“Eu não consigo respirar”: NBA e a luta contra o racismo

Gustavo Lima fala sobre o caso George Floyd, protestos antirracistas e o ativismo social dos esportistas ligados à NBA

Fonte: Gustavo Lima fala sobre o caso George Floyd, protestos antirracistas e o ativismo social dos esportistas ligados à NBA

Não está fácil para ninguém manter a sanidade mental neste momento de pandemia de coronavírus. Além das mortes diárias causadas pela Covid-19, um ato de covardia revoltou a todos que têm um coração no lado esquerdo do peito.

No último dia 25 de maio foi divulgado um vídeo mostrando um homem negro sendo imobilizado por um policial branco com os joelhos em seu pescoço, na cidade de Mineápolis, no estado americano de Minnesota. Ele gerou uma onda de protestos pelos Estados Unidos e ao redor do mundo. A vítima dessa covardia policial foi o ex-segurança George Floyd, de 40 anos, detido por supostamente usar notas falsas em um mercado.

Depois de ter o pescoço apertado pelo policial Derek Chauvin por oito minutos e 46 segundos, Floyd foi levado inconsciente por uma ambulância e declarado morto ao chegar no hospital. Chauvin foi detido somente quatro dias depois e vai responder por homicídio culposo (sem intenção de matar) e assassinato em segundo grau (assassinato intencional não premeditado, quando o autor tem a intenção de causar danos corporais à vítima). Os outros três policiais envolvidos na ocorrência foram demitidos e também serão acusados formalmente de assassinato pela família de Floyd.

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O “eu não consigo respirar”, últimas palavras de Floyd, novamente virou grito de guerra para as pessoas indignadas com mais uma brutalidade contra um negro desarmado, e a hashtag #BlackLivesMatter (Vidas Negras Importam) tomou conta das redes sociais. A covardia com Floyd lembra o episódio ocorrido com Eric Garner, um negro de 43 anos de idade que morreu asfixiado depois de ter sido estrangulado por um policial em 2014, em Nova York. Garner repetiu “eu não consigo respirar” 11 vezes.

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Como não poderia deixar de ser, atletas, ex-atletas, técnicos e franquias da NBA, a liga dos esportes americanos mais engajada em questões sociais, repudiaram o vídeo e se revoltaram com a morte injustificada de Floyd. Até a produção deste artigo, somente quatro equipes ainda não divulgaram um comunicado oficial sobre o assunto – Atlanta Hawks, Detroit Pistons, New York Knicks e San Antonio Spurs -, ou seja, 87% das franquias se posicionaram contra mais um caso de racismo. Na National Football League (NFL), por exemplo, somente 47% dos times falaram a respeito do assunto. Na National Hockey League (NHL) foram 74% e, na Major League Baseball (MLB), míseros 33%.

O que muitos não sabem é que os astros da NBA protestam há anos contra a discriminação racial e se posicionam em questões políticas e sociais. Bem antes do boom das redes sociais. Nos anos 50 e 60, quando o cenário nos EUA era, em grande parte, de segregação racial, as poucas estrelas negras da liga passaram por diversas humilhações. Os mesmos jogadores que enchiam ginásios, divertiam o público e ajudavam os donos das franquias a ganharem rios de dinheiro, como Bill Russell, Oscar Robertson e Elgin Baylor, eram tratados como se fossem um ser humano inferior. Eles não podiam ir a qualquer restaurante para fazer uma refeição, pois alguns estabelecimentos não serviam pessoas negras. Não podiam se hospedar em qualquer hotel, pois alguns não atendiam negros. Além disso, eles eram forçados a utilizar bebedouros e a frequentar cinemas e lojas diferentes dos reservados aos brancos.

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Um episódio da época, em especial, me chamou a atenção quando li o livro “Era de Gigantes”, do amigo Vitor Camargo. Russell, a grande estrela da dinastia do Celtics, comprou uma casa em um condomínio de classe alta em Boston. Insatisfeitos, os vizinhos racistas invadiram a casa do jogador, destruíram os móveis e ainda defecaram na cama de Russell. Inacreditável. Revoltante.

Considerando o racismo, e a efervescência dos movimentos sociais nos Estados Unidos, na época, essas estrelas da NBA perceberam a chance que tinham de tentar conscientizar a população sobre os abusos sofridos por eles e seus semelhantes. Os atletas negros da liga, portanto, tiveram um papel importante no avanço dos direitos civis nos EUA.

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Um dos maiores representantes da questão racial foi Kareem-Abdul-Jabbar, que, antes de se converter para o islamismo, se chamava Lew Alcindor. Inquieto, Kareem nunca se furtou a ser uma voz importante contra a injustiça social, o racismo, a intolerância religiosa. Como esperado, o lendário ex-pivô se posicionou em relação ao assassinato de Floyd e deixou uma reflexão para todos nós.

“Racismo é como se fosse poeira no ar. Parece invisível, mesmo que você esteja sufocado por ele, até que a luz entre. Daí você vê que está em todo lugar.”

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Por outro lado, o melhor jogador de basquete de todos os tempos, sempre preferiu se manter alheio às questões políticas e sociais. Durante a carreira, Michael Jordan focou em questões mercadológicas, ganhou rios de dinheiro com patrocínios e fugiu do discurso politizado. Postura essa criticada por muitas pessoas que admiram o jogador, mas nem tanto o cidadão. Somente depois de se aposentar das quadras é que Jordan passou a falar abertamente sobre questões de cunho social.

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Em 2016, por exemplo, quando as tensões entre policiais e a população negra dos Estados Unidos aumentavam, MJ disse o seguinte:

“Sei que esse país é melhor do que isso. Não posso mais ficar em silêncio. Temos que achar soluções para que as pessoas de cor recebam um tratamento justo. Decidi falar na esperança de que, como americanos, possamos mudar, por meio do diálogo pacífico e da educação”.

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No último domingo, Jordan, que hoje é proprietário do Charlotte Hornets, divulgou um comunicado sobre a morte de Floyd.

“Estou profundamente triste, com muita dor e com muita raiva. Vejo e sinto a dor, a indignação e a frustração de todos. Já tivemos o suficiente. Devemos ouvir um ao outro, mostrar compaixão e empatia e nunca dar as costas à brutalidade sem sentido. Precisamos continuar com as expressões pacíficas contra a injustiça e exigir responsabilidade. Nossa voz unificada precisa pressionar nossos líderes para mudar nossas leis, ou então precisamos para usar nosso voto para criar mudanças sistêmicas”.

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Uma das coisas que mais me tira do sério é quando ouço que “atletas deveriam se limitar a falar de esporte.” É o famoso “calar a boca e jogar!” Nos últimos anos, esse discurso raso e atrasado ganhou eco entre alguns membros da mídia norte-americana (e da brasileira também).

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O maior nome da NBA atual, LeBron James, ouviu isso quando “enfrentou” o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, há três anos.

“O país é das pessoas, não de Trump. Não vou deixar que um indivíduo use o esporte para nos dividir. Eu não posso sentar e não dizer nada.”

Essa foi uma resposta às críticas de Trump aos esportistas que se ajoelham ou se negam a participar da cerimônia do hino nacional americano, como um protesto pacífico à desigualdade racial. Na ocasião, o já citado e lendário Bill Russell, no alto de seus 83 anos, também não se calou diante da postura de Trump: “Tenho orgulho em ficar de joelhos e me manifestar contra a injustiça social.”

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Em outro episódio, em 2018, LeBron detonou Trump após o presidente ter cancelado o convite ao Golden State Warriors, campeão da NBA naquele ano, para visitar a Casa Branca.

“Seu vagabundo, visitar a Casa Branca era uma grande honra até você aparecer.”

Assim como James, outras estrelas da NBA, como Stephen Curry e Kevin Durant, também já disseram publicamente que não se sentem representados por Trump.

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LeBron já nos brindou com inúmeros exemplos de que é um gigante dentro e fora das quadras. Aos 35 anos, o camisa 23 do Los Angeles Lakers ainda joga em altíssimo nível e já cravou o seu nome no rol dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos.

Como cidadão, o astro criou a escola pública “I Promise School” (Escola Eu Prometo) em Akron, sua cidade natal, no estado de Ohio. Através da Fundação da Família LeBron James, criada há 15 anos, o jogador impacta positivamente a vida de crianças e jovens carentes por meio da educação.

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No caso da covardia da força policial contra George Floyd, LeBron mostrou sua indignação, em sua conta no Instagram, ao estampar a camisa “eu não consigo respirar” e usar emojis para expressar revolta e tristeza.

https://www.instagram.com/p/CAsswn-gbwe/

Em outra publicação, ele escreveu: “Você entende agora!!??!!?? Ou ainda está borrado para você?”, fazendo alusão ao protesto simbólico do ex-quarterback do San Francisco 49ers, Colin Kaepernick, contra a discriminação racial nos EUA. Kaepernick foi boicotado pelos dirigentes de times da NFL e está desempregado desde 2017.

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https://www.instagram.com/p/CAq3fpCgyve/

O ex-atleta, Stephen Jackson, que era amigo pessoal de Floyd e o chamava carinhosamente de “irmão gêmeo”, esteve ao lado do ator Jamie Foxx e também dos jogadores J.R. Smith, Karl-Anthony Towns e Josh Okogie para uma entrevista coletiva/protesto em Mineápolis.

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“Eu estou aqui porque eles não vão difamar o caráter de George Floyd, meu irmão gêmeo. Quando a polícia faz coisas que eles sabem que é errado, a primeira coisa que eles tentam fazer é abafar e falar sobre sua origem – para fazer parecer que a besteira que eles fizeram valeu a pena. Quando o homicídio valeu a pena? Mas, se é um homem negro, está  aprovado,” afirmou Jackson.

Aliás, essa foi a primeira aparição pública de Towns, desde a trágica morte de sua mãe, vítima da Covid-19. Nas redes sociais, muitos seguidores exaltaram a postura de liderança do jogador do Timberwolves.

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O jovem Okogie, de 21 anos, companheiro de Towns no time de Minnesota, também falou sobre o caso.

“As coisas que ignoramos se tornam nossos padrões. Se ignoramos isso, então somos quem somos. Quando vejo George Floyd, vejo meu irmão mais novo. Poderia ter sido meu irmão mais velho, minha irmã. Poderia ter sido alguém da minha família.”

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O ala Jaylen Brown, do Boston Celtics, também mostrou a sua grandeza como cidadão. O jogador de 23 anos, que é um dos vice-presidentes da NBPA (Associação Nacional de Jogadores de Basquete), dirigiu 15 horas de Boston a Atlanta, no estado da Geórgia, para liderar um protesto.

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Brown nasceu na cidade de Marietta, que é vizinha a Atlanta, e marchou segurando um megafone e uma placa com a frase “Eu não consigo respirar.”

“Sendo uma celebridade, sendo um jogador da NBA, não me exclui de conversa nenhuma. Antes de tudo, sou um homem negro e membro desta comunidade. Estamos nos sensibilizando sobre algumas das injustiças que estamos vendo”, afirmou o ala.

Em seu Instagram, o jogador criticou a polícia por conta da prisão de três pessoas que se manifestavam pacificamente contra o homicídio de Floyd, e ainda se propôs a ajudá-las.

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“A polícia usou táticas para tentar intimidar nosso grupo, nós não fizemos nada de tumulto ou perturbação pública. Por que três pessoas foram apreendidas? Nós temos o direito de manifestar a nossa dor e vocês não têm o direito de calar ou controlar isso! Quando não é pacífico é um problema, e quando é pacífico também é um problema! Vocês esperam que as pessoas não façam nada? Três pessoas foram erroneamente presas hoje. Este foi um protesto pacífico. Me enviem suas informações ou nomes se você conhece as pessoas que foram presas.”

Malcolm Brogdon, do Indiana Pacers, que nasceu em Atlanta, esteve ao lado de Brown no protesto. O armador de 27 anos, que também é um dos vice-presidentes da NBPA, lembrou-se do avô ativista social e fez questão de exaltar a liderança do colega de profissão.

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“Eu tive um avô que marchou ao lado do Dr. King (Martin Luther King, símbolo da luta contra a segregação racial) nos anos 60. Ele era incrível e ficaria orgulhoso de ver todos nós aqui. Jaylen (Brown), cara, ele liderou esse protesto. Estou orgulhoso dele. Necessitamos de mais líderes assim.”

https://www.instagram.com/p/CA1QHETnXoE/

Durante as entrevistas pré-draft, em 2016, um executivo de uma equipe da NBA ficou receoso em selecionar Brown. “Ele é esperto demais. Ele quer fazer coisas depois da NBA. Ele pode não se importar com o basquete o suficiente.”

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Esse executivo (como eu gostaria de saber quem é o sujeito) não poderia estar mais equivocado. Líder exemplar, Brown já demonstrou ser uma cabeça pensante que se importa com os seus semelhantes e que vai à luta contra as injustiças sociais. Isso incomoda algumas pessoas, infelizmente. Mas Danny Ainge, gerente-geral do Celtics, não poderia estar mais feliz com a terceira escolha geral daquele recrutamento…

Vale lembrar ainda que outros atletas como Trae Young (Atlanta Hawks), Marcus Smart e Enes Kanter (Boston Celtics), Udonis Haslem (Miami Heat), Dennis Smith Jr. (New York Knicks), Tobias Harris, Josh Richardson e Matisse Thybulle (Philadelphia 76ers) e Jordan Clarkson (Utah Jazz) também foram às ruas para participar de protestos pacíficos.

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Alguns treinadores de equipes da NBA também demonstraram indignação com a morte injustificada de Floyd.

“Estou com raiva. Estou com medo. E estou com dor”, afirmou Monty Williams, técnico do Phoenix Suns.

“Isso é assassinato. Repugnante. Sério, o que diabos está errado com os Estados Unidos?”, disparou Steve Kerr, técnico do Golden State Warriors.

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“Eu sinto que há muita gente que precisa ouvir que os homens negros estão vivendo com medo”, disse Lloyd Pierce, técnico do Atlanta Hawks.

“É preciso empatia, na sua forma mais verdadeira. É preciso uma mudança de cultura, é preciso ação. Não vamos permitir que outra geração continue vivendo em um mundo onde eles são tratados como desiguais. Agora é a hora da mudança real”, afirmou Dwane Casey, técnico do Detroit Pistons.

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“Trump não é apenas um divisor. Ele é um destruidor. Estou chocado que tenhamos um líder que não possa dizer ‘vidas negras são importantes’. Ele é um covarde. Se Trump tem um cérebro, mesmo que seja 99% cínico, ele deveria dizer algo para unir as pessoas. Mas ele não liga para isso, mesmo no momento atual. O que me impressiona é que nós já vimos toda essa violência policial e racismo, mas nada muda. Isso explica porque os protestos estão explosivos. Mas sem liderança e entendimento de qual é o problema, nunca haverá mudanças. E os americanos brancos evitaram considerar esse problema, porque é nosso privilégio poder evitá-lo. Isso também tem que mudar”, esbravejou Gregg Popovich, técnico do San Antonio Spurs.

A Associação Nacional de Treinadores da NBA divulgou um comunicado forte sobre a morte de George Floyd.

“Nossas sinceras condolências e orações vão para a família de George Floyd. Como treinadores da NBA, lideramos grupos de homens, a maioria afroamericanos, e vemos, ouvimos e compartilhamos seus sentimentos de nojo, frustração, desamparo e raiva. Os eventos das últimas semanas – brutalidade policial, perfil racial e armamento do racismo – são vergonhosos, desumanos e intoleráveis. Como um grupo diversificado de líderes, temos a responsabilidade de defender aqueles que não têm voz – e defender aqueles que não consideram seguro fazê-lo. Testemunhar o assassinato de George Floyd a sangue frio, e em plena luz do dia, traumatizou a nossa nação, mas a realidade é que os afroamericanos são alvo e vitimizados diariamente. Como treinadores da NBA, não podemos tratar isso como um incidente isolado de indignação. Estamos empenhados em trabalhar em nossas cidades da NBA com líderes locais, funcionários e agências de aplicação da lei para criar mudanças positivas em nossas comunidades.  Temos o poder e a plataforma para afetar a mudança, e vamos usá-la.”

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O comissário da NBA, Adam Silver, também se manifestou sobre o caso.

“Assim como estamos combatendo uma pandemia, que afeta mais as comunidades e pessoas de cor do que qualquer outra pessoa, estamos sendo lembrados de que existem feridas em nosso país que nunca foram curadas. O racismo, a brutalidade policial e a injustiça racial continuam sendo parte da vida cotidiana nos Estados Unidos e não podem ser ignorados.”

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Com as posturas admiráveis e os bons exemplos de consciência coletiva dados pelas figuras ligadas à NBA, citadas acima, dá para dizer que poucas coisas podem ser mais ridículas do que querer determinar o que um esportista deve ou não falar, de passar a ideia de que ele deve se limitar à função de entreter o público. O esportista é um cidadão como qualquer pessoa, e tem todo o direito de se manifestar politicamente, de gritar contra as injustiças sociais, de se revoltar com o racismo.

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Os leigos entendem política como votar em A ou B, direita e esquerda. Só que política não é isso. A palavra vem do grego “Pólis”, que é tudo relacionado aos grupos sociais que integram a Pólis, que é a cidade, a comunidade, numa visão mais ampla, a sociedade. Ou seja, tudo o que impacta a nossa sociedade é político. Portanto, racismo é uma questão política. Uma pessoa, ao dizer que não se interessa por política, já está fazendo política. Ela está tomando uma decisão ativa de se ausentar das decisões que afetam a sua Pólis.

Estou revoltado com a morte injustificada de George Floyd, com os assassinatos do menino João Pedro (14 anos) após disparos de fuzil por parte da polícia em São Gonçalo, do músico Evaldo Rosa em uma ação do Exército com mais de 80 tiros em Guadalupe (RJ), da menina Ágatha Felix (oito anos) baleada por um policial militar no Complexo do Alemão… O racismo é abjeto, e continua sendo um dos principais males da natureza humana. 

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Eu não tenho como saber o que as pessoas negras passam diariamente, pois não sinto na pele a intolerância, os olhares desconfiados, a discriminação e a violência. Mas eu me solidarizo, me incomodo e me sinto no dever, como cidadão (sim, jornalista também é cidadão), de afirmar sempre: o racismo é inaceitável. 

Por tudo isso, é fundamental que tenhamos cada vez mais esportistas politizados, como LeBron James e Jaylen Brown, por exemplo, dotados de consciência social e sabedores da importância de serem porta-vozes daqueles menos afortunados que não têm a mesma chance de se expressar. Nunca se esqueçam: esporte é política.

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Que o sonho de Martin Luther King – negros e brancos vivendo em harmonia, com liberdade, igualdade e respeito – se torne realidade um dia. 

#VidasNegrasImportam

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