Bryan Colangelo não é mais o presidente de operações do Philadelphia 76ers. A equipe confirmou nesta quinta-feira que, em comum acordo, o executivo deixou o cargo após o escândalo que ligava seu nome a cinco contas falsas no twitter que xingavam jogadores e revelaram informações confidenciais da franquia. O técnico Brett Brown assumirá o posto interinamente, até a contratação de um substituto.
A decisão foi a conclusão amplamente esperada de uma investigação independente conduzida para solucionar o caso. Colangelo assumiu ser dono de apenas uma das contas, que não tinha postagens e servia para monitoramento do que acontecia ao redor da liga. Embora a empresa contratada sugira ter acreditado em sua versão, ele foi responsabilizado pelo vazamento de dados internos por terceiros.
“Bryan nega qualquer envolvimento com os perfis e não encontramos evidências de que tivesse conhecimento das mesmas. Nossa investigação, no entanto, conseguiu concluir que ele foi a fonte das informações sigilosas contidas em certas postagens. Acreditamos que sua postura foi descuidada na proteção desses dados”, detalhou o relatório técnico divulgado pelo time para justificar a saída do presidente.
Como esperado, a empresa também deu a entender que existem grandes chances dos perfis e mensagens terem sido, na verdade, da esposa de Colangelo, Barbara Bottini. “Notamos que o nosso trabalho foi limitado e impedido por ações da Sra. Bottini, incluindo a decisão de realizar uma limpeza de dados e deletar conteúdos do seu iPhone antes que fosse analisado”, relatou.
O dono do Sixers, Joshua Harris, negou rumores de que o pai de Bryan e consultor especial da franquia, Jerry Colangelo, tenha tentado interferir na investigação para “salvar” o filho. “Jerry não teve nenhum envolvimento no processo e os boatos são falsos. Nós avisamos sobre o final do processo e a decisão antes do anúncio oficial, mas ele foi respeitoso com tudo o que foi feito”, explicou o mandatário.
Os perfis ligados a Colangelo, entre outros conteúdos, fizeram duríssimas críticas a supostos problemas de conduta de Joel Embiid, culparam treinadores particulares pela “quebra” da mecânica de arremesso do novato Markelle Fultz e revelaram que reprovação em exames médicos evitaram uma troca do pivô Jahlil Okafor para o New Orleans Pelicans.
“Eu estou agradecido pelo fim da investigação e a confirmação de que não sabia da atividade no twitter conduzida por minha esposa, mas discordo da alegação de que fui descuidado e não expus informação confidencial propositadamente. As ações de Barbara foram só um esforço para defender-me sem meu conhecimento e um erro que trataremos em família. Arrependo-me por ter sido uma distração para o time”, declarou Bryan Colangelo, seguindo a jurar inocência, por meio de nota oficial.
