isso, certamente, não ajudou o processo de adaptação. Mas fica a impressão que, no fim das contas, faltou perguntar para Young se ele queria mudanças.

Uma declaração

“Comparo Trae com os melhores jogadores dessa liga. É um dos mais sensacionais passadores que existem e arremessa com um alcance insano. Mas, acima de tudo, a sua inteligência é fora do comum. E Trae não pede desculpas por ser si mesmo, então merece muito respeito” (Michael Porter Jr., ala do Nuggets)

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3. Anthony Edwards (ala-armador, Minnesota Timberwolves)

lesão Anthony Edwards Timberwolves

Kevin C. Cox / AFP

Idade: 22 anos
Pontuação: 468 pontos
Ranking 2022: 6ª posição
Médias da última temporada: 24,6 pontos, 5,8 rebotes e 4,4 assistências em 36,0 minutos, com 36,9% de acerto nos arremessos de longa distância
Melhores posições: Gustavo Lima (2), Ricardo Romanelli (3), Ricardo Stabolito (3)

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Uma das qualidades mais empolgantes de acompanhar nos jovens é o ímpeto por fazer as coisas. Anthony Edwards, por exemplo, é a personificação disso na NBA.

A identidade do ala-armador é a postura agressiva. Ela ataca, procura o contato e quebra as defesas. É uma questão de atitude e, mais do que isso, ímpeto. Já são três temporadas na liga com aumento contante nas médias de pontos, rebotes, assistências e roubos de bola. E também no aproveitamento dos arremessos de quadra, longa distância e quantidade de lances livres cobrados.

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O caminho para o estrelato, por enquanto, parece bem solidificado. Então, qual é o próximo passo? Segundo o colega Mike Conley, trata-se de refinamento técnico. É hora de passar da vontade de fazer para a compreensão da melhor forma de fazer. Como infiltrar os garrafões enquanto lidera as formações com dois pivôs? Essa foi uma das suas dificuldades no início da temporada passada.

Edwards já disse que o seu objetivo na NBA é alcançar Michael Jordan. Esse é um bom sinal, pois, provavelmente, Jordan é um dos melhores exemplos já vistos da combinação de ímpeto, atitude e refinamento.

Uma declaração

“Eu soube que Anthony seria um astro desde a primeira vez que o vi. Ele tinha uma postura e presença competitiva, para começar, diferente de todos. Era um menino que fazia lances que ninguém conseguia, por exemplo. E possuía a confiança de quem sabe quem queria ser” (Stephen Curry, astro do Warriors)

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2. Ja Morant (armador, Memphis Grizzlies)

ja morant nba grizzlies

Glenn James / AFP

Idade: 24 anos
Pontuação: 488 pontos
Ranking 2022: 3ª posição
Médias da última temporada: 26,2 pontos, 5,9 rebotes e 8,1 assistências em 31,9 minutos, com 46,6% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: Gustavo Freitas (2), Ricardo Stabolito (2), Vinicius Donato (2)

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Ja Morant e Zion Williamson foram as duas primeiras escolhas do draft de 2019. E, curiosamente, ambos vivem crises de imagem hoje. É o mesmo tipo de crise, mas situações bem diferentes.

Com o ala-pivô, em síntese, temos uma questão pessoal. Por isso, eu entendo que o armador do Grizzlies expõe um problema maior. Morant tem uma dificuldade de compreensão sobre o seu papel e importância social, em síntese. E fica pior, pois vários astros da NBA condenaram a sua suspensão pela liga. Acharam exagero. Ou seja, temos um problema de percepção coletiva. Isso é muito grave.

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“As pessoas negras que ‘sobem na vida’ em nossa comunidade, antes de tudo, têm uma responsabilidade. São responsáveis por aqueles que querem emulá-los, para quem servem de exemplo. Então, Ja não falhou só consigo mesmo. Ele falhou com cada criança que deseja ser como ele porque não é só sobre um jogo de basquete. Elas merecem mais”, afirmou o articulista Demetrius Minor, da revista Newsweek.

Morant, por fim, é o melhor jogador estadunidense abaixo de 25 anos ativo na NBA para os nossos votantes. Mas, para fazer jus a esse status em toda a sua grandeza, o que se faz em quadra não basta.

Uma declaração

“Há muitos armadores nessa liga, mas só gosto realmente de um: Ja. Esse garoto é impressionante porque não se importa com nada que as defesas lançam para pará-lo. Ele só compete com atitude e ganha jogos. Ele é uma joia, para resumir” (Gary Payton, lenda da NBA)

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1. Luka Doncic (ala-armador, Dallas Mavericks)

luka doncic mavericks lesão

Jonathan Bachman / AFP

Idade: 24 anos
Pontuação: 525 pontos
Ranking 2022: 1ª posição
Médias da última temporada: 32,4 pontos, 8,6 rebotes e 8,0 assistências em 36,2 minutos, com 49,6% de acerto nos arremessos de quadra
Melhores posições: primeiro lugar unânime

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São quatro anos de nosso ranking e Luka Doncic nunca deixou a primeira posição. Ainda existe, afinal, algo a ser dito sobre o principal jovem talento da NBA?

Não é raro que as pessoas “normalizem” os feitos sensacionais de grandes craques da liga. O espetacular vira comum. O esloveno, por exemplo, é um dos três atletas que usaram mais de 34% das posses do seu time na última temporada. Os outros dois foram Joel Embiid e Giannis Antetokounmpo. Ou seja, dois astros com uma vantagem clara pela imposição físico-atlética contra os oponentes.

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Doncic, além disso, tem uma obrigação maior do que Embiid e Antetokounmpo no sentido de criar oportunidades para os companheiros. E jogou um mínimo de dois minutos a mais por partida, em média, do que os dois colegas. Nós não refletimos sobre o esforço que envolve as atuações do craque, ano após ano, antes de fazer 25 anos de idade. Isso é surreal, para resumir.

Doncic desafia as expectativas de todos com o seu talento. Mas já podemos prever uma coisa sem medo de errar: vamos ter um novo líder no ano que vem. O astro, afinal, não vai ser mais elegível.

Uma declaração

“Luka é um incrível jogador e talento, para começo de conversa. É inacreditável, aliás, o que faz por sua equipe consistentemente com o volume de posses que precisa carregar todos os dias. Ele é um dos maiores talentos que vi em minha vida” (Giannis Antetokounmpo, duas vezes MVP da liga)

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Ranking completo

Então, assim ficou a lista final da edição 2023 dos “25 melhores jogadores abaixo de 25 anos da NBA” do Jumper Brasil:

1. Luka Doncic (Mavericks, 525 pontos)
2. Ja Morant (Grizzlies, 488 pontos)
3. Anthony Edwards (Timberwolves, 468 pontos)
4. Trae Young (Hawks, 438 pontos)
5. Tyrese Haliburton (Pacers, 435 pontos)
6. Zion Williamson (Pelicans, 391 pontos)
7. Jaren Jackson Jr. (Grizzlies, 386 pontos)
8. Darius Garland (Cavaliers, 364 pontos)
9. LaMelo Ball (Hornets, 362 pontos)
10. Evan Mobley (Cavaliers, 322 pontos)
11. Paolo Banchero (Magic, 271 pontos)
12. Cade Cunningham (Pistons, 253 pontos)
13. Scottie Barnes (Raptors, 247 pontos)
14. Tyrese Maxey (Sixers, 242 pontos)
15. Franz Wagner (Magic, 232 pontos)
16. Josh Giddey (Thunder, 182 pontos)
17. Tyler Herro (Heat, 163 pontos)
18. Jalen Green (Rockets, 130 pontos)
19. Nicolas Claxton (Nets, 118 pontos)
20. RJ Barrett (Knicks, 89 pontos)
21. Jalen Williams (Thunder, 84 pontos)
22. Jordan Poole (Wizards, 83 pontos)
23. Alperen Sengun (Rockets, 78 pontos)
24. Walker Kessler (Jazz, 66 pontos)
25. Devin Vassell (Spurs, 52 pontos)
26. Anfernee Simons (Blazers, 48 pontos)
27. Trey Murphy III (Pelicans, 45 pontos)
28. Keldon Johnson (Spurs, 44 pontos)
29. Jaden McDaniels (Timberwolves, 36 pontos)
30. Immanuel Quickley (Knicks, 27 pontos)
31. Jabari Smith Jr. (Rockets, 26 pontos)
32. Keegan Murray (Kings, 24 pontos)
33. Wendell Carter Jr. (Magic, 21 pontos)
34. Onyeka Okongwu (Hawks, 18 pontos)
35. Bennedict Mathurin (Pacers, 16 pontos)
36. Jaden Ivey (Pistons, 13 pontos)
37. Jalen Duren (Pistons, 12 pontos)
38. Jarred Vanderbilt (Lakers, sete pontos)
39. Kevin Porter Jr. (Rockets, quatro pontos)
39. AJ Griffin (Hawks, quatro pontos)
41. Herb Jones (Pelicans, três pontos)
41. Luguentz Dort (Thunder, três pontos)
41. Gary Trent Jr. (Raptors, três pontos)
44. Shaedon Sharpe (Blazers, um ponto)
44. Isaac Okoro (Cavaliers, um ponto)

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